Clonagem
Você sabe o que é clonagem? Continue lendo este artigo para entender tudo sobre esse processo!
A clonagem é um mecanismo de produção de indivíduos geneticamente iguais. A reprodução assexuada de algumas bactérias, insetos e plantas ocorre por clonagem.
No entanto, ela também é uma técnica utilizada na biotecnologia, mais especificamente na engenharia genética, que funciona como um tipo de reprodução artificial.
O processo de clonagem não usa gametas para dar origem aos novos indivíduos que são chamados de clones.
Ela produz indivíduos que são cópias genéticas, ou seja, possuem o mesmo material genético do indivíduo que doou a célula somática para a clonagem.
Tipos de clonagem
Existem vários tipos de clonagem, que podem ser classificadas como naturais ou artificiais. As técnicas utilizadas para cada uma delas podem variar de acordo com o objetivo do procedimento.
Clonagem natural
A clonagem natural ocorre em algumas plantas, insetos e bactérias como forma de reprodução assexuada.
Ela também pode acontecer nos humanos, na gravidez de gêmeos univitelinos, que são formados a partir de um único embrião que se divide ao meio.
Clonagem induzida
A clonagem induzida é a reprodução assexuada artificial manipulada em laboratório para produzir clones.
Clonagem reprodutiva
A clonagem reprodutiva tem como objetivo a produção de organismos idênticos ao progenitor deles.
Durante essa clonagem é realizada a transferência nuclear, ou seja, retira-se o núcleo de uma célula gamética e introduz-se o núcleo da que será clonada, podendo ser o de outra célula gamética ou de uma somática.
Geralmente, esse processo é feito em células gaméticas que, depois de terem o núcleo trocado, são introduzidas no útero/ovário do organismo para dar continuidade ao desenvolvimento do embrião.
Esse tipo de clonagem pode causar o envelhecimento precoce do clone e, consequentemente, causar a morte precoce dele.
Os clones também podem apresentar anomalias possivelmente causadas por falhas na reprogramação do genoma.
A técnica da clonagem reprodutiva é mais eficaz quando os núcleos transferidos também são de células embrionárias e não de células adultas.
Clonagem terapêutica
A clonagem terapêutica ocorre de forma semelhante à clonagem reprodutiva, entretanto, a célula clonada não é introduzida no útero para se desenvolver.
As células clonadas se desenvolvem e formam células-tronco com capacidade para se dividir e diferenciar em outros tipos celulares.
Essas células-tronco são direcionadas para formar tecidos específicos geneticamente iguais aos do doador.
A clonagem terapêutica é uma técnica que poderia ser utilizada para tratamento de doenças, substituição de órgãos e tecidos que estejam com alguma deficiência.
Usando esse tipo de técnica para a realização de transplantes, por exemplo, os riscos de rejeição seriam completamente reduzidos, pois o material transplantado teria o mesmo material genético do receptor.
No entanto, se o paciente que for receber o transplante tiver algum tipo de doença genética, ele não pode ser seu próprio doador, pois a mutação que causa a doença estaria presente em todas as células, inclusive no novo órgão ou tecido produzido por clonagem terapêutica.
Clonagem da ovelha Dolly
A clonagem da ovelha Dolly foi anunciada em fevereiro de 1997 por um grupo de cientistas escoceses, cujo líder era o inglês Ian Wilmut.
Antes dela, os cientistas já tinham tentando clonar ovelhas a partir de células embrionárias, sem muito sucesso.
A ovelha Dolly foi o primeiro clone de um mamífero feito a partir de uma célula somática que foi retirada da glândula mamária de uma ovelha adulta, de seis anos, da raça Finn Dorset.
A técnica utilizada foi a clonagem reprodutiva, o núcleo da célula mamária da ovelha de seis anos foi retirado e transferido para um óvulo anucleado.
O embrião foi implantado no útero de uma outra ovelha, onde a Dolly foi gerada. A ovelha Dolly nasceu saudável e se reproduziu duas vezes, provando que um animal clonado não é estéril.
Um dos temores dos cientistas era que a Dolly fosse uma ovelha prematuramente envelhecida devido à idade do material genético utilizado para fazer o clone.
Em 1999, os cientistas começaram a perceber sinais de envelhecimento precoce nas células dela.
Em 2002, os cientistas anunciaram que a Dolly apresentava artrite no quadril e nos joelhos esquerdos e, essa é uma doença comum em ovelhas com idade avançada.
Em geral, as ovelhas vivem até os 12 anos, mas a Dolly morreu com pouco mais de 6 anos. O corpo dela está empalhado no Museu Rel (Royal Museum) em Edimburgo, na Escócia.
Clonagem humana
O sucesso da clonagem do primeiro mamífero, a ovelha Dolly, reabriu as expectativas dos cientistas para a clonagem humana.
A sociedade cientifica discute benefícios e prejuízos do processo de clonagem de humanos.
A clonagem terapêutica poderia trazer muitos benefícios para casos de rejuvenescimento, reverter ataques cardíacos, infertilidade, cirurgias plásticas reconstrutivas, transplantes de órgãos e tecidos, fibrose cística, tratamentos para ferimentos da coluna vertebral, etc.
No entanto, não se sabe qual o comportamento de células clonadas no organismo humano a longo prazo. Além disso, a clonagem de humanos levanta questões éticas e religiosas que indicam ferir a individualidade e gerar preconceito social.
Além disso, a clonagem poderia beneficiar apenas uma pequena parcela da população por ser um procedimento de alto custo. Esse fator poderia gerar um comércio de órgãos e tecidos.
Apesar da clonagem humana ser crime na maior parte do mundo, depois da ovelha Dolly vêm sendo anunciados nascimentos de bebês clonados ao longo dos anos.
Em 2002, a empresa Clonaid anunciou o nascimento de uma menina saudável chamada Eve, clonada de células epiteliais da mãe de 31 anos.
Na mesma época, pesquisadores franceses disseram ter pelo menos mais 4 mulheres grávidas de bebês clonados.
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