O açúcar é um ingrediente que passou a integrar as receitas do mundo a partir do século XVII, quando o produto começou a ser de fato comercializado por um preço mais acessível.
Antes, o mel e o sumo da cana-de-açúcar eram os produtos utilizados para adoçar os pratos. Com isso, praticamente durante toda a história da humanidade, os seres humanos viveram sem o açúcar.
A produção em larga escala da mercadoria ocorreu a partir da colonização do Brasil pelos portugueses.
Resumo – História do açúcar
De acordo com as narrativas mais antigas, o açúcar foi relatado pela primeira vez quando o general Niarchos, do Império Macedônico, foi o escolhido para conquistar a Índia Oriental, por volta do século IV a.C.
Chegando lá, ele percebeu que os indianos consumiam um suco de cana adocicado a partir da sua fermentação. Parecia um tipo de mel que, no entanto, não exigia o uso de abelhas.
Com isso, os ocidentais divulgaram a descoberta do que foi denominado “sal indiano”. Inicialmente, o açúcar era comercializado em pequenas quantidades, tendo um alto valor nos mercados de Roma e Grécia.
Foi somente no século VII que esse produto assumiu as características mais parecidas com as que conhecemos hoje.
Por volta de 650 d.C., os árabes dominaram a Pérsia, região que desenvolvia o estudo de técnicas que visavam refinar o açúcar com o objetivo de facilitar seu transporte.
Após conquistarem esse território, os árabes resolveram plantar mudas de cana em outros locais que tinham o clima e o solo semelhantes aos da Índia Oriental.
Durante a Baixa Idade Média ocorreu um movimento militar de inspiração cristã, chamado de Cruzadas, que possibilitou que os cristãos tivessem contato com o açúcar que já era consumido pelos árabes muçulmanos.
Além disso, a presença dos árabes na Península Ibérica, no século XII, permitiu que os espanhóis conhecessem o produto.
Ao ser usado pelos ocidentais, o açúcar raramente era empregado como tempero. Seu maior uso era na fabricação de medicamentos que combatessem a Peste Negra e para a conservação de frutas.
O escasso uso do produto se devia em razão do alto valor que o açúcar tinha no mercado europeu da época.
No início da Idade Moderna, alguns eventos políticos e religiosos ocorriam em palácios enfeitados por esculturas moldadas em açúcar. Esse tipo de decoração indicava o poderio econômico dos anfitriões.
A colonização do continente americano e as plantações da cana-de-açúcar desenvolvidas no nordeste do Brasil, permitiram que o valor do produto diminuísse expressivamente, atingindo todas as classes sociais da Europa.
A partir de então, o açúcar passou a ocupar um espaço de notoriedade no continente europeu, sendo usado em grande escala na culinária internacional.
Além disso, na segunda metade do século XVII, foi descoberta uma nova característica da cana: sua grande quantidade energética, responsável pela produção de álcool combustível.
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