O mito da caverna de Platão
Também conhecido como Alegoria da Caverna, o mito de Platão é um dos mais conhecidos e faz analogia ao mundo dos pré-conceitos e ao mundo do conhecimento.
O Mito da Caverna, também conhecido como Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo e matemático Platão.
Platão é considerado um dos mais notórios pensadores da história da humanidade. No Ocidente é, em conjunto com Aristóteles, talvez um dos mais influentes.
A história alegórica foi narrada na obra de Platão, A República, apresentando o diálogo entre Sócrates, personagem principal, e Glauco, o interlocutor.
A República
A República é uma obra complexa e política de Platão.
Composta por dez livros, nela, o filósofo discorre sobre a política ateniense da Grécia Antiga, mostrando a tese de Platão que associa o conhecimento ao poder político.
Segundo o filósofo, o modelo de política e Estado ideal é aquele em que o conhecimento da verdade profunda é propiciado apenas pelo raciocínio, o que garante ao governante uma gestão de qualidade.
Arquitetado em diferentes características da vida humana, tais como a estética, a arte e o conhecimento humano, Platão formula a sua teoria.
Na parte do conhecimento humano, dissertado no livro VII, é onde se encontra o Mito da Caverna.
O mito da caverna
De acordo com o Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, descrito por Platão, havia algumas pessoas aprisionadas em uma caverna desde a infância. Esses viviam com os braços, pernas e pescoços acorrentados, visualizando apenas as suas sombras, projetadas na parede ao fundo da caverna.
Atrás deles havia uma fogueira, na qual homens passavam perto transportando objetos e fazendo gestos. Esses refletiam em sombras (distorcidas) para os que estavam ali dentro e era o conhecimento que tinham.
Logo, um dos prisioneiros conseguiu ser liberto e saiu para o mundo exterior, sendo surpreendido com a nova realidade.
Contudo, a luz solar ofuscou a visão do ex-prisioneiro, fazendo-o querer retornar a caverna. Entretanto, ele se acostumou com as novidades e a infinidade fora do mundo em que habitava. Foi quando ele percebeu que as sombras que via era apenas uma cópia imperfeita da realidade que acreditava.
Desse modo, ele poderia fazer duas coisas: Voltar a caverna e libertar os demais colegas prisioneiros ou permanecer vivendo a sua liberdade.
A consequência da primeira opção poderia ser rotularem-o como louco e o atacarem, mas poderia ser uma atitude necessária, por ser o mais justo a se fazer.
Interpretações do mito da caverna
Existem muitas interpretações que podem ser retiradas da metáfora. Algumas perspectivas, inclusive, foram inspiração para a construção de obras de artes, livros e filmes.
Para Platão, a caverna representa o mundo em que todos os seres humanos vivem.
E no caso, as correntes seriam as crenças, culturas e informações obtidas no percurso da vida, fortalecedoras da ignorância que aprisiona as pessoas.
Presos aos pré-conceitos e sem querer ir ao encontro de um sentido racional, se poupando de pensar e refletir, as mulheres e os homens comuns permanecem como prisioneiros.
Assim sendo, as sombras na parede e os ecos na caverna, são as ideias preestabelecidas, as opiniões erradas e o julgamento do outro que o individuo julga ser verdadeiro.
Quando o ser consegue se libertar das correntes e viver o mundo exterior, aquele que vai além do juízo de valor, conquistando o conhecimento verdadeiro, ele sai da caverna.
Portanto, é quando enxerga a luz solar. Essa luz seria o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia.
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