Intentona Comunista

Em julho de 1935, Luís Carlos Prestes, líder da Aliança Nacional Libertadora (ANL), lançou um manifesto que sugeria a retirada de Getúlio Vargas do poder e a criação de um governo popular revolucionário.

O governo de Vargas reagiu fechando a sede da ANL e a maioria dos núcleos que ela possuía pelo país.

Diante disso, uma série de levantes revolucionários organizados por membros do exército brasileiro ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Intentona Comunista

Ocorridos entre os anos de 1935 e 1936, tais levantes envolveram soldados, cabos e sargentos influenciados pela ideologia comunista e receberam o apoio do comunismo internacional, liderado por Josef Stalin, da União Soviética.

Em novembro de 1935, o movimento, que ficou conhecido como Intentona Comunista, foi desarticulado pelo governo Vargas que sufocou os levantes, prendeu e torturou os simpatizantes da ANL.

É importante salientar que a expressão “intentona”, possui uma conotação pejorativa, atribuída ao movimento pelos opositores dos comunistas, significando algo como “plano louco” ou “intento insensato”.

Mesmo sendo composto por pessoas de variadas posições ideológicas, todos os membros do movimento foram acusados de golpistas, subversivos, comunistas e inimigos do regime.

Entre os presos estavam Luís Carlos Prestes, que foi condenado a 30 anos de detenção, e a ativista alemã, Olga Benário, esposa de Luís Carlos Prestes, que, além de presa, foi deportada para a Alemanha.

Por ser judia, Olga foi encaminhada para um campo de concentração onde ficou até a sua morte.

Assim como Luís Carlos Prestes e Olga Benário, o escritor alagoano Graciliano Ramos também foi preso.

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