O xintoísmo é uma religião japonesa que tem como principal objetivo criar um elo de harmonia entre a natureza e o ser humano.
Para os japoneses, ele é considerado um modo de vida, pois não possui um livro sagrado e nem um fundador.
Com isso, o xintoísmo se baseia em textos antigos, conhecidos pelo nome de Shinten, que se dividem em três escritos:
- Kojiki: o texto mais antigo do Japão; reúne uma trilogia que narra as histórias da mitologia japonesa;
- Nihonshoki ou Nihongi: crônicas japonesas;
- Kogo-shui: narra a história da família dos Imbe.
Estima-se que 120 milhões de japoneses sigam o xintoísmo, considerando que esse número pode ser mais elevado se contarmos com os vários santuários espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil.
O símbolo do xintoísmo é o Torii, que significa o respeito e a harmonia com a natureza.
É importante salientar que esta é a única religião genuinamente japonesa. Acredita-se que ela predomine no Japão há cerca de dois milênios.
De origem japonesa, o significado de xintoísmo é “caminho dos deuses”.
Resumo – Xintoísmo
O xintoísmo é uma prática religiosa genuinamente japonesa que predomina principalmente no Japão. Esta religião não impõe que seus seguidores a sigam com exclusividade, pois ela convive pacificamente com outras religiões.
Diversos pesquisadores não consideram o xintoísmo enquanto uma religião pelo fato de ele não ser baseado em códigos, leis, profetas ou por um livro sagrado.
No entanto, a forma como ele se manifesta e influencia a vida dos seus praticantes é percebida tanto em rituais como em outros momentos da vida, o que o faz ocupar a posição de uma das grandes religiões do mundo.
De origem panteísta, para o xintoísmo, as divindades se misturam com todos os elementos da natureza e tudo o que envolve o universo é divino interdependente e interligado.
Nesse sentido, tanto os seres vivos quanto os elementos da natureza (visíveis e invisíveis) se originaram da mesma fonte.
Para o xintoísmo tudo é regido pelas forças de pureza (hare), impureza (ke) e a mistura dos dois (kegare), compondo uma das características mais relevantes de seus rituais: a purificação do corpo e da alma.
O seguidor desta crença religiosa se integra à natureza, criando um laço de harmonia e entendimento que ela é a responsável pelo seu sustento, por isso, ele deve retribuir.
Ao contrário da visão que predomina no homem ocidental de que ele deve dominá-la, o xintoísmo compreende que o ser humano deve viver em plena harmonia com a natureza.
Muitos aspectos presentes na cultura japonesa podem ser explicados pelo xintoísmo: capacidade de adaptação, recepção a novas culturas, valorização da saúde e da higiene.
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