Os 20 maiores autores brasileiros de todos os tempos
A literatura brasileira abrange grandes nomes, entre eles Machado de Assis, Cecília Meireles, Jorge Amado, Carlos Drummond, Ariano Suassuna e Rubem Fonseca.
Como diria Djavan, um dia frio e um bom lugar para ler um livro é uma das coisas mais prazerosas no mundo.
Porém, uma boa leitura só é possível por existir um bom escritor. É ele quem delineia, por meio das palavras, as sensações e emoções que serão decodificadas pelo leitor.
No Brasil, muitos são os autores de clássicas obras. Alguns já partiram, mas deixaram um legado por aqui. Outros, ainda iniciantes, têm feito história e estado presente nas mãos e memórias de centenas de brasileiros.
Para relembrar alguns nomes importantes, listamos os 20 maiores autores brasileiros para você!
1 José de Alencar (1829 – 1877)
José de Alencar foi um advogado, dramaturgo, jornalista, político e romancista brasileiro. Um dos principais representantes da literatura indianista e da fase romântica.
É autor de contos, crônicas, peças de teatro, romances e até mesmo a sua própria autobiografia. Autor de inúmeras obras, se destacou com a publicação de O guarani (1857), além de Iracema (1865) e Senhora (1875).
Ademais, Machado de Assis o escolheu como patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras.
2 Machado de Assis (1839 – 1908)
Joaquim Maria Machado de Assis é consagrado como o maior escritor brasileiro de todos os tempos, assim como um dos mais importantes da língua portuguesa, tendo sido traduzido para vários idiomas e estudado por séculos.
Fundador da Academia Brasileira de Letras, autodidata, teve o seu primeiro poema publicado no auge dos 18 anos de idade. Bem na época, começou a atuar como jornalista, redigindo artigos políticos.
Muitos títulos marcam a sua fama, tais como os Contos Fluminenses (1870), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1892) e Dom Casmurro (1899).
3 Euclides da Cunha (1866 – 1909)
Euclides da Cunha foi um escritor, jornalista e professor brasileiro. A sua principal obra é Os Sertões (1902), cuja narrativa trata da guerra de Canudos. No dia 21 de setembro de 1983, foi eleito para ocupar a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.
4 Lima Barreto (1881-1922)
Lima Barreto é um exemplo de escritor que só foi reconhecido depois de morto, se consagrando como um dos maiores nomes no terreno da ficção.
Anarquista, crítico da imprensa e dos atos de corrupção, era muito discriminado racialmente no âmbito jornalístico e literário. Inclusive, foi uma das denúncias de suas obras, como em Recordações do Escrivão Isaías Caminha.
Tornou-se alcoólatra e foi internado duas vezes no Manicômio Nacional, em 1914 e 1919. Almejou adentrar a Academia de Letras por três vezes, porém não conseguiu o pleito.
Seus títulos fazem história até os dias atuais, tais como Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909) e Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911), publicado ainda em vida, e Clara dos Anjos (1948), obra póstuma.
5 Monteiro Lobato (1882 – 1948)
Monteiro Lobato foi um escritor e editor brasileiro. Pioneiro nos escritos infantis brasileiros e latino-americanos, metade de seu material era da literatura infantil. Também foi um dos primeiros editores nacionais, ao criar a Editora Monteiro Lobato e, depois, a Companhia Editora Nacional.
O Sítio do Pica-pau Amarelo (1939) é a sua obra de maior evidência, porém, redigiu contos e um romance, O Choque das Raças (1926).
6 Manuel Bandeira (1886 – 1968)
Manuel Bandeira foi crítico de arte, crítico literário, poeta e professor de literatura.
Autor da famosa Vou-me Embora pra Pasárgada, falava em seus textos do amor pela vida, a morte, a paixão, a solidão, o erotismo, a infância e o cotidiano. E na história da literatura brasileira representou a primeira fase do Modernismo.
Ademais, no ano de 1940, Manuel Bandeira foi eleito para compor a cadeira 24 da Academia Brasileira de Letras.
7 Graciliano Ramos (1892 – 1953)
O escritor Graciliano Ramos foi também prefeito, renunciando o cargo depois, diretor da Imprensa Oficial de Alagoas e, além disso, fundador de uma escola.
Visto como o melhor escritor de ficção do Modernismo, o autor ganhou destaque com o romance Vidas Secas (1938), cuja narrativa explora a vida de retirantes nordestinos em fuga da miséria e da morte.
