Verbos transitivos
Os verbos transitivos são aqueles que não trazem em si a ideia completa da ação, assim, eles precisam de outros elementos para completar seu sentido.
Vamos estudar sobre a transitividade verbal? Os diversos verbos da língua portuguesa podem ser classificados, de acordo com a gramática normativa, como verbos transitivos e intransitivos.
Os verbos intransitivos não precisam de qualquer complemento, eles já carregam o sentido da ação e da oração em si. É um tipo de verbo que pode aparecer sozinho em uma frase.
Por exemplo, você pode muito bem enviar uma mensagem para alguém que está a sua espera dizendo apenas “Cheguei”, ela vai entender. Ou, caso esteja acalentando um bebê, você pode sussurrar apenas “Dormiu”, para que outra pessoa entenda do que se trata, pois a informação está completa, você se fez entender.
Outros exemplos:
- O sol despontou.
- As flores caem.
- Os amigos choram.
- As baratas morrem.
Já os verbos transitivos são aqueles que não trazem em si a ideia completa da ação, assim, eles precisam de outros elementos para completar sua significação. Esses elementos são adequadamente chamados de complemento do objeto direto (COD) e complemento do objeto indireto (COI).
O objeto direto liga-se aos verbos transitivos sem preposição, e o objeto indireto, ao contrário, fixa-se aos verbos transitivos por meio de uma preposição.
Por exemplo, os verbos “dizer” e “recitar” necessitam de complementos que expliquem “dizer o quê?”, “dizer a quem?” ou “recitar o quê?” e “recitar a quem?”.
Considerando estes aspectos, os verbos transitivos são classificados em:
- Verbo transitivo direto
- Verbo transitivo indireto
- Verbo transitivo direto e indireto
Continue lendo para saber mais sobre o assunto e ver exemplos de verbos transitivos.
Verbo transitivo direto
Os verbos transitivos diretos são verbos que precisam de complemento e ligam-se a eles sem precisar de preposição. Seus complementos são os objetos diretos.
Vamos analisar o exemplo abaixo:
- Os banqueiros tiveram lucro.
“Ter” é verbo transitivo direto. Podemos questionar “ter o quê?” para encontrar um complemento e dar sentido a oração. Quando esse complemento, no caso, “lucro”, não vem acompanhado de preposição, o verbo é denominado como transitivo direto.
Outros exemplos:
Meu cachorro comeu o sanduíche.
Nós ouvimos músicas alegres.
Natália comprou um belo carro.
Verbo transitivo indireto
Os verbos transitivos indiretos não se ligam diretamente ao complemento, pois exigem preposição.
Vamos analisar o exemplo abaixo:
- Maria acredita em Jesus.
Questionamento: “Maria acredita em quê?”, pois sabemos que quem acredita, acredita em algo, no caso, “em Jesus”.
Como em todo verbo transitivo, é imprescindível completar a oração para que ela faça sentido. “Em Jesus” completa a informação que está ausente com auxílio da preposição “em”, ou seja, é um complemento de objeto indireto.
Outros exemplos:
- Nós precisamos de dinheiro.
- Você deve obedecer a sua mãe.
- Cientistas duvidam do tema.
Verbo transitivo direto e indireto
Os verbos transitivos diretos e indiretos apresentam dois complementos: objeto direto e objeto indireto.
Como vimos, o objeto direto não é precedido de preposição, já o objeto indireto, sim.
Vamos analisar o exemplo:
- Os jovens receberam elogios de seus tutores.
Nessa frase, temos dois complementos. “Elogios” é complemento direto e responde a questão “receber o quê?”. Já “de seus tutores” é complemento indireto e responde a “receber de quem?”. Logo, “receber” é um verbo que pode trazer dois complementos, visto que temos duas indagações.
Outros exemplos:
- Maria emprestou seu livro a João.
- O programa de TV informou os telespectadores do perigo de enchentes.
- Minha amiga ensina inglês aos estudantes.
Leia mais:
- Concordância verbal e nominal
- Verbos de ligação
- Orações coordenadas
- Orações subordinadas
- Orações subordinadas substantivas
- Orações subordinadas adverbiais
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