Filosofia Medieval

A filosofia medieval buscou estabelecer uma união entre a fé e a razão.

A filosofia medieval se desenvolveu na Europa durante a Idade Média, um período de expansão e fortalecimento do cristianismo.

Ao buscar conciliar filosofia e religião, a filosofia medieval tentou estabelecer uma conexão entre a razão científica e filosófica e a consciência cristã.

Filosofia Medieval – Resumo

O que torna o período da Idade Média singular é justamente a predominância da Igreja Católica em todos os níveis. Ela foi a grande detentora do saber intelectual, o que tornou a cultura europeia essencialmente teocêntrica.

Não obstante, os filósofos mais notáveis desse período tiveram cuidado ao refletir sobre temas ligados às doutrinas cristãs. Com isso, existiram pensadores, como Tertuliano (séc. III), que afirmavam que os saberes só teriam relevância se associados aos valores cristãos.

Do mesmo modo, haviam pensadores contrários à oposição completa entre a razão e a fé. Um exemplo a ser citado, é Santo Agostinho. Ele defendeu o racionalismo enquanto um caminho para justificar as crenças.

O pensamento que mais predominou entre os filósofos medievais, era o de subordinação do homem em relação a Deus. Do mesmo modo, a razão seria subordinada à fé.

As mudanças vivenciadas a partir da Baixa Idade Média possibilitaram uma importante análise e revisão dos pensamentos produzidos até então.

A filosofia escolástica surgiu com o objetivo de conciliar a fé cristã e a razão. Entre os principais pensadores dessa filosofia, estava São Tomás de Aquino que chegou a dar aula na Universidade de Paris e publicou um importante livro em que dialoga com o pensamento de Aristóteles, o Suma Teológica.

Tomás de Aquino acreditava no papel ativo do homem na produção do conhecimento, pois, para ele, o descobrimento das coisas não dependiam exclusivamente da ação divida.

É importante salientar que a filosofia escolástica não se afastou da religiosidade por ter um diálogo saudável com a razão.

Mesmo reconhecendo a importância do livre-arbítrio do ser humano, a Igreja continua possuindo um papel central nos caminhos que levam o homem à salvação.

Desse modo, os escolásticos combateram as heresias e conservaram as missões essenciais da Igreja.

Características da Filosofia Medieval

Vejamos quais são as principais características da filosofia medieval:

  • Adoção das concepções da filosofia grega no cristianismo;
  • Influência da filosofia greco-romana;
  • Busca da verdade divina;
  • União da razão e da fé;
  • As reflexões não poderiam se contrapor às ideias apontadas na Bíblia;
  • Os pensamentos dos filósofos se baseavam na: imortalidade da alma, encarnação, livre-arbítrio, existência de Deus, fé e razão, pecado, entre outras.

Períodos da filosofia medieval

Podemos dividir a filosofia medieval em quatro períodos:

  1. Filosofia dos Padres Apostólicos
  2. Filosofia dos Padres Apologistas
  3. Patrística
  4. Escolástica

É importante ressaltar que a filosofia patrística e a escolástica foram as mais relevantes da filosofia medieval.

Principais filósofos

Os principais filósofos da filosofia medieval foram:

  • Justino Mártir (100 d.C. — 165 d.C.)
  • Orígenes de Alexandria (184 d.C. — 253 d.C.)
  • Tertuliano (155 d.C. — 220 d.C.)
  • São Tomás de Aquino (1225–1274)

Patrística e escolástica

A filosofia patrística se voltou durante séculos aos pensamentos dos teólogos, padres e bispos. Sendo o primeiro período da filosofia medieval, ela privilegiava os preceitos dos “homens da Igreja”.

Posteriormente, surge a filosofia escolástica, inspirada na filosofia grega e no cristianismo. Ela acreditava na união da fé cristã e da razão para o desenvolvimento humano.

Saiba mais em: Filosofia de Sócrates: O conhecimento de si mesmo e a busca pela verdade

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