O título lhe concedeu o Prêmio da Fundação William Faulkner, dos Estados Unidos.
Com mais de 20 obras publicadas, Caetés (1933) é o seu primeiro romance. As suas obras foram traduzidas para inúmeros países e três (Vidas Secas, São Bernardo e Memórias do Cárcere) adaptadas para o cinema.
Em síntese, os seus textos relatam os problemas sociais do nordeste brasileiro e fazem críticas as relações humanas.
8 Mário de Andrade (1893 – 1945)
Mário de Andrade foi escritor, estudioso da cultura e do folclore brasileiro, músico e professor de piano. Fora isso, consagrou-se como um importante nome na atuação da Semana de Arte Moderna, em 1922. Além da ampla atuação, se consagrou como o primeiro diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo.
Autor de inúmeras obras, transitando entre teoria, manifesto, poema e ficção, os seus títulos mais conhecidos foram Macunaíma (1928) e Pauliceia Desvairada (1922).
9 Cecília Meireles (1901 – 1964)
Cecília Meireles foi uma jornalista, pintora brasileira, poetisa e professora. Como professora, Cecília deu aulas na Universidade do Distrito Federal e até mesmo nos Estados Unidos, em 1940.
Ela é considerada a primeira mulher de grande notoriedade na literatura brasileira, mediante as mais de 50 obras publicadas. Também é por meio do trabalho dela, o livro Viagem (1938), que a primeira mulher conquistou um prêmio da Academia Brasileira de Letras.
Ainda jovem, aos 18 anos de idade, ela estreou na literatura com a obra Espectros (1919). No entanto, contribuiu com a literatura brasileira com seus poemas, romances, contos, crônicas, literatura infantil, folclore e textos jornalísticos.
10 Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987)
Na categoria poesia, Carlos Drummond de Andrade talvez seja o nome de maior relevância.
Farmacêutico de formação, aos 20 anos de idade começou a atuar na literatura, fundando uma revista modernista. Em meio a isso, enquanto trabalhava no Ministério da Educação, durante o governo de Getúlio Vargas (1934-1945), inspirava-se com os seus poemas.
O autor escreveu antologias, narrativas de ficção, crônicas, contos e poesias. A sua obra mais notória é A Rosa do Povo (1945), a qual acopla 55 poesias sobre a angústia vigente no cenário brasileiro e mundial.
Outros títulos de grande conhecimento são Brejo das Almas (1934), Sentimento do Mundo (1940), Rosa do Povo (1945), Claro Enigma (1951), Lição de Coisas (1962) e As Impurezas do Branco (1973).
11 Érico Veríssimo (1905 – 1975)
Érico Veríssimo, escritor da segunda fase modernista, é um dos maiores nomes da literatura brasileira no século XX. Inclusive, recebeu inúmeros prêmios na época, entre eles o Prêmio Machado de Assis (1954) e o Prêmio Jabuti (1965).
Ele é autor de inúmeras obras, entre elas autobiografias, biografia, contos, ensaios, literatura infanto-juvenil, novelas, romances e traduções.
O seu romance Olhai os Lírios do Campo (1938) obteve reverberação nacional e internacional. Entretanto, somente com O Tempo e o Vento, fragmentado em três volumes – O continente (1948), O retrato (1951) e O arquipélago (1961), que Érico Veríssimo alcançou reconhecimento inestimado.
12 Guimarães Rosa (1908 – 1967)
João Guimarães Rosa foi um escritor brasileiro pertencente ao 3° tempo do modernismo.
Médico, diplomata, um dos mais relevantes escritores da literatura brasileira era poliglota, sabendo falar mais de nove idiomas. Após anos seguindo a carreira diplomática, decidiu dedicar-se totalmente a escrita, se destacando desde a primeira obra.
Não por acaso, os textos não são fáceis de ler. Erudito e cativante, Guimarães Rosa ganhou relevância com o romance Grande Sertão: Veredas (1956), assim como com o livro de contos Sagarana (1946) e o clássico Primeiras Estórias (1962).
13 Jorge Amado (1912 – 2001)
Jornalista e escritor, o baiano Jorge Amado é, talvez, um dos escritores mais populares no mundo, tendo suas obras traduzidas para 49 idiomas.
Além disso, foi consagrado com múltiplos prêmios internacionais, os quais se destacam o Prêmio Camões (1994) e o Prêmio Jabuti, recebido duas vezes (1959 e 1995). Também foi eleito para compor a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, essa que já havia sido de posse de José de Alencar.
