Economia da África
O continente africano é considerado o segundo mais pobre do mundo. Mas, mesmo com seus problemas, possui 10% das reservas mundiais de petróleo e 8% das de gás.
A África é considerado o continente mais pobre do mundo, sendo que grande parte dos seus 54 países possuem um Índice de Desenvolvimento Baixo (IDH).
Os números são resultado da baixa qualidade de vida de sua população, com grande número de subnutrição, analfabetismo, mortalidade infantil e, consequentemente, baixa expectativa de vida.
Contudo, a sua terra é prósperas em riquezas naturais, tais como ouro, diamantes, petróleo, gás e minérios, que sustentam a economia africana.
Ainda assim, outras áreas e serviços são executados, mesmo que de forma precária, como é o caso da agricultura, do turismo e da indústria de transformação. Caso semelhante acontece com o transporte e a comunicação, com expansão restrita.
Minérios
Realizado de forma primitiva por garimpeiros e em profundidade por empresas transnacionais, os principais minérios explorados na África são:
- Urânio – Níger e Namíbia
- Cobre – África do Sul, Zâmbia, Zimbábue e República Popular da China (RPC)
- Diamantes – Lesoto, Botsuana e Serra Leoa
- Ferro – Mauritânia e África do Sul
- Bauxita – Moçambique
- Petróleo – Líbia e Nigéria
Em algumas circunstâncias, a exploração dos diamantes emprega mão de obra escrava de crianças e jovens, aliando-se ao tráfico de pedras e armas.
A Tanzânia apresentou uma taxa de crescimento de 6% ao ano, desde 2006, devido o aumento no preço do ouro no mercado internacional.
Já em Bostwana, o avanço foi de 5% anualmente, por causa das reservas de diamante. E a maior parte dele é empregue no financiamento da educação primária.
Petróleo e gás
A Angola é o maior exportador de petróleo da África. O continente detém de 10% das reservas mundiais de petróleo e 8% de gás.
Além do país, outros são potenciais:
- Argélia
- Líbia
- Egito
- Nigéria
- Guiné-Equatorial
- Gabão
- Congo-Brazzaville
Além desses, Sudão, Mauritânia, São Tomé e Príncipe e Chade são novos produtores.
Turismo
O turismo na África dá lugar aos safáris e aventuras no mundo selvagem.
Portanto, mesmo diante de todos os problemas do continente, nações do norte da África, como o Egito, Marrocos e Tunísia possuem no turismo um papel relevante na economia da África.
O turismo também tem muita relevância em países costeiros ao Oceano Atlântico e Oceano Índico, como é o caso de Cabo Verde.
Os parques naturais, situados no Quênia e na África do Sul, trazem turistas que objetivam ver animais selvagens.
A caça, mesmo que não sendo bem vista, ainda apresenta grande parte das receitas dos países.
Ainda, conforme informações da Organização das Nações Unidas (ONU), os números do turismo africano, entre 2011 a 2014, sintetizaram 8,5% do PIB e criaram 2,1 milhões de empregos.
Vale destacar que, desde o ano de 1996, o turismo na África tem elevado na taxa de 9% ao ano.
Agricultura
A agricultura na África é tida como a atividade de grande parte da população. E entre os países do continente, o Quênia aparece como destaque no orgânico.
Em relação ao café, a Etiópia é o quinto maior exportador mundial. As suas taxas de crescimento são de 6% desde 2006, isso por conta da demanda de outros países, como é o caso da Índia.
Além disso, os países subsaarianos fazem acordos com o intuito de sanar os problemas com a ausência de água e, assim, conseguirem realizar o cultivo de banana, feijão, mandioca e milho.
No caso do Brasil, a nação tem fechado parceria, por meio de acordos diplomáticos e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para fomentar a agricultura na Angola, em Moçambique e no Sudão.
Todavia, mesmo diante do crescimento positivo, a elevação no preço dos cereais e a modernização agrícola ocorrida em 2012, alertou que as nações africanas necessitariam de auxílio em consequência da fome.
Crescimento econômico
Durante as duas primeiras décadas do século XXI, a economia africana presenciou um crescimento exponencial. Isso devido a elevação da procura por petróleo, gás natural, além dos alimentos, que permitiram com que o continente ampliasse os seus preços.
Outro fator importante foi o perdão da dívida externa, realizado em 2005. Ele ocorreu por razões humanísticas, a 14 países africanos, trazendo uma consequência positiva para a região.
O relatório Situação Econômica Mundial e Perspectiva, apresentado pela ONU em 2019, salienta que o “crescimento econômico é desigual e muitas vezes não chega onde é mais necessário.”
Assim, ele destaca que o rendimento por pessoa iria estagnar ou crescer marginalmente no ano, em muitas partes da África, Ásia Ocidental, América Latina e Caribe.
Ainda conforme o relatório, para extinguir a pobreza até 2030 será necessário um crescimento de dois dígitos na África, além da diminuição considerável na desigualdade de rendimentos.
Investimento estrangeiro
Algumas são as nações que têm investido no continente africano. Entre elas, a China foi a que mais investiu ao longo das primeiras décadas do século XXI.
Por meio das parcerias, os chineses passaram a estar presentes em diferentes setores, como nos da construção civil, petróleo e telecomunicações.
Mas, ainda que invista no território, eles acabam por levar a sua própria mão de obra, enviando chineses para trabalhar no local. Portanto, ainda que signifique só 3% das trocas comerciais para a China, a África é vista como um continente planejado para eles.
Com intenções econômicas e diplomáticas, a China busca aliança para contrabalancear a influência dos EUA. Os chineses procuram vetar os votos dos países africanos ao Japão como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, assim como extinguir o reconhecimento internacional a Taiwan.
Problemas
Ainda que muitos pontos positivos tenham alavancados o continente africano, ele ainda sofre com regimes autoritários e uma política instável.
Em 2016, a economia sofreu uma queda com a redução do valor de suas matérias primas. Na ocasião, o país da Nigéria saiu da posição de primeira economia e passou à recessão.
Entretanto, a África do Sul conseguiu se safar da desvalorização de sua moeda, mas o Franco CFA teve sua validade questionada.
Outro problema central no crescimento da África são os problemas com a falta de segurança, infraestrutura, saúde (grande número de epidemias) e o IDH muito baixo.
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