Algumas pessoas têm uma artéria extra no braço e isso pode definir gerações futuras
Anatomistas têm observado mudança no braço dos seres humanos desde o Século 18 e fazem previsões do que esta artéria extra pode causar.
Os seres humanos estão em constante evolução. Desde os tempos das cavernas, a natureza tem cuidado de selecionar genes e perpetuar a espécie com algumas melhorias: altura, tamanho do cérebro, polegar opositor e postura ereta. Anatomistas chegaram à conclusão de que uma característica que tem se tornado comum em humanos pode definir a próxima geração: uma artéria extra no braço.
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Qual é a artéria extra do braço?
De acordo com o estudo publicado no Journal of Anatomy, esta é a artéria medial, que desce pelo centro dos nossos antebraços. Ela está aparecendo em pelo menos um terço da população mundial.
Em condições normal, a artéria mediana se forma cedo nos seres humanos, quando ainda estamos no útero. O papel deste vaso sanguíneo é transportar o sangue para alimentar nossas mãos enquanto crescem.
O mais comum é que ela comece e regredir por volta das oito semanas (ou talvez um pouco mais) de vida. A partir daí, seu papel é feito pelas artérias radial e ulnar. Entretanto, algumas pessoas chegam à vida adulta com a artéria bombeando a todo vapor.
Investigação começou há muito tempo
Cientistas começaram a perceber a prevalência deste vaso extra desde o século 18. De lá para cá, analisando cadáveres, eles perceberam que houve aumento significativo de pessoas com a artéria medial.
“A prevalência foi de cerca de 10% nas pessoas nascidas em meados da década de 1880, em comparação com 30% nas nascidas no final do século 20, o que representa um aumento significativo em um período bastante curto de tempo, quando se trata de evolução”, disse Teghan Lucas, anatomista da Flinders University.
O futuro evolutivo dos seres humanos
Quando se há um aumento grande de pessoas com uma característica anatômica, os cientistas atribuem a explicação à evolução. Ou seja, a seleção natural está favorecendo quem possui este suprimento extra de sangue.
A prevalência da artéria mediana poderia estar associada a antebraços, pulsos ou polegares mais fortes. Entretanto, esta condição também torna a anatomia propícia ao desenvolvimento de Síndrome do Túnel do Carpo o que, ironicamente, deixaria os braços e mãos mais fracos.
Ainda há muita investigação e muitas pesquisas para serem feitas. Mas, segundo Lucas, se a tendência continuar, a maioria das pessoas terá artéria mediana até 2100.
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