O que é xenofobia?
Os crescentes casos de xenofobia no Brasil e no mundo apontam para um cenário preocupante de violência gratuita à estrangeiros e nativos de determinadas regiões.
Essa discriminação social está presente em todos os países, tendo se intensificado em razão do latente processo de migração, provocado por guerras, fome, problemas sociais e econômicos e etc.
A origem etimológica do termo vem do grego, a partir da junção das palavras “xénos” (estrangeiro) e “phóbos” (medo). A xenofobia pode ser enxergada como uma atitude preconceituosa ou até mesmo ser considerada um transtorno psiquiátrico.
Além de pessoas de outros países, a xenofobia também pode ser sofrida por pessoas do mesmo país, mas que são vistas como forasteiras pelos ofensores.
As principais motivações dos grupos xenofóbicos geralmente estão associadas à questões sociais, históricas, culturais, econômicas, religiosas e etc. Junta-se à xenofobia o etnocentrismo no sentido de enxergar uma cultura de forma superior à outra.
Por lidar com questões ligadas ao preconceito, a xenofobia traz graves consequências à sociedade, pois geralmente os xenófobos têm o hábito de segregar e atacar fisicamente quem é estrangeiro.
Exemplos de xenofobia
Diretamente ligada aos movimentos migratórios, a xenofobia tem sido a principal arma utilizada pelos nacionalistas fervorosos.
A migração acontece em virtude de diversos fatores, como por exemplo a fuga de territórios de guerra ou de grande violência, países em crises econômicas sociais, com regimes ditatoriais e etc.
Isso acaba gerando mais cada vez mais estereótipos em determinadas nações ou regiões ao redor do globo. Dentre os principais tipos de xenofobia, temos:
- Xenofobia no mundo
Como dito anteriormente, a xenofobia existe em diferentes partes do mundo. Na Europa e Estados Unidos, a discriminação contra pessoas vindas de países árabes ou que seguem os preceitos islâmicos é recorrente.
Isso acontece exatamente por questões ligadas ao estereótipo sobre esse grupo, tidos como terroristas. A popularização desse “clichê” social cresceu exponencialmente após ataques terroristas em determinadas partes do Oriente Médio, Norte da África e América do Norte.
As consequências disso: marginalização dos árabes e muçulmanos (em alguns casos até mesmo seus descendentes).
Nos Estados Unidos, a xenofobia contra mexicanos e latinos também é algo comum, visto que a nação norte-americana é vista como a terra das oportunidades e da mudança de vida.
Dentre as inúmeras justificativas para algo injustificável, os grupos xenófobos afirmar que o intenso fluxo migratório gera competição por vagas de emprego e aumento nas taxas de violência.
- Xenofobia no Brasil
Mesmo dentre o povo brasileiro, o número de xenófobos pode chegar a níveis consideráveis em algumas regiões do país. Dentre os grupos estrangeiros que mais sofrem com a xenofobia estão os venezuelanos e os haitianos. Desastres naturais e crises econômicas acabam sendo motivo para a mudança de país.
Aqui, além do preconceito às pessoas de outros países, há também a aversão contra brasileiros de lugares específicos do Brasil. A má recepção de pessoas oriundas das regiões Norte e Nordeste para outras regiões, como a Sul e Sudeste, deixam claro como é preciso combater esse tipo de atitude.
Por que ela existe?
Grande parte dos estudos referentes ao tema atribuem o sentimento de ódio a estrangeiros pelos seguintes motivos:
- Medo da perda do status e da identidade social;
- Forma de garantir e impor a identidade nacional, sobretudo em tempos de crise;
- Os grupos xenófobos enxergam no estrangeiro uma ameaça ao sucesso do cidadão nativo, com a ideia de que eles perderiam espaço no mercado de trabalho para os migrantes;
- Sentimento de superioridade;
- Falta de informação intercultural. O indivíduo destituído desse conhecimento age como se a cultura do outro não importasse.
Como ela se manifesta?
Podem ser enxergados como sendo comportamentos xenófobos as seguintes ações:
- Criação e aplicação de políticas discriminatórias por parte do governo e setor administrativos de um país. Dentre algumas ações destaca-se a exclusão do migrante ao acesso à serviços públicos;
- Discurso estereotipado, desumano e discriminatório;
- Práticas intimidatórias, ameaçadoras e de violência pública gratuita, como agressões físicas, destruição de bens pessoais da vítima, assassinato, coerção, entre outros;
- Assédio e ataques por parte de agentes responsáveis pela segurança pública, como policiais e oficiais de imigração;
- Arbitrariedade na aplicação de leis: negar atendimento médico de urgência à um migrante.
Veja também: O que é empatia?
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