O autor é tido como o que mais obteve adaptação para a televisão brasileira e o cinema, exemplos disso são Capitães da Areia (1937), Tocaia Grande (1984), Tieta do Agreste (1977) e Gabriela, Cravo e Canela (1958).
O seu romance mais conhecido é Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966).
14 Vinicius de Moraes (1913 – 1980)
Vinicius de Moraes foi um compositor, diplomata brasileiro, dramaturgo, escritor e poeta. O seu grande alcance foi obtido na segunda fase do modernismo, mediante as poesias eróticas e de amor.
O poeta Marcus Vinícius de Moraes compôs versos representantes para a cultura brasileira, como é caso do hino Garota de Ipanema (1962), feito em conjunto com Tom Jobim. Contudo, há outras obras notórias, como Eu Sei que Vou Te Amar e Chega de Saudade, ambas também com Tom Jobim.
Ademais, o Soneto de Fidelidade, uma das mais importantes obras da literatura nacional, é de sua autoria, além da peça Orfeu da Conceição. Para além, é um dos precursores da Bossa Nova brasileira.
15 Clarice Lispector (1920 – 1977)
Clarice Lispector foi uma escritora e jornalista brasileira, vista como uma das mais importantes do século XX. Pertencente ao Terceiro Tempo Modernista, Clarice redigiu matérias para jornal e livros infantis, poemas e romances.
Com o primeiro romance, Perto do Coração Selvagem (1942), ela conquistou o Prêmio Graça Aranha (1944). Contudo, os mais famosos viriam depois: A Paixão Segundo G. H. (1964), Água Viva (1973), Um Sopro de Vida (1978).
Ademais, a novela A Hora da Estrela (1977) foi o último título publicado ainda viva.
16 João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999)
João Cabral de Melo Neto foi um diplomata e poeta brasileiro, visto como um dos mais notórios na geração de 1945. A ele foi atribuída a poesia com textura áspera, ao explorar novas maneiras de expressão.
Autor de muitas obras, foi Morte e Vida Severina (1955) que o consagrou. Além dela, tem como livros conhecidos Pedra do Sono (1942) e A Educação pela Pedra (1966), titulo que lhe concedeu o Prêmio Jabuti (1967) na categoria poesia.
Em 1968 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
17 Rubem Fonseca (1925)
Rubem Fonseca é um escritor e roteirista cinematográfico, porém antes seguiu a carreira policial.
Um importante nome da literatura contemporânea no Brasil, o escritor começou redigindo contos, organizados na obra Os Prisioneiros (1963).
O seu texto tem um estilo forte, abordando temas de violência e sexo. Entre as suas principais obras estão O Caso Morel (1973), Agosto (1990) e O Selvagem da Ópera (1994).
18 Ariano Suassuna (1927 – 2014)
Ariano Suassuna foi um advogado, dramaturgo, ensaísta, poeta, professor e romancista.
Além de ser consagrado como um dos nomes mais importantes na literatura brasileira, Ariano exerceu a carreira da docência e idealizou o Movimento Armorial, cujo intuito era consagrar as artes populares.
No ano de 1989, foi eleito para compor a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Quatro anos depois, em 1993, ocupou a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras e, em 2000, a cadeira 35 da Academia Paraibana de Letras.
O Auto da Compadecida (1955), sua principal obra, recebeu adaptações para a televisão e o cinema.
19 Rubem Alves (1933 – 2014)
Rubem Alves foi um educador, escritor, doutor pelos Estados Unidos, professor universitário e psicanalista. Na sua carreira, redigiu crônicas, livros infantis, livros de religião, de ciência, de educação, de teologia.
Como legado para sociedade brasileira e do mundo, deixou cerca de 146 obras escritas. Entre as principias estão Teologia do Cotidiano, Cenas da Vida, Lagartixas e Dinossauros e A Pipa e a Flor.
20 Luís Fernando Veríssimo (1936)
Luis Fernando Veríssimo, filho de Érico Veríssimo, é um dos mais importantes escritores contemporâneos brasileiros. Jornalista, músico, tradutor, roteirista e conhecido por suas crônicas e contos de humor.
Aproximadamente 60 títulos estão na lista de sua autoria, principalmente para o cotidiano, cujos quais lhe concedeu dois Prêmios Jabuti.
Entre as crônicas e contos estão Comédias da Vida Privada (1994), As Mentiras que os Homens Contam (2000) e Comédias para se Ler na Escola (2001).
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