A independência da Índia ocorreu no dia 15 de agosto de 1947, depois de um longo e árduo processo de lutas e resistências.
A Índia esteve entre os países que foram dominados pelos europeus, a partir do século XVI. Os britânicos exploraram, dominaram e subjugaram esses povos até a metade do século XX.
É importante destacar que eles deixaram o território dividido em duas nações, Índia e Paquistão.
Colonização da Índia
Tanto a fertilidade do solo quanto a disponibilidade de riquezas naturais fornecidas pelo território indiano foram fatores que atraíram, ao longo da história da Índia, muitos povos.
Esta era uma região que comportava pessoas de variadas etnias, religiões e idiomas. Além disso, existia o sistema de castas que hierarquizava a sociedade indiana.
A partir do século XVI, a história da Índia passa a mudar. A chegada do Império Mongol muçulmano e dos europeus, promoveram intensas transformações naquela sociedade.
No início do século XVII, funcionários da Companhia das Índias Orientais inglesa estabelecem contato com os indianos para fins comerciais.
Apenas um século depois, os britânicos já dominavam regiões dentro do território indiano, como Calcutá, Bombaim e Madras.
Os franceses também ansiavam explorar o país, no entanto, foram expulsos, em 1755, pelos britânicos. A partir de então, os ingleses passam a anexar províncias de Déli e Punjab, até se tornarem senhores da Índia.
É importante destacar que a colonização não ocorreu de modo pacífico. Os indianos resistiram o máximo que puderam ao domínio europeu, prova disso foi a Revolta dos Cipaios, em 1857.
Somente no final do século XIX, a rainha Vitória é proclamada imperatriz das Índias. Iniciou-se, portanto, a colonização completa do território indiano.
Universidades, telégrafos, colégios para meninas e meninos, clubes aristocráticos, serviço de correios e estradas de ferro foram instaladas na região.
Além disso, os britânicos levaram seu idioma para o país que reunia mais de 200 dialetos.
Houve a existência de duas Índias durante a dominação britânica, uma controlada pelos ingleses e outra composta por 565 principados dominados por famílias nobres.
Estes príncipes, marajás e rajás eram admiradores do poder inglês. Nesse sentido, não impediram seu domínio na região, contanto que eles não se envolvessem nos assuntos internos.
Processo de independência da Índia
A educação que formava a elite hindu acabou cumprindo uma função que não agradaria aos ingleses. Por meio dela, os indianos perceberam que estavam traindo seu povo ao servirem o dominador.
Em 1885, é criado o Congresso Nacional Indiano, envolvendo a participação dos universitários e dos liberais britânicos. Ambos os grupos passam a contestar o domínio inglês na região.
Neste momento, surgem lideranças como Mahatma Gandhi, um advogado que viaja o país difundindo a ideia de uma revolução contra os ingleses baseada em uma política de não violência.
Existiam grupos que defendiam a autodeterminação, mesmo que mínima, e desejavam integrar o Império Britânico.
Já outros afirmavam que o colonialismo deveria ter um fim para que a Índia se tornasse um país independente. Este pensamento era difundido pelo Partido Nacional do Congresso de Gandhi e Nehru.
Política de não violência
O fim da Primeira Guerra Mundial (1914–1918) deixou algumas questões em evidência, como a dominação colonial.
Sendo assim, Gandhi lidera três movimentos contra os britânicos. O primeiro, em 1919, com uma greve geral realizada por diversos setores.
O segundo movimento se concentrou em não votar nos ingleses, e o terceiro foi em 1930 e 1934, quando ocorreu a Marcha do Sal. Nela, os indianos recolheram e venderam o sal de uma salina. Tal prática foi considerada transgressora, pois os indianos não tinham a liberdade de comercializar o produto. Com isso, Gandhi foi preso.
Ele passa longos período preso junto a outros líderes políticos — um deles era Nehru, que posteriormente se tornou primeiro-ministro da Índia.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945), o governo britânico percebeu que a independência da Índia era um caminho sem volta. Por isso, propôs uma saída negociada.
Com isso, Lord Louis Mountbatten é nomeado vice-rei da Índia e passa a ter a responsabilidade de conduzir a independência do país.
A partir de então, duas correntes ficaram em evidência:
- Gandhi, que defendia uma Índia unitária.
- Muhammad Ali Jinnah, que propunha um Estado independente chamado de Paquistão.
Os principados independentes escolheriam o lado que pertenceriam. A segunda proposta vence, com o apoio dos britânicos.
O país vira um caos, pois os indianos muçulmanos se deslocam para o futuro país. Do mesmo modo, os hindus. Era comum os dois grupos se encontrarem seguindo caminhos opostos e este encontro resultar em provocações e brigas.
Assim, a independência da Índia foi proclamada na noite do dia 14 para o dia 15 de agosto.
Gandhi é morto em 1948 por um hindu radical que não concordava com sua postura de unir a Índia aos muçulmanos.
Nehru foi eleito primeiro-ministro em 1947, sendo o político indiano que ficou por mais tempo neste cargo, até 1964.
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