Reinos Africanos (Gana, Mali e Songai)

Os reinos africanos tiveram tiveram muito poder, influência e riqueza.

Os reinos africanos foram formados por Estados que envolviam diversos povos. Geralmente, eles eram constituídos através de conquistas de um povo sobre o outro.

No período que compreendeu a desagregação do Império Romano do Ocidente, importantes reinos africanos prosperavam, tais como Gana, Mali e Songai.

As informações disponíveis sobre eles são limitadas, em razão da falta de interesse em estudar a história africana, assim como à falta de fontes históricas escritas em um estado de conservação que possibilite uma análise minuciosa sobre o local e o período que se anseia pesquisar.

No entanto, é importante salientar que este campo de pesquisa passou a ser mais procurado nas últimas décadas.

Com isso, as ricas fontes arqueológicas, a tradição oral e a linguística histórica se tornaram importantes vestígios para os pesquisadores.

Reino de Gana

As informações disponíveis sobre este reino estão presente em textos dos séculos VIII, IX e X, escritos por árabes que tiveram contato com a região.

O Reino de Gana se consolidou na África Ocidental por volta do século IV.

Localizado ao sul do Deserto do Saara, acredita-se que Gana tenha se formado a partir da unificação de aldeias da etnia soninkê, fixadas entre os Rios Níger e Senegal.

Passado algum tempo, este reino envolveu outros povos que habitavam em suas proximidades. O ápice do Reino de Gana ocorreu entre os séculos IX e XI, quando era comandado pela dinastia dos Cissê Tunkara.

Nesta época, ele alcançou um poderio comercial, político e territorial. Seu território se estendia do sudoeste de Mali ao sul da Mauritânia e ao nordeste da Guiné.

No entanto, era mais influente nas localidades mais próximas, em que o reino tinha relações comerciais.

A riqueza do reino se originava dos impostos cobrados à população e dos tributos arrecadados sobre o trânsito de produtos, que percorriam longas e ricas rotas do continente africano.

O controle das rotas era exercido pelos ganeses e os berberes, povos que habitavam o norte da África.

Os principais produtos comercializados por este reino eram ouro, sal, marfim e escravos, que eram trocados por tecidos de seda, algodão e cobre.

Importantes cidades ganesas foram atacadas pelos muçulmanos, desorganizando a unidade territorial do reino. Assim, ocorreram disputas entre os reinos menores subjugados à Gana.

Por volta do século XI, a região passa a ser domínio de um novo reino unificado, chamado Mali.

Reino de Mali

O declínio de Gana provocou várias disputas por influência entre os reinos menores, durante o século XII.

Era formado por povos que habitavam a região entre os Rios Níger e Senegal, os mais importantes eram os mandingas.

Além deles, os soninkês, sossos, bozos e fulas formavam o Reino de Mali. O principal líder foi Sundjata Keita que comandou as unidades políticas próximas, criando um estado hegemônico e unificado até o século XV.

O poderio do Mali foi justificado por importantes fatores, como o domínio do ouro, um exército poderoso e uma administração eficaz. Assim, o Reino de Mali foi um dos mais influentes de toda a África.

O representante supremo era o Mansa, que morava em Niani, uma cidade ao norte do território que atualmente compreende a República da Guiné.

O ápice da dinastia Keita se deu por volta do século XIV, durante a gestão de Kankan Mussa.

No final deste século, este reino enfrentou algumas dificuldades em governar uma área tão vasta, o que o fez entrar em declínio.

Reino de Songai

O Reino de Songai se relaciona com Gao, uma cidade fixada próxima ao rio Níger. Ela foi um importante centro econômico, comercial e político, além de obter um expressivo poderio militar.

Gao esteve sob o domínio do Império Mali até por volta do século XIV. No século XV, ocorreu a conquista de Tombuctu, um centro comercial e religioso. Este momento foi marcado pela formação do Reino de Songai.

Liderado por Sonni Ali, houve um processo de expansão militar que conquistaram, também, Djenné. Uma cidade com práticas religiosas politeístas que aperfeiçoaram os costumes que vigoraram no Reino de Mali, envolvendo aspectos dos impérios anteriores.

Criaram uma unificação de pesos e medidas que auxiliava na arrecadação de impostos e trocas comerciais. Os produtos comercializados eram o sal, ouro e cauris.

O Reino de Songai compreendia uma ampla área, que possuía um comércio organizado e um governo centralizado. As principais cidades eram Tombuctu, Djenné e Gao.

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