Tratado de Utrecht (1713)

O Tratado de Utrecht foram dois tratados assinados em 1713 e 1715.

Tratado de Utrecht foi um conjunto de acordos que acabaram com a Guerra de Sucessão Espanhola e modificaram o mapa do continente europeu e americano.

O primeiro foi assinado em 1713 e estabelecia que a Grã-Bretanha reconhecia o francês Felipe de Anjou como rei da Espanha. Em contrapartida, os espanhóis cederam Menorca e Gibraltar aos britânicos.

O acordo também atingiu o continente americano, pois ele delimitava os limites que separavam a Guiana Francesa do Brasil. Além disso, demarcou as fronteiras do Amapá.

O segundo Tratado de Utrecht foi assinado em 1715 e estabeleceu que Portugal teria domínio sobre a Colônia do Sacramento.

Origem do Tratado de Utrecht

Em 1700 morreu o rei Carlos II, monarca espanhol que não deixou herdeiros. Em seu testamento, ele havia sinalizado que seu sucessor deveria ser o infante francês Felipe de Anjou, pois ele era neto de Luís XIV (rei francês) e de uma infanta espanhola.

Contudo, alguns países europeus acreditavam que Felipe de Anjou ocuparia, futuramente, o trono francês e espanhol.

Assim, esse reino teria um poder inimaginável, pois teria o controle dos territórios que a Espanha dominava tanto na Europa, quanto nas Américas.

Tanto o monarca inglês quanto o do Sacro Império Romano-Germânico demonstraram insatisfação frente ao futuro reino que seria uma potência.

Nesse sentido, o imperador do Sacro Império Romano-Germânico apoiava seu irmão Carlos, para a assumir a Coroa Espanhola.

No entanto, em 1711, o imperador do Sacro Império falece e seu irmão, Carlos, passa a assumir o Império.

A partir de então, a Grã-Bretanha e a França passam a negociar o trono espanhol. Assim, as discussões diplomáticas que tiveram seu início em 1712, desencadearam no Tratado de Utrecht, assinado pela Espanha, Inglaterra e França, em 1713.

Resoluções do Tratado de Utrecht

Felipe de Anjou teve que renunciar o trono francês para ser reconhecido como rei da Espanha pelos ingleses.

Assim, ele adotou o nome de Felipe V e manteve os domínios territoriais espanhóis no continente americano.

Como consequência, teve que abrir mãos das possessões europeias e transferir a ilha de Menorca e Gibraltar à Inglaterra.

Além disso, os britânicos ganharam o poder de praticar o tráfico negreiro por 30 anos.

Consequências do Tratado de Utrecht

Vejamos algumas das consequências do Tratado de Utrecht:

  • Alteração do mapa do continente americano e europeu;
  • A Espanha cedeu várias possessões europeias a outros países;
  • Algumas regiões do território europeu passaram a ser dominadas pela Áustria;
  • Outros tratados foram assinados em 1714: Rastatt, Barden e Amberes;
  • A França perde sua predominância, que só seria reconquistada por Napoleão Bonaparte;
  • A Grã-Bretanha conquistou sua supremacia pela exploração colonial, naval e comercial;
  • Somente em 1714 a Catalunha foi incorporada ao reino da Espanha;
  • A estabilidade proporcionada por esse Tratado durou quase um século, quando foi substituído pelos acordos firmados no Congresso de Viena, no início do século XIX.

Segundo Tratado de Utrecht

O segundo Tratado de Utrecht foi um acordo firmado pelo rei de Portugal, Dom João V e o rei da Espanha, Felipe V, no ano de 1715.

Portugal cedeu as cidades de Puebla de Sanabria e Albuquerque à Espanha que, por sua vez, devolveu a Colônia do Sacramento aos portugueses.

Consequências do Tratado de Utrecht para o Brasil

O Tratado de Utrecht determinou os limites do estado do Amapá e o reconheceu enquanto domínio da Coroa Portuguesa. Além disso, o documento delimitou as fronteiras que separavam o Brasil da Guiana Francesa.

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