Estudo conclui que novo coronavírus não foi criado em laboratório
Estudo realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido mostra que Covid-19 foi originada naturalmente, por meio de seleção natural.
Uma pesquisa científica realizada nas universidades dos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, e publicada na revista Nature Medicine, concluiu que o novo coronavírus foi originado naturalmente, por meio de seleção natural.
No entanto, embora existam muitas teorias da conspiração sendo divulgadas nas redes sociais, a investigação mostra que o coronavírus não foi criado em um laboratório.
O estudo publicado na última terça-feira, 17 de março, é relevante para elucidar as especulações em torno dos rumores de uma possível manipulação do Covid-19, pela China, com o intuito de extrair benefícios econômicos no cenário de crise mundial.
“Ao comparar os dados disponíveis de sequenciamento de genoma das cadeias do vírus, podemos determinar com firmeza que o SARS-CoV-2 [como é chamado o novo coronavírus] foi originado a partir de processos naturais”, destaca em nota, Kristian Andersen, professor associado de imunologia e microbiologia do Scripps Research, centro americano de pesquisa médica sem fins lucrativos.
Pesquisa
Por meio do estudo da estrutura do novo coronavírus e de experimentos bioquímicos, os pesquisadores identificaram duas características que não podem ser criadas em laboratório.
Uma delas é decorrente da estrutura central do organismo, que é diferente de outros vírus. De acordo com os cientistas, a manipulação de um vírus em laboratório se daria a partir de outro vírus com efeito familiar.
A segunda novidade quanto o coronavírus é o seu domínio de ligação ao receptor (RDB). Ele tem alto afinco com as células receptoras humanas e, também, células de gatos, furões e demais espécies, ou seja, tem uma transmissão muito eficiente.
Desse modo, a pesquisa identificou que a evolução que faz com que o coronavírus se conecte rapidamente com os hospedeiros é em função da seleção natural, na qual as espécies enfrentam muitas mutações espontâneas e sobrevive a que melhor se adapta ao ambiente.
De acordo com o estudo, ainda não há uma determinação de origem do vírus, mas trabalha-se com hipóteses. O vírus pode ter sido concebido a partir de hospedeiros humanos ou de demais espécies, como morcegos e pangolins.
Ambos animais, presentes na região de Cantão, na China, apresentam versões do coronavírus muito similares do SARS-CoV-2, que causou a pandemia.
Outro cenário considerado pela comunidade científica mundial é de que o novo coronavírus tenha evoluído em uma espécie animal, que ainda não sabemos qual, e a partir de então ter se realizado a transição para o organismo humano.
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