Governo Nilo Peçanha (1909-1910)
Nilo Peçanha foi o sétimo presidente do Brasil, tendo ascendido ao poder após a morte do presidente Afonso Pena.
Nilo Peçanha foi o sétimo presidente do Brasil, tendo governado o país entre os anos de 1909 e 1910. Ele ascendeu ao posto presidencial após a morte do presidente Afonso Pena, que faleceu faltando pouco mais de um ano para terminar seu mandato.
O governo de Nilo Peçanha foi marcado por disputas políticas pela presidência da República e pela criação do ensino técnico e do Serviço de Proteção ao Índio.
Biografia de Nilo Peçanha
Nilo Procópio Peçanha nasceu no dia 2 de outubro de 1867, na cidade de Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro.
Originário de uma família humilde, cresceu em um grande seio familiar com seis irmãos. Até a idade escolar viveu em um sítio, depois, se mudaram para o centro da cidade em busca de mais qualidade de vida.
Estudou no Colégio Pedro II e graduou-se em Direito pela Faculdade do Recife. Anos mais tarde se casou com Ana de Castro, oriunda de uma família abastada.
Fontes históricas indicam que Nilo Peçanha era um homem de origem pobre e negro, por isso, o casamento com Ana não foi aceito pela família da moça, que teve que fugir de casa para se casar com Nilo.
Sua carreira política foi voltada para movimentos que reivindicavam o fim da escravidão e a implantação da república.
Durante o governo de Deodoro da Fonseca, Nilo Peçanha foi eleito para compor a Assembleia Constituinte de 1890 e, em seguida, foi eleito senador e presidente (governador) do Rio de Janeiro.
Em 1906, foi eleito vice-presidente do Brasil, e Afonso Pena, presidente. Antes de terminar seu governo, o então presidente foi acometido por uma forte pneumonia que o levou à morte.
Com isso, o vice-presidente teve que assumir o posto presidencial em junho de 1909, tornando-se o 7° presidente do Brasil.
Após ocupar a presidência por pouco mais de um ano, Nilo Peçanha passou por vários cargos públicos, tais como ministro das Relações Exteriores e senador.
Em 1921, candidatou-se à presidência, mas perdeu as eleições. Faleceu em 1924, aos 56 anos de idade.
Governo de Nilo Peçanha
O governo de Nilo Peçanha foi marcado por disputas políticas pela presidência da República. Seguindo os anseios das oligarquias sulistas e mineiras, Nilo apoiou como seu sucessor, Hermes da Fonseca.
No entanto, os paulistas preferiam Rui Barbosa para disputar o pleito eleitoral, em razão das tensões ocorridas durante a República da Espada. Tal divisão acirrou o campo político brasileiro.
Além de influenciar na sucessão presidencial, apoiando o candidato que venceria as eleições de 1910, Nilo Peçanha deu prosseguimento aos projetos desenvolvidos por Afonso Pena.
Manteve a criação das ferrovias no Sul, Sudeste e Nordeste e estendeu as obras de saneamento básico para regiões além da capital federal.
Adotou a energia elétrica no Rio de Janeiro, aumentou os sistemas de comunicação e reestruturou os correios.
No plano econômico, manteve os altos impostos nos produtos estrangeiros para expandir a economia interna e investiu em indústrias e em pesquisas científicas para o avanço da agricultura.
Além disso, o governo Nilo Peçanha foi o criador do Serviço de Proteção aos Índios e do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
Na educação, foi criada a Escola de Aprendizes Artífices, instituição voltada para o aperfeiçoamento técnico dos estudantes.
Fim do governo Nilo Peçanha
O fim do governo Nilo Peçanha ocorreu no dia 15 de novembro de 1910, data prevista para terminar o mandato. Seu governo durou um ano e cinco meses.
O sucessor de Nilo Peçanha foi Hermes da Fonseca.
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