Crise financeira de 2008
A crise financeira de 2008 impactou profundamente a economia dos Estados Unidos e Europa.
A crise de 2008 se deu a partir de inúmeras falências de órgãos financeiros norte-americanos e europeus. Tais órgãos integravam um sistema financeiro mundial complexo.
Pode-se afirmar que o estopim da crise de 2008 foi o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos. Ela significou um colapso no sistema mundial de especulação econômica com fins lucrativos.
É importante salientar que essa crise possui semelhanças com a Grande Depressão de 1929, contudo, foi menos impactante.
Causas
Em 2001, o governo dos Estados Unidos começou a conceder um número elevado de créditos a baixos juros, assim como passou a incentivar os empréstimos financeiros.
Tal ação fez com que a população norte-americana começasse a investir em imóveis como forma de obtenção de lucro, pois o indivíduo comprava uma casa com o objetivo de revendê-la a um preço elevado em relação à compra. O nome utilizado para se referir a esse movimento é especulação imobiliária.
Com isso, o valor das casas elevaram-se rapidamente. Com muitas pessoas comprando imóveis, o mercado de hipotecas se intensificou e empréstimos eram concedidos (para comprar mais casas) tendo como garantia o próprio imóvel do indivíduo.
Assim, diversas empresas compraram as hipotecas dos bancos e as comercializavam enquanto mercadorias comuns. As empresas que ficaram mais conhecidas nesse ramo foram a Freddie Mac e a Fannie Mae.
Tais empresas compravam as dívidas hipotecárias dos bancos com a finalidade de conseguir lucro com elas por meio de negociações ou do pagamento dessas dívidas.
Esse movimento fez com que o mercado imobiliário se tornasse um negócio lucrativo. Casas foram construídas, assim como créditos foram ofertados para pessoas das mais variadas classes sociais, o que não permitia nenhum tipo de garantia de pagamento.
Sendo assim, houve uma desvalorização dos imóveis (pela grande quantidade), diminuindo os lucros e promovendo calotes na realização do pagamento das hipotecas.
Em 2007 e principalmente 2008, os valores dos imóveis caíram drasticamente. Nesse momento, inúmeras empresas e bancos quebraram, provocando um colapso na economia dos Estados Unidos e Europa.
Consequências
Todo esse contexto intimidou o mercado com os bancos dificultando créditos e empréstimos. Dessa forma, a capacidade de investimento das empresas caiu vertiginosamente. A seguir, algumas consequências da crise financeira de 2008:
- Demissões em massa
- Queda do consumo
- Menos lucro
- Menos geração de emprego
A falência do banco Lehman Brothers ocasionou o ápice da crise, pois mais títulos e dívidas foram desvalorizadas. As ações, assim como os investimentos despencaram.
Mesmo com o governo dos Estados Unidos se esforçando para recuperar a economia, ela se espalhou e alcançou a Europa, dois anos depois. Iniciou-se, portanto, a Crise do Euro.
Diversos países do continente europeu estavam endividados e sem formas de combater a crise. Os países que mais sentiram seu impacto, foram: Espanha, Grécia, Itália e Portugal.
Eles tiveram que assumir altos empréstimos no Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e União Europeia que demandaram cortes de gastos, tais como:
- Privatizações
- Diminuição salarial
- Redução de funcionários públicos
- Contenção de direitos trabalhistas
Tais medidas geraram mais estagnação econômica o que resultou na revolta da população que respondeu com protestos, principalmente em 2012.
Como a crise de 2008 afetou o Brasil?
Foram os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos dependentes que mais sentiram os efeitos da crise financeira de 2008.
Países como o Brasil, China e Rússia, chamados de “economias emergentes”, sentiram com menos intensidade devido aos fundos de reserva que mantinham e os investimentos concretizados por eles.
Tais países aumentaram a oferta de emprego assim como o consumo por parte da população. Dessa maneira, suas economias viveram uma dinamização.
Somente em 2014 o Brasil vai sentir os efeitos dessa crise, mas em menor escala do que os sentidos pelos Estados Unidos e Europa.
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