O que é hidroxicloroquina? Remédio é esperança no combate ao coronavírus

Plaquinol e Reuquinol são os nomes comerciais do medicamento hidroxicloroquina, a aposta no combate a Covid-19. Anvisa publica nota em alerta ao seu uso.

O presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, 19 de março, um medicamento que é esperança no combate ao novo coronavírus. A hidroxicloroquina, remédio administrado no tratamento da malária e da artrite reumatoide, assim como de demais doenças, é a aposta do governo americano contra a Covid-19.

A substância encontrada com os nomes comerciais Plaquinol e Reuquinol, junto a sua variante, são aptas a dificultarem a fusão do vírus com a célula do hospedeiro, evitando a contaminação. Além disso, ela possui outros recursos antivirais, como apresentou um estudo in vitro realizado por pesquisadores em Wuhan, na China, onde a doença se originou.

O fármaco, uma variante da cloroquina, mostrou resultados eficazes em algumas pesquisas, apontando que pode auxiliar na corrida para a cura da doença. Isso, principalmente se for usado em combinação a um antibiótico, agindo no tratamento e prevenção da Covid-19.

Resposta similar com a utilização da droga, considerada de baixo custo e com ausência de risco, já tinha ocorrido no período da epidemia de SARS, no começo dos anos 2000, sendo provocada por outro tipo de coronavírus que se disseminou pelo sudeste da Ásia.

Pesquisa francesa relata eficácia

Um estudo clínico realizado na França com 36 pessoas também apontou a eficácia do fármaco. Na ocasião, os pacientes foram medicados diariamente, durante 10 dias, com 600 mg de hidroxicloroquina. Mais da metade das pessoas, 20 delas, responderam positivamente ao tratamento, com a redução considerável na carga viral se comparada aos que não passaram pelo procedimento. Ainda, se administrada ao antibiótico azitromicina, a droga mostrou-se ainda mais bem-sucedida.

O fármaco, apresentado por Elon Musk como um instrumento para a cura do coronavírus, possui efeitos colaterais, tais como dores de cabeça e abdominal, diarreia, náuseas, vômito, distúrbios de visão e anorexia. O seu uso é contra-indicado para crianças menores de 6 anos de idade e pessoas com hipersensibilidade aos seus componentes.

Anvisa publica nota com esclarecimentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na noite desta quinta-feira, 19 de março, uma nota técnica sobre o uso dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da Covid-19.

Em função da pandemia do coronavírus e das notícias divulgadas, houve um aumento na procura pelos remédios que, segundo a Anvisa, são registrados para o tratamento da artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.

“Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da Covid-19. Portanto, não há recomendação da Anvisa, no momento, para a sua utilização em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus; E a automedicação pode representar um grave risco à sua saúde”, destacou Anvisa.

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