Era Mauá – Economia e Industrialização

A Era Mauá foi um período da história do Brasil em que o país recebeu grandes investimentos do político e industrial brasileiro, Barão de Mauá.

A Era Mauá é a fase da história do Brasil em que o país recebeu expressivos investimentos, principalmente na área do industrial, do político e industrial brasileiro, Barão de Mauá.

O trabalho escravo aliado aos investimentos no campo, impediam que o país crescesse industrialmente e que o capitalismo se desenvolvesse.

Com isso, não havia a preocupação com o avanço comercial e industrial, já que a mão de obra escrava garantia intensos lucros às elites. No entanto, a escravidão dificultava que a economia nacional se desenvolvesse em outras áreas.

É nesse contexto que o Barão de Mauá se insere. Ele foi o responsável por realizar expressivos investimentos no país, tais como na construção de estradas de ferro e de estaleiros.

Por isso, os anos de 1850 – 1860 são conhecidos como Era Mauá.

Barão de Mauá

Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), também conhecido como Barão de Mauá, nasceu no Rio Grande do Sul. Na adolescência se mudou para o Rio de Janeiro, local em que começou a trabalhar com importação.

Ele foi a primeira pessoa conhecida entre a burguesia industrial do Brasil. Ficou bastante conhecido por realizar grandes investimentos em várias áreas, desde os meios de transporte até o ramo financeiro.

No início do século XIX, ele viaja à Inglaterra, onde teve contato com a sociedade industrial e urbana do país. Mauá retorna ao Brasil fascinado com o modo de vida dos ingleses.

Era Mauá

De volta da viagem à Inglaterra, Barão de Mauá contraiu um empréstimo para a compra de uma fundição em Niterói, Rio de Janeiro, e a transformou em um estaleiro naval, onde produziu cerca de 70 navios em apenas uma década.

Os investimentos na indústria nacional dessa época foram beneficiados pela Tarifa Alves Branco, que aumentou os impostos sobre as mercadorias importadas, visando estimular a produção interna. O início da industrialização no Brasil mostrou as potencialidades do país.

Barão de Mauá criou a Companhia de Rebocadores da Barra de Rio Grande, responsável por garantir o direito de tráfego no Rio Amazonas no período de 30 anos. Além disso, ele investiu nas empresas de bondes, no Rio de Janeiro.

Ele foi uma das pessoas que mais estimularam a implantação de ferrovias no país, cujo objetivo era transportar os produtos produzidos nas lavouras de modo mais rápido.

Mauá inaugurou a primeira ferrovia do Brasil, oficialmente conhecida como Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Também chamada de Estrada de Ferro de Mauá, ela foi inaugurada em abril de 1854. Seu trecho inicial ligava o Porto de Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro.

Junto com o governo de Dom Pedro II, Mauá construiu uma rede de telégrafos submarinos que ligava o Brasil ao continente europeu.

Além de investir na Companhia de Gás do Rio de Janeiro que focava na iluminação pública da cidade, ele criou bancos que possuíam uma atuação relevante no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Paraguai e Uruguai.

No entanto, o desejo de industrializar o país ia de encontro com a base da economia nacional do período, o trabalho escravo.

A escravidão impossibilitava que a industrialização do Brasil ocorresse plenamente. Sua postura contrária à escravidão não era aceita pelos grandes fazendeiros da época que chegavam a realizar sabotagens e atentados contra as construções encabeçadas por Mauá, elemento que colaborou para sua falência.

Além disso, a criação da Tarifa Silva Ferraz, que reduzia as taxas de importação sobre as máquinas e ferramentas, desestimulou os investimentos no Brasil.

Em 1878, o banco de Mauá entra em falência e ele termina sua vida exercendo a função de corretor de negócios do café.

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