O ceticismo é uma corrente filosófica caracterizada por questionar pensamentos, ocorrências, opiniões e crenças.
De modo geral, o ceticismo duvida de tudo o que rodeia o ser humano. Para os céticos, não há a possibilidade do homem alcançar nenhuma certeza.
Fundada pelo filósofo grego Pirro de Élis (360 – 270 a.C.), ele foi um dos principais nomes dessa corrente filosófica.
O que é ceticismo?
Atualmente, o ceticismo é uma palavra utilizada para se referir às pessoas que não acreditam em nada, que questionam e duvidam de tudo e de todos.
Para o ceticismo:
- Tudo o que lhe é apresentado deve ser questionado.
- A postura neutra é a ideal para todas as questões.
- Não existe a metafísica, fenômenos religiosos ou dogmas.
- A felicidade está no não julgamento.
Assim, quando adotamos a postura cética, e não emitimos nenhum tipo de opinião sobre qualquer assunto, isso gera um estado de tranquilidade e despreocupação que resulta no alcance pleno da felicidade.
Significado
O termo ceticismo é grego, vem da palavra sképsis, que traduzida significa “exame”, “investigação”.
Origem
O filósofo grego Pirro de Élis, que também assumiu a função de pintor, é considerado o fundador do ceticismo. Sua aproximação com a filosofia se deu a partir da leitura das obras de Demócritos.
Mesmo não havendo obras escritas por Pirro, ele é considerado o primeiro filósofo dos estudos do ceticismo. Suas ideias foram conhecidas por meio dos livros do filósofo Tímon de Fliunte (320 – 230 a.C.).
Tamanha sua importância, o filósofo grego Enesidemo de Cnossos fundou o Pirronismo ou Ceticismo Pirrônico, no século I d.C.
Pirro de Élis estabeleceu contato com diversos pensadores da Pérsia e da Índia, além de culturas e doutrinas de outros povos durante uma viagem pelo Oriente feita com Alexandre, O grande.
Nesta viagem, ele começou a observar que o que era justo e aceitável em uma sociedade, não o era em outra. Com isso, ele conclui que viver bem é viver sem emitir opiniões. Ou seja, viver confortavelmente é viver na “epoché”.
Ceticismo filosófico
O ceticismo filosófico iniciou-se com no Período Helenístico e se expandiu com a Nova Academia, ampliando as perspectivas teóricas e rebatendo mentiras e verdades absolutas.
Se caracterizou por investigar criticamente o entendimento sobre a verdade e o conhecimento, desconfiando sobre os ensinamentos gerais.
Crítica
De acordo com o ceticismo, a verdade não existe. Contudo, essa ideia colocou o próprio ceticismo em contradição. Há um paradoxo na teoria cética, pois a inexistência da verdade pode ser considerada uma verdade.
Por isso, os filósofos do ceticismo realizaram um levantamento de hipóteses sobre a verdade. No entanto, não era oportuno dizer que algo é verdadeiro ou falso.
Desse modo, fez-se necessário permanecer no estado do questionamento, não concluindo se determinado acontecimento é mentira ou real.
Ceticismo e dogmatismo
O ceticismo e o dogmatismo são opostos. Para os dogmáticos, suas crenças não estão sujeitas a análises, reflexões ou críticas.
Desse modo, eles acreditam no que é posto sem pensar ou refletir a respeito. Um exemplo é a religião, existem alguns religiosos que não questionam as práticas da igreja, apenas as seguem.
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