Intolerância religiosa

Intolerância religiosa é uma forma de violência física ou simbólica praticada contra determinada religião ou crença.

Intolerância religiosa é o termo usado para se referir aos atos de discriminação, ofensa e rechaça às religiões, liturgias e cultos de determinadas religiões e crenças.

Ela é caracterizada pela incapacidade de respeitar e aceitar a doutrina seguida por determinados indivíduos. Ao ser configurada por práticas de violência física e simbólica, a intolerância religiosa fere a liberdade de culto do outro.

Por estar associada diretamente ao preconceito, ela tem como objetivo negar a existência de religiões específicas.

No passado, era comum a união entre a religião e o Estado, pois, assim, tais doutrinas eram meios eficazes de controle da população e de estabelecimento do poder político. 

Podemos citar o cristianismo enquanto uma crença que muito dialogou com os governos durante grande parte da história da humanidade.

Atualmente, os Estados democráticos impedem que exista um vínculo direto entre o governo e a religião, formando o Estado laico.

No entanto, a intolerância religiosa é uma realidade que atinge o mundo todo. Mesmo com a implementação de políticas públicas que visam assegurar a liberdade ao culto, o Brasil e outros países seguem vivenciando casos de discriminação.

Intolerância religiosa no Brasil

A intolerância religiosa no Brasil está diretamente associado ao racismo, pois ela é praticada, na maioria dos casos, contra os seguidores das religiões de matriz africana.

Nesse sentido, a intolerância religiosa iniciou-se no país junto a colonização. Portugal, por ser um país católico, não admitia nenhuma outra religião em seus domínios. Por isso, as crenças dos povos originários foram consideradas maléfica, portanto, desprezadas.

Com a escravização dos africanos, a mesma prática se manteve. Os cultos aos orixás foram terminantemente proibidos e associados a rituais negativos.

Visando escapar das perseguições, os africanos escravizados passaram a adotar as imagens dos santos católicos em seus cultos, mas, na realidade, elas estavam cultuando seus orixás.

Essa foi a única maneira encontrada por essas pessoas de resistirem à dominação. Foi a partir desse ato de resistência da população escravizada que surgiu o sincretismo religioso.

Durante o Brasil Império, o catolicismo foi declarado como a religião oficial pela Constituição de 1824. Isso significava que nenhuma outra religião estava autorizada a realizar cultos públicos.

A implementação da república possibilitou importantes mudanças nesse assunto, a partir da separação entre o Estado e a Igreja, e o estabelecimento do Estado laico.

No entanto, essa ação não significou o abandono do preconceito. As religiões de matriz africana seguem sendo as mais impactadas pela intolerância religiosa.

Terreiros continuam sendo alvos de ataques, tendo seus bens e suas estruturas devastadas pelo vandalismo.

Assim, elas acabam se tornando o principal alvo da intolerância religiosa no Brasil, seguida pelas religiões evangélicas e espíritas.

Intolerância religiosa no mundo

A intolerância religiosa no mundo se evidencia contra os judeus, povos monoteístas que viviam entre tribos pagãs. Podemos citar o Holocausto, um violento episódio que marcou a morte de cerca de 6 milhões de judeus.

Do mesmo modo, o Império Romano foi intolerante frente ao crescimento do cristianismo em suas fronteiras, perseguindo e matando cristãos.

Após adotada enquanto a religião oficial do Império, foi a vez dos cristãos perseguirem povos de outras crenças, como os judeus, muçulmanos e os pagãos.

Atualmente, a intolerância religiosa no mundo se manifesta, em sua maioria, em países que têm o islamismo como a religião oficial.

Nesses locais é comum os cristãos não terem permissão de praticarem sua fé, chegando a ser condenados por isso.

Vale ressaltar o conflito entre os sunitas e os xiitas, os principais grupos dentro do islamismo que se enfrentam por questões políticas e espirituais.

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