Verbo transitivo indireto
O verbo transitivo indireto liga-se indiretamente a seu complemento por meio de preposição.
Você sabe o que é transitividade verbal? Na língua portuguesa existe uma grande variedade de verbos. Alguns podem ser transitivos, outros intransitivos, existem os que podem ser tanto transitivos diretos quanto indiretos, depende do tipo de complemento, e há os bitransitivos, ou seja, transitivos direto e indireto, concomitantemente.
Está inseguro quanto a essas classificações? Continue a leitura, pois nesse artigo estudaremos o verbo transitivo indireto.
Verbo transitivo indireto – Exemplos
O verbo transitivo indireto liga-se ao seu complemento, o objeto indireto, através de uma preposição.
Vamos analisar alguns exemplos:
- A cantora não gostava de entrevistas.
“A cantora” é o sujeito, “gostar” é verbo transitivo indireto, pois precisa da preposição “de” para se ligar ao complemento “entrevista”. Não é gramaticalmente adequado dizer “A cantora não gostava entrevista”, podemos notar que falta algo.
Para descobrir se um verbo é transitivo indireto, nos questionamos: “gostar de quê?”, ou “gostar de quem?”. Se precisamos utilizar algum tipo de preposição para responder algo sobre o verbo, então ele é transitivo indireto.
- Ele não obedece às normas vigentes.
“Ele” é o sujeito, “obedecer” é verbo transitivo indireto. Questões: “obedecer a quem?” ou “obedecer a quê?”. O complemento que responde a esta pergunta é “normas vigentes”, devidamente respondida com a preposição inerente ao verbo.
- Eu não concordo com nenhuma das justificativas.
“Eu” é o sujeito, “concordar” é verbo transitivo indireto. Questões: “concordar com quem?” ou “concordar com o quê?”. Resposta e complemento indireto: “com nenhuma das justificativas”.
Em oposição ao verbo transitivo indireto, o verbo transitivo direto liga-se de forma direta a seu complemento, o objeto direto, pois não precisa de preposição.
Vamos analisar um exemplo:
- A criança dormiu um sono gostoso.
“A criança” é o sujeito, “dormir” é o verbo transitivo direto, pois o seu complemento “um sono gostoso” não é precedido por preposição. Portanto, “um sono gostoso” é o objeto direto.
Quando é fundamental que o verbo tenha dois complementos, ou seja, quando necessita tanto de um objeto indireto quanto de um objeto direto, ele é considerado um verbo bitransitivo.
Vamos analisar um exemplo:
- Demos a Marcela um lindo vestido.
“Dar” é verbo bitransitivo, pois, para completar o seu sentido, questionamos “dar o quê?” e encontramos o objeto direto, “um lindo vestido”.
Precisamos, ainda, responder a “dar a quem?” para encontrar o complemento indireto, “a Marcela”, para que o sentido da oração esteja completo, visto que, se deixarmos de responder a alguma dessas perguntas, corremos o risco de passar uma informação vaga ou incompleta.
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