Objeto direto e indireto
O objeto direto e indireto é o termo que completa o sentido de verbos transitivos diretos e indiretos.
O objeto direto e indireto são os termos que completam o sentido de verbos transitivos diretos e indiretos, isto é, preenchem o sentido de verbos que não trazem em si a ideia completa da ação. Eles são considerados complementos verbais.
Devemos ter em mente que objeto direto é o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, fixando-se a ele sem a ajuda de uma preposição.
Já o objeto indireto é o elemento que completa o sentido do verbo transitivo indireto, ligando-se a ele através de preposição.
Considerando estes aspectos, destacamos abaixo mais informes a respeito desses termos integrantes da oração.
Exemplos de objeto direto e indireto
Confira abaixo exemplos de objeto direto e indireto:
- As crianças receberam elogios de seus pais.
“As crianças” é o sujeito. “Receber” é considerado verbo transitivo direto e indireto por apresentar dois complementos: “elogios” (objeto direto) e “de seus pais” (objeto indireto).
“Elogios” é um objeto direto por completar o sentido do verbo sem precisar do auxílio de um preposição. Já em “de seus pais”, temos um objeto indireto porque ele completa o sentido do verbo com uma preposição.
- Demos a Marcos um lindo carro.
“Dar” é verbo transitivo direto e indireto por apresentar dois complementos: “a Marcos” (objeto indireto) e “um lindo carro” (objeto direto).
Em “a Marcos” pode-se observar um objeto indireto que completa o sentido do verbo com auxílio da preposição “a”. Em “um lindo carro”, objeto direto, sem ajuda de preposição.
Portanto, ao ler as frases acima, constatamos que o objeto direto não é assistido necessariamente por preposição (“elogios” e “um lindo carro”).
Em contrapartida, no objeto indireto o emprego da preposição é obrigatório (“de seus pais” e “a Marcos”).
Há orações em que apenas o objeto direto é destacado, outras somente o objeto indireto. Entretanto, existem ainda orações em que ambos estão expostos.
Exemplos:
- Eu escrevi uma carta.
Nesse caso, “escrever” é verbo transitivo direto por apresentar um complemento, objeto direto, sem auxílio de preposição. “Uma carta” é o objeto direto por completar o sentido do verbo escrever sem auxílio de preposição. Portanto, nessa oração há apenas um complemento verbal: “uma carta” (objeto direto).
- Eu escrevi a uma amiga.
Já nesse caso, “escrever” é o verbo transitivo indireto por apresentar um complemento, objeto indireto, acompanhado de preposição. “A uma amiga” é o objeto indireto por completar o sentido do verbo com o auxílio de uma preposição.
- Eu escrevi uma carta a uma amiga.
Nesse outro caso, “escrever” é o verbo transitivo direto e indireto por apresentar dois complementos: “uma carta” (objeto direto) e “a uma amiga” (objeto indireto).
Vamos refletir sobre as frases acima?
- “Eu escrevi” – Para que uma oração com verbo transitivo tenha sentido, é imprescindível complementá-la. Então, perguntamos: O que eu escrevi?
- “Eu escrevi uma carta” – “Uma carta” é o objeto direto porque esse complemento verbal não possui preposição. Mas a frase continua e responde a outra questão: A quem eu escrevi uma carta?
- “Eu escrevi a uma amiga” – O verbo neste exemplo é completado com “a uma amiga”, que registra a informação sobre o direcionamento da carta. Como “a” é preposição, “a uma amiga” é o objeto indireto.
- “Eu escrevi uma carta a uma amiga” – Esta oração é completada por dois complementos verbais, “uma carta” é o objeto direto, “a uma amiga” é o objeto indireto.
Objeto direto preposicionado
Estudamos até aqui que o objeto direto não precisa da presença obrigatória da preposição.
Há casos, porém, em que o objeto direto aparece precedido de preposição. Nesse caso, ele é chamado de objeto direto preposicionado.
O objeto direto preposicionado ocorre principalmente pelas seguintes questões estilísticas:
- Quando é constituído de um pronome pessoal oblíquo tônico;
- Quando é formado de nomes que se referem a pessoas;
- Quando é constituído de pronome indefinido;
- Quando é formado pelo pronome “quem” (indefinido e relativo);
- Quando se almeja frisar ideia de porção, parte;
- Quando se quer evitar ambiguidade.
Observe os exemplos abaixo:
- Traiu ao pai o filho mais novo.
- Enganou ao povo aquele governante.
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