Hera, Deusa do casamento e nascimento

Também conhecida como rainha do paraíso, a deusa é esposa de Zeus, e por isso, recebeu o título de rainha do Olimpo.

Hera, na mitologia grega, simboliza a monogamia e a fidelidade, justamente por ser a deusa do casamento. Também está ligada à fertilidade, motivo pelo qual recebe o título de deusa do nascimento. Inúmeros templos foram erguidos em sua homenagem.

É casada com seu irmão Zeus, conhecido pelas várias amantes e filhos gerados em relacionamentos extraconjugais. Por não poder descontar o ódio no marido, que é o deus supremo da mitologia grega, são recorrentes as histórias em que ela se volta contra as amantes e filhos do rei do Olimpo.

História de Hera

A deusa Hera é filha de Cronos e Réia, portanto, irmã de Zeus, que também é seu esposo. Juntos eles tiveram cinco filhos: Ares, Éris, Ilitia, Hebe e Hefesto. As principais características de sua personalidade são o orgulho, obstinação, ciúme, o temperamento vingativo, a raiva e a inveja.

Escultura de Hera
Escultura de Hera – Deusa da mitologia Grega

Em relação a Hefesto há uma história muito curiosa. Ao nascer, o deus, além de deficiente era considerado muito feio pelos pais, o que fez com que ele fosse rejeitado. Logo foi arremessado do monte Olimpo. Durante o tempo que permaneceu fora, ele aprendeu a forjar e a lidar com os metais.

Quando adulto, ofereceu um trono mágico a sua mãe, mas, para o azar dela, ao sentar-se ficou grudada ao assento durante muitos dias. Ele só colocou um fim no encantamento depois de ser embriagado por Dionísio e ao ganhar a mão da deusa Afrodite em casamento.

Hera é representada como uma mulher jovem, bela e de físico perfeito, apesar disso, é considerada pouco atraente em função de seu temperamento. Em uma das mãos ela sempre carrega uma romã, que é um símbolo de fertilidade. Na outra mão leva uma cápsula de ópio.

Seu animal sagrado é o pavão, assim, em algumas representações ela aparece cercada pelas penas do animal. Na mitologia romana sua correspondente é Juno.

Ainda que extremamente bonita, são muito comuns as histórias em que sua fúria se volta às amantes e filhos de seu marido. Por conta das humilhações sofridas em seu casamento, ela condena todos os tipos de relações extraconjugais.

Um desses episódios notórios relatados na mitologia, são as perseguições a Hércules, que é o mais conhecido filho bastardo de Zeus. As tentativas de acabar com ele foram inúmeras e todas fracassadas. Ela só conseguiu perdoar o semideus depois de sua morte.

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Outro exemplo é o de Dionísio, que foi despedaçado ainda no ventre de sua mãe, Sêmele, o que mostra que nem mesmo os bebês escaparam de sua ira. Para fazer com que o filho sobrevivesse, Zeus costurou o coração do filho em sua coxa até o nascimento.

Hera e o mito das constelações Ursa Maior e Ursa Menor

Essa é uma das histórias mais lembradas quando o assunto é o ciúme de Hera para com Zeus. A deusa Calisto era conhecida pela sua beleza deslumbrante e justamente em função disso o deus dos deuses se encantou por ela. A atração logo se transformou em um relacionamento extraconjugal.

Ao descobrir a traição do marido, Hera transformou a amante em uma ursa. Triste e com muito medo, Calisto se isolou de tudo e de todos. Entretanto, um dia, ao reconhecer seu filho, Arcas, ela correu para abraçá-lo.

Sem reconhecer a própria mãe, ele logo empunhou uma lança para atacá-la. Como forma de evitar a tragédia, Hera usou um feitiço para transformar os dois em constelações, Ursa Maior e Ursa Menor.

Enviá-los ao céu ainda não foi suficiente para a rainha do Olimpo. Ela pediu às divindades do mar, Tétis e Oceano, para que nunca deixasse as duas constelações repousarem, ficando condenadas a permanecer em círculos, sem nunca descer para as águas como as demais estrelas.

Hera e o mito de Io

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Estando com outra de suas amantes, Io, Zeus a transformou em um vaca ao perceber que Hera estava se aproximando de onde eles estavam. Desconfiada do que a vaca representava naquela situação, a rainha do paraíso pediu o animal de presente ao marido.

Sem ter outra alternativa, ele realizou a vontade da esposa. Não bastasse ganhar a vaca, Hera a colocou sob vigilância de Argos, que era um monstro dotado de muitos olhos e que sempre dormia com alguns deles aberto, de forma que o animal era constantemente vigiado.

Vendo o sofrimento de Io, Zeus pediu ao seu filho Hermes que matasse o monstro, o que foi prontamente atendido. Para executar o desejo do pai, ele tocou uma melodia que fez com que Argos entrasse em um sono profundo e fechasse todos os olhos, quando aproveitou o momento para arrancar-lhe a cabeça.

Triste com a atitude de Zeus, Hera pegou os olhos do monstro e os colocou na cauda de seu pavão. Não obstante, a rainha do Olimpo continuou a perseguir Io. Sua forma humana só foi restaurada mediante a uma promessa feita Zeus, de que jamais voltaria a trair a esposa.

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