Sistema endócrino
O sistema endócrino é constituído pelo conjunto de glândulas que produzem secreções denominadas hormônios.
As funções do corpo de um ser vivo podem ser controladas de duas formas: pelo sistema nervoso ou pelos hormônios.
Como e onde são produzidos os hormônios
A produção dessas substâncias denominadas hormônios é controlada por um mecanismo de feedback negativo, mecanismo de retroação ou retroalimentação negativa.
Nesse tipo de mecanismo, a própria substância produzida estimula a glândula e controla a sua produção.
Se faltar uma substância no sangue, a determinada glândula que produz essa substância é automaticamente acionada e começa a produzir o hormônio que estimula a produção da substância que falta.
Com o acúmulo dessa substância no sangue, ela inibe a glândula para que passe a produzir uma quantidade menor do hormônio.
Glândula hipófise
A hipófise é uma glândula localizada no cérebro e também pode ser chamada de glândula pituitária. Ela pode ser dividida em duas partes: a neuro-hipófise e a adeno-hipófise.
A neuro-hipófise secreta dois hormônios:
Ocitocina
A ocitocina é responsável pelas contrações do parto, estimulando a musculatura do útero, e também pela liberação do leite na amamentação, estimulando os músculos que expulsam o líquido quando o bebê suga.
Hormônio antidiurético (ADH)
O ADH é o hormônio que controla a liberação de água pelos rins. Se existe pouca água no organismo, a pressão osmótica do sangue aumenta e libera esse hormônio no sangue, diminuindo a reabsorção de água e, consequentemente, a quantidade de urina liberada. Quando há deficiência na produção desse hormônio, a produção de urina diluída é extremamente alta causando a doença diabetes insípida.
Os hormônios produzidos pela adeno-hipófise são chamados de hormônios tróficos, eles controlam outras glândulas. São eles:
Hormônio tireotrófico ou tireoestimulante (TSH): hormônio que estimula a tireoide.
Hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina (ACTH): hormônio que controla o córtex das supra-renais.
Prolactina: hormônio que estimula a produção e secreção de leite.
Hormônio folículo-estimulante (FSH): hormônio que estimula o amadurecimento de folículos nos ovários e a formação de espermatozoides nos testículos.
Hormônio luteinizante (LH): estimula a ovulação, a formação de corpo lúteo nos ovários e a produção de testosterona nos testículos.
Hormônio do crescimento ou somatotrofina ou hormônio somatotrófico (SH): promove o crescimento de quase todos os tecidos, inclusive ossos e cartilagem. A pouca produção desse hormônio provoca o nanismo e a produção exagerada provoca tumores na glândula que leva o indivíduo ao gigantismo. Se esse tumor não for tratado ele pode destruir a hipófise e levar o indivíduo a morte.
Glândula tireoide
A tireoide fica localizada abaixo da laringe, na frente da traqueia. O metabolismo geral do corpo é aumentado pela tireoide, isto é, ela aumenta processos como a síntese proteica e a velocidade da respiração celular. Em consequência disso, aumenta também a liberação de energia e consumo de oxigênio do corpo.
A glândula da tireoide em algumas circunstâncias passa a funcionar acima do nível normal, quando isso ocorre dizemos que o indivíduo possui hipertireoidismo.
Normalmente, essas pessoas apresentam-se nervosas, tensas, com batimentos cardíacos acelerados, possuem uma maior intolerância ao calor do ambiente, produzem grande quantidade de suor e dormem mal.
Esse aumento de produtividade faz com que a tireoide aumente seu tamanho, podendo ser chamada de papo ou bócio.
A falta de iodo pode ser uma das causas do aumento da tireoide, nesse caso a doença é chamada de bócio endêmico, o que pode causar várias deficiências principalmente se ocorrer na infância.
O bócio endêmico pode ser eliminado com a adição de pequenas porções de iodo ao sal comum usado na preparação de alimentos.
Ao contrário do que ocorre em pessoas com bócio, existem indivíduos que apresentam hipotireoidismo, ou seja, a glândula tireoide não funciona corretamente.
Essas pessoas geralmente são apáticas, sonolentas, possuem lentidão de movimentos, batimentos cardíacos fracos e podem apresentar inchaço pelo corpo.
Glândulas paratireoides
As quatro pequenas glândulas paratireoides estão localizadas na parte de trás da tireoide. Elas produzem o paratormônio, responsável por controlar a taxa de cálcio no sangue.
Se a concentração de cálcio no sangue estiver baixa, o paratormônio promove a retirada de cálcio dos ossos e o lança na corrente sanguínea. Ele também aumenta a absorção de cálcio no intestino e a reabsorção pelos túbulos renais.
A hiperatividade das paratireoides pode provocar o enfraquecimento dos ossos do indivíduo, causar lesões renais e desequilíbrio no organismo que se não for controlado pode levar a pessoa a morte.
A hipofunção causa a falta de cálcio no sangue que provoca contrações musculares, isso pode ocasionar a morte por asfixia, se houver contração da musculatura da faringe.
Glândula pâncreas
O pâncreas é uma glândula que possui uma parte exócrina, que produz o suco pancreático, e uma endócrina, que produz a insulina e o glucagon.
A insulina facilita a entrada de glicose na célula para que haja liberação de energia na respiração celular. A insulina também é responsável pelo armazenamento de glicogênio no fígado e nos músculos e pelo acumulo de gordura no tecido adiposo.
A incapacidade total ou parcial do pâncreas de fabricar a quantidade necessária de insulina para o indivíduo é chamada de diabetes melito ou mellitus.
Nesse caso, a quantidade de glicose aumenta no sangue e, ao sair pela urina, leva junto muita água por osmose.
A obtenção de energia passa a ser apenas através da quebra de gordura, o que faz com que o indivíduo perca peso além de correr o risco de ficar desidratado pela intensa perca de água.
O tratamento da diabete melito é feito com dieta, medicamentos e, muitas vezes, injeções diárias de insulina.
Glândulas suprarrenais
As glândulas suprarrenais são chamadas também de adrenais e estão localizadas sobre os rins. As suprarrenais possuem duas regiões que produzem hormônios diferentes: o córtex e a medula.
Córtex da suprarrenal
O córtex produz hormônios mineralocorticoides e glicocorticoides. O principal mineralocorticoide é a aldosterona, que regula a absorção de íons sódio nos túbulos renais, ou seja, regula a taxa de água e sais no organismo.
O glicocorticoide mais importante é o cortisol, conhecido também como hidrocortisona.
Esses hormônios estimulam a conversão de aminoácidos em glicose, o que ajuda o organismo a enfrentar períodos sem alimentos ou em situações estressantes.
Medula da suprarrenal
A medula produz a adrenalina ou epinefrina e a noradrenalina ou norepinefrina. Em situações de perigo a medula é ativada pelo sistema nervoso e libera grande quantidade de adrenalina no sangue do indivíduo.
Isso faz com que ele aumente sua capacidade de enfrentar a situação alarmante, preparando-se e obtendo força para lutar ou fugir.
Mapa mental – Sistema endócrino
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