A lenda do Corpo-Seco
A história contada para que crianças obedeçam seus pais foi levada à sério em diversos municípios que disputam o lar da criatura.
A lenda do “Corpo-Seco” é uma história folclórica brasileira nascida em meados do século XX, em Minas Gerais. Hoje é contada com diversas variações e pode ser considerada um conto preventivo para que crianças não desobedeçam seus pais.
A versão mais corrente narra como um homem chamado Zé Maximiano, residente da Serra da Mantiqueira, foi rejeitado por Deus, o Diabo e pela própria terra, condenado a vagar pelo ermo.
Zé Maximiano era conhecido na cidade de Monteiro Lobato por brigar e agredir seus pais até o dia em que morreu assassinado. Enterrado, foi rejeitado pela sepultura e passou a assombrar o local. O corpo do morto-vivo foi levado à força e abandonado em uma gruta.
Entretanto, não permaneceu lá por muito tempo e passou a peregrinar e assombrar aqueles que o encontram. Em especial, a assombração persegue crianças que desrespeitam os pais.
A lenda em no Brasil
Em São Paulo, conta-se uma variação em que o Corpo-Seco se aproxima de viajantes incautos e suga-lhes o sangue, transformando-os em corpos-secos também.
Em outra variação, ele é um ex-fazendeiro avarento que protege as árvores de seu antigo pomar.
Em mais uma variação, ele mata as árvores que toca, que ficam com um aspecto humano decrépito como o seu próprio.
A cidade de Ituiutaba reivindica para si o título de berço do Corpo-Seco. Ao sul do município há até mesmo a Serra do Corpo Seco, onde, segundo a lenda, ele teria sido isolado após sua rejeição pela terra.
O município de Taubaté, São Paulo, é outro que afirma ser o local onde a lenda se iniciou. Em 07 de agosto de 2005, o jornal Vale Paraibano publicou uma matéria sobre o morto-vivo que se esconderia há 40 anos em uma gruta em Pedra Branca.
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