Revoluções burguesas
As revoluções burguesas foram conflitos ocorridos na Europa entre os séculos XVII e XVIII.
As revoluções burguesas foram conflitos protagonizados pela burguesia entre os séculos XVII e XVIII.
Mesmo sendo a classe dominante no sentido econômico, ela era subordinada à Monarquia e à Igreja, tanto juridicamente quanto politicamente.
Assim, as ambições sociais e econômicas da burguesia foram essenciais para a superação do absolutismo por meio das revoluções burguesas.
Revolução Puritana
A Revolução Puritana foi um conflito que ocorreu durante o século XVII, na Inglaterra. Foi caracterizada pelo confronto entre o parlamento e o rei que ansiava por um governo centralizado em sua figura.
Carlos I negava a participação do parlamento nas decisões políticas e resolve dissolvê-lo. Foi onze anos de centralização no poder.
As ações adotadas pelo rei, como a imposição do anglicanismo e o aumento dos impostos, revoltou a população inglesa, incluindo a burguesia.
Em 1640, o rei convoca o parlamento e mais uma vez a vontade de ambos se chocam. Não aceitando as exigências dos parlamentares, ele ameaça dissolver o parlamento novamente. Como reação, o parlamento convoca a formação de uma milícia para protegê-lo.
Iniciada a Revolução Puritana, o exército real enfrentava a população armada comandada por Oliver Cromwell.
Os revoltosos se dividiram em dois grupos, os Levellers e os Diggers. Foi desse modo que as camadas populares se inseriram na política inglesa.
Vencedores, os revolucionários apreenderam Carlos I e o decapitaram. Era o fim da monarquia e o início do governo republicano inglês, liderado por Oliver Cromwell.
Revolução Gloriosa
Com a deposição de Richard Cromwell, filho de Oliver Cromwell, o poder político britânico foi reorganizado. Insatisfeitos com a ditadura de Cromwell, que não foi um líder tão hábil quanto o pai, o parlamento aprovou a chegada do rei Carlos II ao trono. Essa fase ficou conhecida como Restauração Monárquica.
A relação entre monarquia — com poderes limitados pelos parlamentares — e parlamento continuava delicada.
Após o falecimento de Carlos II, seu irmão, Jaime II, passa a ocupar o trono. Com uma política voltada para o autoritarismo, Jaime II sofre forte oposição do parlamento que convoca sua filha, Maria Stuart, a uma reunião.
É determinado, então, a ascensão de seu marido e genro de Jaime II, Guilherme de Orange, para assumir o trono.
Assim se caracteriza a Revolução Gloriosa, sem nenhum tipo de violência. Inaugurava-se, portanto, uma nova era da história política da Inglaterra com a introdução do liberalismo burguês.
Revolução Francesa
A Revolução Francesa ocorreu na França, entre 1789 a 1799, e resultou no fim do absolutismo francês. A causa do conflito foi a insatisfação da burguesia acerca dos privilégios fornecidos à aristocracia francesa e a insatisfação da população frente ao estado de miséria em que vivia.
Devido e crise econômica vivida pelo país, o rei Luís XVI convoca os Estados Gerais, composto pelo clero, nobreza e burguesia que se declara representante do país, forma a Assembleia Nacional Constituinte e inicia a Revolução Francesa.
A Revolução limitava o poder do rei e valorizava o direito à propriedade. Em 1792, é proclamada a República e Luís XVI é condenado à morte. Tal ação questionou a imagem do monarca enquanto um representante divino.
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