O Carnaval é uma das festividades mais populares do Brasil. Ocorre entre os meses de fevereiro e março e é bastante conhecido em razão do seu caráter animado e festivo.
Durante o carnaval, as ruas de todo o país recebem foliões fantasiados – ou não – em busca de alegria e divertimento.
A origem desta festa remonta à Antiguidade, quando os diferentes povos realizavam celebrações, geralmente, direcionadas aos deuses.
Por ser, em sua raiz, uma festa de origem pagã, o carnaval foi, inicialmente, desprezado pela Igreja Católica.
No entanto, ao se deparar com a influência dessa festividade na vida dos europeus, a Igreja resolveu adicionar o carnaval ao calendário de festividades cristãs.
Ele seria, então, uma forma de as pessoas festejarem a liberdade antes de um período de quarenta dias marcados por restrições e seriedade, chamado de quaresma.
A seguir, vejamos como acontecia o carnaval no continente europeu durante a Idade Moderna.
Carnaval na Idade Moderna
O carnaval era uma festa que acontecia em toda a Europa, especialmente na Itália, Espanha e França.
Além do carnaval, existia outra festividade marcada pela presença de pessoas fantasiadas nas ruas e abundância de bebida e comida, era a Festa dos Bobos, que acontecia no dia 28 de dezembro.
As festividades poderiam iniciar no final do mês de dezembro ou em janeiro. Em alguns casos, elas eram estendidas até a quaresma.
O carnaval, na Idade Moderna, não ocorria ao mesmo tempo e nem da mesma forma, pois cada região do continente europeu o comemorava de alguma maneira.
Marcado pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas e carne, o carnaval fazia parte da vida dos europeus da Antiguidade.
Os locais em que ocorriam as celebrações na França, era no Place Notre Dame e na Itália, era na Praça de São Marcos.
A fantasia era uma importante marca desses eventos, além do uso de máscaras, produzidas com um nariz avantajado.
Era comum as pessoas trocarem os trajes, como as mulheres se vestirem de homens e os homens se vestirem de mulheres. Além disso, os europeus costumavam se fantasiar de animais selvagens, padre e diabo.
As praças ficavam repletas de pessoas, inclusive das classes mais altas. Os clubes formados pela elite, organizavam desfiles com carros alegóricos, apresentações teatrais e competições populares.
As brincadeiras e zombarias eram bastante comum nesse período. As pessoas jogavam água umas na outras e imitavam de forma jocosa alguma profissão.
A zombaria mais famosa praticada no carnaval da Idade Média era a charivari, que nada mais era do que uma música de difamação, cantada próxima da janela do indivíduo que seria zombado.
Além disso, era comum fazer com que a pessoa zombada desfilasse montada de costas num burro por toda a cidade.
Geralmente, as “vítimas” do charivari eram indivíduos considerados “ameaçadores” das normas comunitárias e familiares.
Não há registros da Idade Moderna que expliquem o que o carnaval representava para os europeus. De acordo com historiadores, existem duas hipóteses que podem explicar a importância dessa festividade para a Europa:
- Oposição à quaresma (período marcado pela abstinência e jejum);
- Compreendido dentro de um contexto que muito vigorava na Europa moderna: “o mundo de cabeça para baixo”.
Para os europeus, essa frase refletia comportamentos que iam de encontro com a “ordem natural”. Por isso que homens se fantasiavam de animais, pais se fantasiavam de filhos, mulheres se fantasiavam de homens e vice-versa, entre outros.
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