Camelot, Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda

Camelot era uma cidade mítica em ruínas, que estaria localizada na Grã-Bretanha. Esse era o local onde o rei Arthur mantinha sua corte.

Camelot era uma cidade mítica em ruínas, que estaria localizada na Grã-Bretanha. Esse era o local onde o rei Arthur mantinha sua corte. Era o centro do Reino de Logres e na lenda arturiana se tornaria o local da mesa redonda que continha 150 cavaleiros.

Origens francesas

Histórias sobre o Rei Arthur são conhecidas pelo menos desde o século IX. Um dos escritores arturianos mais famosos foi Geoffrey de Monmouth. Ele viveu na primeira metade do século XII. Em seu livro, “História dos Reis da Bretanha”, Monmouth escreveu várias histórias sobre o Rei Arthur e Merlin, mencionando o nascimento de Arthur em Tintagel.

No entanto, Monmouth – e outros escritores arturianos antigos – não mencionaram Camelot. A mais antiga menção conhecida de Camelot vem brevemente em um poema. Ele foi escrito no final do século XII por Chrétien de Troyes. Já a primeira descrição detalhada de Camelot surgiria durante o século XIII.

No livro ciclo da Vulgata do século XIII, Camelot se torna a principal cidade do reino de Arthur. O pesquisador Norris Lacy escreve que o Ciclo da Vulgata foi composto entre 1215 e 1235 por um autor anônimo ou grupo de autores.

Nestes ciclos, Camelot seria discutida em detalhes. O texto diz, em tradução, que “foi a cidade mais cheia de aventuras que jamais existiu.” Embora localizada na Grã-Bretanha, seu mundo era um lugar que incluía magos, gigantes, dragões e, claro, muitos cavaleiros.

Camelot

A história de Camelot começa com José de Arimatéia. Segundo a Bíblia, ele doou seu túmulo para o enterro de Jesus. De acordo com uma história da Vulgata, ele veio para a Grã-Bretanha e depois para Camelot, achando que era uma cidade islâmica.

José conseguiu converter mais de mil dos seus habitantes ao cristianismo. Seu rei, um líder chamado Agrestes, é descrito como sendo o “homem mais cruel do mundo”. Ele teria sido falsamente convertido. Depois que José vai embora, Agrestes persegue os cristãos, enlouquece completamente e se joga em uma fogueira.

Entretanto, o Islã sequer existiu no primeiro século. Então, a afirmação de que o primeiro século de Camelot era uma cidade islâmica não é clara.

Camelot no tempo do rei Arthur

Camelot foi descrita como uma cidade cercada por florestas e prados. Tinha muito espaço aberto para torneios de cavaleiros (que eram realizados com frequência). As defesas da cidade eram formidáveis, sobrevivendo a uma guerra contra os saxões e outra invasão na qual os homens da Cornualha ajudavam os saxões.

O texto diz que Arthur mantinha a corte em um castelo equipado com um pátio principal, quartos, áreas para festas e, aparentemente, a Távola Redonda. O castelo está perto o bastante de um corpo de água, de modo que, em uma história, Arthur podia ver um barco entrando em Camelot segurando o que viria a ser uma donzela morta.

Enquanto os torneios são realizados com frequência, o povo de Camelot também gostava de outras formas de recreação menos violentas. Em uma história, Lancelot dá ao Rei Arthur um belo jogo de xadrez, sabendo que a rainha Guinevere é uma boa jogadora.

De acordo com uma história, uma inscrição foi encontrada dizendo que a busca pelo Santo Graal deveria começar 453 anos após a ressurreição de Jesus. Esta seria
a data de quando Rei Arthur supostamente governou Camelot.

A mesa redonda

O aspecto mais famoso de Camelot é certamente sua Mesa Redonda, e os ciclos da Vulgata discutem em detalhes como o Rei Artur chegou a possuí-la.

Segundo o texto, foi um presente de casamento do pai de Guinevere, o rei Leodagan de Carmelide, depois que Artur pediu sua mão em casamento. Na época, já havia 100 cavaleiros (de 150) que eram membros da mesa. Isso levou Arthur a pedir ao mago Merlin que escolhesse os membros restantes para complementá-la.

Camelot em escritos posteriores

Durante o século XV, as lendas arturianas, inclusive Camelot, seriam publicadas em inglês graças ao trabalho de Sir Thomas Malory. Seu livro, chamado “Morte d’Arthur”, se baseou fortemente nos ciclos da Vulgata francesa, além de outras fontes arturianas.

Embora pouco se saiba sobre o próprio Malory, a influência de seu trabalho tem sido considerável. Escritores como Alfred Tennyson, T.H White, John Steinbeck, Mark Twain e inúmeros outros encontraram o mundo arturiano através de alguma versão do trabalho de Malory e o reinterpretaram.

De fato, no século 20, a ideia de Camelot era poderosa e, após o assassinato do presidente John F. Kennedy, o nome foi usado como um termo usado para descrever os anos de sua presidência.

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