Esse termo surgiu no século 19, em 1883. É uma palavra derivada do grego e significa “bom de origem”, ou “bem-nascido”, e foi criada pelo inglês Francis Galton (1822–1911).
Na teoria da eugenia, acredita-se que existam raças superiores, que conseguem se estabelecer melhor nos ambientes, e tenta-se aplicar na espécie humana a teoria da seleção natural de Charles Darwin (1809–1882).
Histórico para eugenia
A eugenia é uma prática muito antiga defendida por Platão como forma de melhorar seres humanos através da permissão seletiva à vida. Para ele, a reprodução humana deveria ser controlada pelo Estado.
Essa teoria recebia o apoio supremo de políticos e cientistas, e chegou a compor a legislação de 30 estados norte-americanos.
No início do século 20, a eugenia era considerada uma ciência e foi o assunto de muitos debates e pesquisas científicas que procuravam respostas para a transmissão de características humanas e a influência delas na sociedade.
Francis Galton chegou a propor um sistema de casamentos arranjados para melhorar a raça humana, no que ele chamou de eugenia positiva.
Ao mesmo tempo, a eugenia negativa falava em eliminação dos indivíduos que não estivessem adequados à sociedade.
O matemático Karl Pearson (1857–1936) também era um entusiasta da eugenia. Para ele, as altas taxas de natalidade das pessoas pobres eram ameaças à civilização e, para evitar isso, ele sugeria que raças superiores deveriam suplantar raças inferiores.
A eugenia só começou a ser questionada após a Segunda Guerra Mundial, depois dos nazistas terem esterilizado mais de 140 mil judeus compulsoriamente e matado mais de 6 milhões de pessoas em campos de concentração.
Eugenia nazista
O Partido Nazista começou a esterilizar e eliminar indivíduos que eles consideravam inferiores em 1930, baseando-se em ideias americanas sobre eugenia.
Esse processo, chamado pelos nazistas de “higiene racial”, ultrapassou os limites de controle de natalidade de pobres e fez surgir os campos de concentração.
Nos campos de concentração os judeus foram escravizados e eliminados utilizando câmaras de gás e grandes fornalhas para incinerar os corpos.
A eugenia só foi estigmatizada durante os julgamentos de Nuremberg, quando os Estados Unidos retiraram a prática de higiene racial de suas políticas oficiais, mudaram nomes de instituições e condenaram atividades de esterilização.
Eugenia no Brasil
Na América do Sul, o Brasil foi o primeiro país a apoiar a eugenia no século 20. A busca em garantir uma raça superior se baseava no racismo e no impedimento da imigração.
Em 1929, ocorreu no Rio de Janeiro o Primeiro Congresso de Eugenia do Brasil, onde foram discutidas iniciativas para manter uma raça superior no país, considerando questões biológicas e sociais.
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