Povos bárbaros

Os povos bárbaros eram as pessoas que não habitavam o Império Romano.

Os povos bárbaros eram todos aqueles que não eram romanos. O termo bárbaro se refere aos povos oriundos do Norte, Oeste e Centro do continente europeu.

Desse modo, os povos bárbaros eram os indivíduos que não habitavam o Império Romano e nem adotavam o latim como língua falada.

Cada povo possuía sua organização social e política próprias. Entre os grupos bárbaros, podemos destacar os:

  • Germanos: situavam-se na Europa Ocidental. Algumas das nações germânicas eram os visigodos, saxões, vândalos, ostrogodos, bretões, francos, entre outros.
  • Eslavos: habitavam a Europa Oriental e Ásia. Formados pelos tchecos, russos, sérvios, poloneses, entre outros.
  • Tártaro-mongóis: provenientes da Ásia, compreendiam os turcos, hunos, búlgaros, entre outros.

Origem

O conceito “bárbaro” foi adotado pelos romanos para se referir a todos aqueles que não viviam dentro das fronteiras do Império Romano, por isso, o termo não deriva de um grupo cultural específico.

Os povos que não partilhavam da mesma cultura, costumes e línguas romanas, eram entendidos como bárbaros. Além de serem vistos como guerreiros corajosos e destemidos.

Considerados seres primitivos, suas conquistas eram vistas como uma consequência dos esforços físicos e não pelo intelecto.

Atualmente, o temo bárbaro é adotado para se referir a qualquer pessoa que utilize a violência em suas ações, sem refletir sobre as consequências das mesmas.

Os povos bárbaros e o Império Romano

A queda do Império Romano acelerou-se a partir da invasão dos povos bárbaros.

Os germanos

Os germanos foram os povos mais relevantes para a formação da Europa feudal. Sua organização política era simples, sendo governada por uma assembleia de guerreiros, em tempos de paz.

Essa assembleia tinha suas funções restringidas à interpretação dos costumes. Além disso, ela era a responsável por decidir assuntos de paz e de guerra ou se o grupo deveria se fixar em outra região.

Já nos tempos de guerra, eles eram governados pela comitatus, uma instituição que reunia os principais guerreiros ao redor de um líder, uma figura que todos deviam obediência.

Os povos germanos viviam da pesca, caça e agricultura rudimentar. Não possuindo domínio de técnicas agrícolas, eram seminômades.

O uso da terra era coletivo e praticamente todo o trabalho era realizado por mulheres. Já os homens ficavam a cargo da caça e dos combates. Quando não estavam fazendo nenhuma das duas atividades, gastavam seu tempo dormindo e bebendo.

Como uma sociedade patriarcal, a monogamia era respeitada e o adultério punido. O direito se baseava nos costumes e a religião era politeísta, ou seja, adoravam vários deuses. Além disso, acreditavam nas forças da natureza.

Reinos bárbaros

Os principais reinos bárbaros que se formaram no continente europeu, foram:

Reino dos Visigodos

Era o reino mais vasto e antigo. Localizava-se entre o Mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico. Tal região permitia a hegemonia comercial entre a Europa continental e insular.

Reino dos Ostrogodos

Os ostrogodos habitavam na península itálica. Preocuparam-se em proteger o patrimônio artístico e cultural dos romanos, por isso, recuperaram diversos monumentos com o intuito de preservar a memória romana. Mantiveram a organização política, o senado, os funcionários públicos e os militares godos.

Reino dos Vândalos

Após percorrer a Europa, fixaram-se no Norte da África. A perseguição aos cristãos fez com que muitos indivíduos se mudassem para outros reinos, o que desencadeou na falta de trabalhadores e por consequência, a diminuição da produção.

Reino dos Suevos

Viviam da pesca e da agricultura e ocupavam a região Oeste da península ibérica. No fim do século VI, foram invadidos pelos visigodos que pegaram o território para si.

Reino dos Anglo-Saxões

Fundado em 571, quando os bretões foram vencidos pelos saxões em uma batalha. Assim, os anglo-saxões se consolidaram na região da Bretanha.

Reino dos Francos

Os francos dominaram o Norte da França por cerca de cinco séculos. Entre 481 e 511, ela foi governada por Clóvis, casado com uma princesa católica, Clotilde de Borgonha.

Influenciado por ela, Clóvis se converte ao cristianismo e obriga seus súditos a fazerem o mesmo. A conversão do rei uniu os francos e os romano-gauleses.

Com isso, a França se tornou o primeiro reino cristão depois da queda de Roma.

Saiba mais em: Império Carolíngio

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