Edgar Degas
Pintor, gravurista, escultor e fotógrafo. Conheça um pouco mais da história do francês Edgar Degas, conhecido como um dos fundadores do Impressionismo.
Edgar Hilaire Germain de Gas, conhecido apenas como Edgar Degas, foi um importante pintor, escultor e gravurista francês. Embora suas obras possuíssem elementos do Realismo e do Renascimento, foi um dos principais fundadores do Impressionismo.
Já nas suas últimas pinturas, é notado também traços do Modernismo. Sendo assim, é muito difícil colocá-lo em apenas um rótulo. O próprio Degas não se considerava impressionista, mas independente.
Suas obras são reconhecidas pelos tons pastéis, pela suavidade e abordagem de cenas cotidianas. Umas das grandes paixões do pintor era o mundo do ballet, notado em diversas obras. As obras de Degas serviram de influência para artistas como Pablo Picasso e Henri Matisse.
Biografia resumida
Edgar Degas nasceu em Paris, em 1834, no seio de uma família muito abastada. Filho de banqueiro, não enfrentou grandes dificuldades e pôde se dedicar aos estudos desde muito cedo.
Começou os estudos artísticos por volta dos 19 anos e frequentou o Lycée Louis le Grand até 1853. Durante esse período, construiu um ateliê em um dos cômodos de sua casa, onde trabalhou por vários anos.
Ingressou na escola de Beaux-Arts em Paris e lá começou a desenvolver grande fascínio por obras italianas. Em 1856, viaja à Itália e passa a produzir quadros com influências renascentistas. Sem identidade própria definida ainda, bebia da fonte de Michelangelo, Da Vinci e Botticelli.
Retornou à França em 1859 e expôs suas obras pela primeira vez, em 1865, no Grande Salão de Paris. A exposição não atraiu muita atenção, mas Degas não desistiu e, posteriormente, foi nesse mesmo lugar onde Degas teve suas primeiras obras aceitas.
Ele pintava sobre cavalos e guerras, usando traços do Realismo.
Nove anos depois, participou da Primeira Exposição Impressionista, com Claude Monet e Berthe Morisot. Nesse mesmo ano, perdeu o pai e os negócios da família entraram em crise. Edgar Degas, pela primeira vez, passou a depender unicamente da venda de suas obras.
A partir daí, começou a pintar cenas do cotidiano, paisagens e retratos individuais. Pinturas de bailarinas, mulheres, concertos e óperas também eram temas de seus quadros.
Em 1911, contraiu uma doença que afetou seus olhos, deixando-o cego. Por conta disso, passou a dedicar-se à escultura. No entanto, com a cegueira total, teve de interromper suas atividades artísticas.
Morreu em 1917, quando o mundo enfrentava a Primeira Guerra Mundial.
Influência da fotografia
Degas foi um dos primeiros artistas a fazer uso da fotografia e, simultaneamente, incluí-la na temática de sua pintura.
Foi na década de 1880 que começou a desenvolver interesse pela fotografia. Aproveitando-se da técnica, trouxe novas características a seus quadros.
Com o uso da foto, passou a fazer quadros com imagens cortadas, como se fosse uma foto mal tirada, garantindo um tom de maior informalidade para o quadro. Podemos dizer que a fotografia permitiu ao pintor uma observação mais atenta aos detalhes, que de outro modo passariam despercebidos.
Paixão por bailarinas
Edgar Degas dedicou-se a retratar o dia a dia das dançarinas francesas. Em suas obras e esculturas, o universo do bé um tema sempre presente.
Chegou a fazer mais de 1500 obras com essa temática e sua escultura mais famosa é o retrato de uma bailarina.
Segundo Degas, as pessoas o chamavam de “o pintor de bailarinas”. Pintava obsessivamente cenas de bailarinas no palco, nos ensaios e em momentos de descanso.
A primeira pessoa a se referir a Degas como pintor de bailarinas foi Édouard Manet, um dos pintores mais importantes representantes do impressionismo francês.
A dança oferecia a ele a possibilidade de jogar e brincar com a figura humana, possibilitando-o testar diferentes formas.
Já que a fotografia também era uma de suas paixões, utilizou de técnicas fotográficas para representar com mais realismo os movimentos das bailarinas.
Foi durante uma de suas frequentes visitas à Ópera de Paris que conheceu a jovem Marie van Goethem, retratada na obra A Pequena Bailarina de Catorze Anos.
Principais obras
- Retrato da família Bellelli (1860)
- Interior (1868)
- A Dança Clássica na Ópera (1872)
- Um Escritório de algodão em Nova Orleans (1873)
- Praça da Concórdia (1875)
- O Bebedor de Absinto (1876)
- O Ballet Clássico (1871)
- Duas Dançarinas de Ballet (1879)
- A Oficina de Moçaria (1885)
- Menina Carregando Flores em seu Avental (1860)
- Orquestra da Ópera (1870)
- Músicos na Orquestra (1870)
- Dançarina estudando (1872)
- Cavalos de Corridas (1869)
- A Aula de Dança (1897)
- Mulher Sentada em uma Varanda (1872)
- A Pequena Bailarina de Catorze Anos (1881)
- Dançarinas Atando as Sapatilhas (1871)
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