Cândido Portinari
Cândido Portinari foi um artista plástico mundialmente reconhecido. Dentre suas principais obras, pode-se citar os painéis Guerra e Paz, na sede da ONU em Nova York. Saiba mais sobre o pintor.
Cândido Portinari foi um importante artista plástico do século XX. Sua história com a pintura se iniciou em 1910, quando auxiliou na decoração da Igreja Matriz de Brodósqui. O artista participou de diversas exposições e além disso, ganhou várias premiações.
Portinari passou a ser reconhecido mundialmente a partir de 1935, quando recebeu um prêmio em Nova York. Desde então, ganhou várias propostas de trabalho, como exemplo, os painéis Guerra e Paz na sede da ONU em Nova York.
O pintor faleceu aos 58 anos, em 1962, por conta de uma intoxicação gerada pelas tintas que usava. Suas obras de caráter social foram de grande importância para denunciar as indiferenças presentes no Brasil.
Biografia resumida de Cândido Portinari
Cândido Portinari nasceu em Brodósqui, São Paulo em 1903. O artista foi filho de italianos e era o segundo de doze irmãos. Apesar de só ter concluído o ensino primário, Portinari participou da elite brasileira na década de 1930.
Aos 15 anos, Cândido deixou São Paulo e foi para o Rio de Janeiro. No novo estado, realizou sua matrícula na Escola Nacional de Belas Artes. Seu talento fez com que rapidamente fosse reconhecido. Aos 20 anos, ele já era um dos nomes favoritos da crítica nacional.
Portinari passou uma temporada na Europa, onde conheceu diversos artistas, além de Maria Martinelli, com quem se casou e viveu por toda sua vida. Ao retornar para o Brasil, em 1931, suas obras passaram a conter mais cores e a partir de então, o volume e a tridimensionalidade foram deixados de lado.
O artista recebeu uma Menção Honrosa em 1935, na Exposição Internacional Carnegie Institute, nos Estados Unidos. Depois disso, três painéis foram produzidos pelo pintor para o pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York.
Cândido Portinari passou por diversas outras atividades internacionais que fizeram com que seu nome fosse consolidado mundialmente. Até que em 1946 ele criou a sua primeira exposição na Europa, que foi exposta na renomada Galerie Charpentier, em Paris.
Por motivos políticos, ele precisou se exilar no Uruguai, isso em 1948. Dois anos depois, em 1950, Portinari recebeu a medalha de ouro do Prêmio Internacional da Paz e em 1951, foi destaque na 1ª Bienal de São Paulo.
Na década de 50, o artista por problemas de saúde originados por uma intoxicação de chumbo, elemento presente nas tintas. No mesmo período, ele pintou os murais Guerra e Paz para a sede da ONU em Nova York.
Cândido Portinari faleceu alguns anos mais tarde, no dia 06 de fevereiro 1962, aos 58 anos. No ano, ele teria aceitado realizar uma encomenda para a prefeitura de Barcelona e o seu nível de intoxicação se tornol fatal.
Obras de Portinari
As obras de Portinari retratavam, principalmente, questões sociais. Suas pinturas eram reconhecidas por retratar temáticas como luta dos trabalhadores em cidades, favelas plantações.
Em sua obra Café, o pintor demonstrou através da tinta a óleo um grupo de pessoas que trabalhava arduamente em uma fazenda de café. Na pintura, é possível observar que os trabalhadores têm mãos e pés grandes, o que reforça o trabalho braçal.
Assim como na tela anterior, em Mestiço, Portinari retrata um trabalhador de uma lavoura de café. O homem da obra, forte e de braços cruzados, contém traços que retratam uma mistura entre a população negra, indígena e branca. Atualmente, o quadro faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Em O lavrador de café, é possível ver a imagem de um lavrador apoiado em uma imagem. O homem é retratado descalço, com as mangas da camisa arregaçadas e tem a expressão cansada e preocupada. Os pés fortes e grandes do personagem representam o vigor.
Pintura Expressionista
O Expressionismo foi um movimento artístico que predominou no início do século XX. Um de seus principais artistas foi Claude Monet. As obras do período não correspondiam totalmente à realidade, de forma que contava com a concepção de cada artista.
Portinari não se prendia a apenas uma técnica. Dessa forma, assim como suas pinturas tinham características expressionistas, ao desenhar com pinceladas exageradas e distorcidas, ele também tinha influência fovista, na exaltação das cores.
As pinturas expressionistas, assim como as do artista, costumam demonstrar uma visão trágica do ser humano, assim como deformação da realidade, tridimensionalidade, além da liberdade individual de cada pintor.
Arte expressionista
A arte expressionista não se limitava apenas às pinturas. Confira abaixo a arte expressionista em outros meios:
- Arquitetura: Busca dos artistas em inovar nos materiais de construção;
- Escultura: Foi comum a distorção das formas. Mas, nessa área, as modificações foram mais individuais entre os escultores;
- Literatura: Os escritores representavam a repressão moral, religiosa, entre outras;
- Música: Representação do que o escritor sentia, deixando de lado o que era ensinado em escolas de música;
- Cinema: Universo pessimista e exagerado.
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