Objeto indireto
O objeto indireto é o complemento verbal que inteira o sentido do verbo transitivo indireto, fixando-se a ele por meio de uma preposição.
O objeto indireto realiza este processo porque o verbo transitivo indireto não traz em si a ideia completa da ação.
Dessa forma, os verbos transitivos indiretos, para completar o seu sentido, necessitam do objeto indireto, que o completa por meio de preposição.
Observe o exemplo: Eu acredito em Deus.
“Eu” é o sujeito da oração.
“Acreditar” é verbo transitivo indireto, pois necessita de complemento que deve vir acompanhado de preposição: “em Deus” é o objeto indireto.
Quando a frase marca um verbo transitivo direto, não há necessidade de preposição e seu complemento verbal é um objeto direto.
Objeto direto e indireto
Há verbos que não trazem em si a ideia completa da ação e necessitam de complemento são denominados verbos transitivos.
Eles podem ser verbos transitivos diretos e/ou verbos transitivos indiretos.
Vimos que os verbos transitivos diretos ligam-se a seu complemento, objeto direto, de forma direta, sem preposição.
Exemplo:
- Derrubaram a velha casa. [“Derrubar” é verbo transitivo direto, portanto “a velha casa” é o objeto direto.]
Os verbos transitivos indiretos fixam-se a seu complemento de forma indireta porque se ligam ao objeto indireto por meio de preposição.
Exemplo:
- Acredito em justiça. [“acreditar” é verbo transitivo indireto, logo, “em justiça” é o objeto indireto.]
Portanto, a principal diferença entre ambos é que o objeto direto se liga ao verbo sem auxílio da preposição, e o objeto indireto necessita da preposição para ligar-se ao verbo.
Objeto indireto pleonástico
Pleonasmo é a repetição de um termo, ou reforço do seu significado. Essa figura sintática tem o objetivo de enfatizar o discurso do emissor.
Exemplo:
- Choramos um choro sentido, mas nos refizemos de algo.
A repetição de “choro” enfatiza a ideia de chorar.
Com relação ao objeto indireto, quando ele é repetido de modo a enfatizar, é denominado objeto indireto pleonástico.
Exemplos:
- Aos atletas, cansados e doloridos, davam-lhes ainda exercícios.
No destaque do pronome oblíquo “lhes” percebe-se que, indiretamente, a ideia de “aos atletas” está sendo marcada, repetida.
- A mim, ensinaram-me muito.
Quando se destaca o pronome oblíquo “me”, a ideia exposta em “a mim” também está sendo repetida, marcada.
Atenção!
Cuidado para não confundir objeto direto pleonástico com objeto indireto pleonástico. O objeto indireto necessita de preposição para completar o sentido do verbo transitivo.
O objeto direto, por sua vez, pode usar preposição para completar o sentido do verbo transitivo, mas isso é facultativo, não obrigatório.
Exemplos:
- Comi de sua comida. [“de sua comida” é o objeto direto preposicionado.]
- Respeitar a Jesus sobre todas as coisas. [“a Jesus” é o objeto direto preposicionado.]
Objeto indireto formado por pronome oblíquo
O pronome oblíquo átono lhe(s) é empregado como objeto indireto.
Exemplos:
- Deram-lhe sinal de alerta.
- Oferecemos-lhe uma viagem.
Objeto indireto x Complemento nominal
Cuidado para não confundir objeto indireto e complemento nominal, já que ambos são precedidos de preposição.
Lembre-se que o complemento nominal completa o sentido de um advérbio, adjetivo ou substantivo.
Exemplos:
- Ele tem obediência aos mais sérios.
- Tenho confiança em você.
“Obediência” e “confiança” são substantivos, logo, são seguidos de complemento nominal.
O objeto indireto, como vimos, completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Exemplos:
- Aspiramos a uma vaga naquele curso.
- Ele obedece aos mais sérios.
“Aspirar” e “obedecer” são verbos transitivos indiretos, logo, são seguidos de objeto indireto.
Leia mais:
- Termos constituintes da oração
- Transitividade verbal
- Figuras de linguagem – Resumo, Exemplos e Dicas
Os comentários estão fechados, mas trackbacks E pingbacks estão abertos.