O Cristianismo
O Cristianismo surgiu no Império Romano durante o reinado de Otávio Augusto, primeiro imperador romano. A religião tem como base os ensinamentos de Jesus Cristo, por isso seu nascimento marca o início da doutrina cristã.
O Cristianismo surgiu durante o Império Romano, com base nos ensinamentos de Jesus Cristo, considerado por seus seguidores o Messias enviado por Deus ao mundo para libertar e salvar todos aqueles que nele crerem. Juntamente com o judaísmo e o islamismo, é considerada uma das maiores religiões do mundo, arrebanhando cerca de 1,9 bilhão de seguidores em todo o mundo.
O Nascimento de Jesus Cristo
A doutrina cristã começou a ser praticada em Belém da Judeia, região da Palestina onde Jesus Cristo, filho de Deus nasceu. Seu nascimento ocorreu durante o reinado de Otávio Augusto, primeiro imperador romano. Esse fato mereceu grande destaque na Idade Antiga, sendo considerado o marco inicial do calendário da era cristã.
De acordo com a fé cristã, o nascimento de Cristo faz parte de um plano de salvação para a humanidade. Todos os seus ensinamentos estão relatados na Bíblia, livro sagrado para os cristãos. A doutrina se baseia na morte e ressurreição do Salvador, e que a vida terrena é apenas uma passagem, pois aqueles que crerem e praticarem os ensinamentos de Jesus desfrutará de uma vida eterna ao seu lado.
A segunda divisão da Bíblia chamada de Novo Testamento, relata a trajetória de Cristo e seus seguidores, chamados de apóstolos. Pedro e Paulo foram os principais responsáveis por divulgar as ideias cristãs. Seus ensinamentos deram origem à religião cristã, que se baseava em um monoteísmo universal, que negava a divindade do Imperador.
A região da Palestina onde Cristo nasceu era marcada por constantes agitações sociopolíticas e militares, motivadas pela resistência de seus moradores a se renderem totalmente ao domínio romano. Para evitar as revoltas, o imperador aumentou o controle sobre o território, o que foi intensificado com a notícia de que um homem se autoproclamava o filho de Deus, o rei dos reis. As autoridades romanas se sentiram ameaçadas com a figura de Jesus e suas pregações iniciando assim a perseguição contra o Mestre dos cristãos.
A Perseguição aos Cristãos
O Imperador era o principal personagem do império romano, o governante exercia um poder autoritário e centralizado, não permitindo dividir a sua autoridade com quem quer que seja. Mais do que um líder político, o imperador se considerava um representante de Deus na terra, uma divindade que deveria ser respeitada e jamais contestada. Dessa forma a notícia de que alguém, no caso Jesus, se dizia o filho de Deus e o redentor da humanidade, ameaçava o poder do soberano romano.
Outro fato que motivou a perseguição do governante romano a Jesus diz respeito às alianças políticas que o imperador possuía com os líderes religiosos judaicos. Ao contrário dos cristãos, os judeus não acreditavam na existência de um messias, o que os levava a concluir que as pregações de Cristo eram uma blasfêmia. Os cristãos também condenavam o militarismo e defendiam a igualdade entre os homens, o que era visto como uma ameaça à estrutura militar e escravista de Roma.
As perseguições a Jesus culminaram em sua captura, julgamento e crucificação, pena que era destinada a aqueles que infringiam as leis romanas. Mas para os cristãos a morte de Cristo era apenas o início do cumprimento de seus ensinamentos, já que a crença na sua ressurreição era uma demonstração da sua divindade.
A morte e ressurreição de Cristo não pôs fim às perseguições aos cristãos, pelo contrário, elas foram intensificadas e se tornaram cada vez mais violentas, o que os motivava a se reunirem em segredo. As reuniões religiosas normalmente eram realizadas antes do nascer e depois do por do sol, os locais eram quase sempre cavernas ou catacumbas subterrâneas. Quando descobertos eram acusados de conspiração contra o império e recebiam as mais severas penas, desde a crucificação até lançamento em jaulas com feras selvagens.
As perseguições
As perseguições sofridas pelos cristãos foram ordenadas por imperadores como Nero, Domiciano, Trajano, Marco Aurélio e Septímio Severo, o sofrimento causado aos seus adeptos acabou por fortalecer ainda mais a religião. Durante a crise do Império Romano, muitas pessoas converteram-se ao cristianismo, principalmente os pobres e os escravos. Para eles, os ensinamentos deixados por Cristo eram um alívio para a vida sofrida para a qual estavam destinados.
No século IV no ano 313 durante o reinado do imperador Constantino, o culto dos cristãos foi liberado através da publicação do Edito de Milão. A medida visava garantir o apoio dos adeptos do Cristianismo, sendo que a religião agora conquistava fieis de todas as classes sociais.
As Primeiras Igrejas
Os ensinamentos de Jesus Cristo se espalharam por todo o Império Romano mesmo após a morte dos apóstolos. Os seguidores que compartilhavam a mesma doutrina passaram a se reunir em comunidades dirigidas por presbíteros ou padres responsáveis por difundir a fé cristã. Foram criados também os cargos de diáconos e bispos, que eram responsáveis por zelar pela preservação do cristianismo. Dessa forma a religião começou a se institucionalizar.
A palavra igreja tem sua origem no idioma grego e significa Eclésia, ou seja, assembleia. As primeiras comunidades cristãs foram chamadas de Igreja Primitiva e os homens que dela participavam comungavam do mesmo ideal religioso. Os apóstolos Pedro, Tiago e João foram os primeiros organizadores da igreja, estas surgiram inicialmente em Jerusalém.
Ao longo de três séculos os cristãos foram duramente perseguidos no Império Romano, mas com a liberdade de culto concedida por Constantino o cristianismo se fortaleceu chegando a se tornar a religião oficial de Roma. No século IV estabeleceu-se a superioridade do bispo romano e em 455 foi criado o mais alto cargo da igreja, o de Papa, sendo Leão o primeiro deles.
Lorena Castro Alves
Graduada em História e Pedagogia
Por interesses e arranjos políticos aconteceu a “Institucionalização da igreja”, denominada Igreja “Católica” e determinou-se um líder geral, o Papa, como uma boa forma de se manter o controle político da época, devido ao crescimento perturbador dos cristãos. Porém diversos cristãos, recusaram a submeter-se a igreja católica, pois já se viam como Igreja de Cristo, e se mantiveram fiéis às suas convicções. Eram na verdade cristãos, que tinham somente como líder, Jesus Cristo e buscavam seguir, viver e proclamar os seus ensinamentos. Recusavam a interferência do estado, e não se submetiam a Igreja Católica e a sua liderança papal, e por isso foram severamente perseguidos, mas resistiram e resistem até os dias atuais, nos seus diversos formatos eclesiásticos. Infelizmente, por causa disso, ainda hoje, se vê uma disputa pelo título de “Igreja Verdadeira”. Uma disputa insana e sem sentido,que não leva a lugar algum. Segundo o Novo Testamento, os SEGUIDORES DE JESUS foram chamados pela primeira vez “cristãos” em Antioquia (Atos 11:26), e é com esses que eu me identifico. Denominações, são meros detalhes!
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