Quem foi Marighella?
Carlos Marighella foi um ativista que lutou contra as ditaduras que ocorreram no Brasil. Ele fundou a Ação Libertadora Nacional, conhecida como uma das mais fortes da oposição.
Marighella foi guerrilheiro comunista que lutou contra as ditaduras que ocorreram no Brasil, conhecido como o inimigo número 1 do regime militar.
Sua história de militância se iniciou na universidade, quando conheceu o movimento estudantil.
Ele chegou a ser eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) da Bahia, mas a vontade de ser integrante do Congresso não durou muito tempo, pois, no contexto da Guerra Fria, o PCB foi ilegalizado pelo governo de Eurico Gaspar Dutra.
Dessa forma, um ano após o início de seu mandato, Marighella perdeu o cargo, o que fez o ativista retornar para a militância e, assim, começar a atuar na clandestinidade.
Quem foi Marighella?
Carlos Marighella nasceu em 1911 em Salvador. Filho de uma mãe negra, descendente de escravos, e de um pai italiano. Ele conseguiu superar todas as dificuldades e começou a cursar Engenharia Civil na Escola Politécnica da Bahia.
Durante sua vida universitária, Marighella conheceu o movimento estudantil. Aos seus 23 anos, ele se tornou o líder da luta comunista. Com isso, passou a entender o que é repressão.
Marighella chegou a ser preso três vezes. A primeira, devido um poema publicado que criticava o interventor da Bahia, Juracy Magalhães, nomeado por Getúlio Vargas.
Já a segunda vez foi por conta de sua oposição ao mandato de Vargas.
Em sua terceira prisão, Marighella permaneceu seis anos na cadeia, e, em 1945, com o fim do Estado Novo, ele foi beneficiado com a anulação de suas condenações.
Com a redemocratização, Marighella foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) da Bahia. Apesar disso, com o início da Guerra Fria, os partidos foram ilegalizados, então, o militante perdeu o mandato.
De forma clandestina, Carlos passou a atuar na área sindical do PCB da Bahia, mas tinha muitos conflitos com a direção por conta de seu esquerdismo excessivo.
Sua militância o aproximou da classe operária que, em união, promoveram a Greve dos Cem Mil em 1953.
Ação Libertadora Nacional (ALN)
Em 1964, com o início da intervenção militar, Marighella desfez os vínculos com o PCB, pois o partido não defendia a ideia do militante de lutar contra a Ditadura Militar com o apoio de armas.
A partir disso, ele criou a Ação Libertadora Nacional (ALN).
A nova organização de Marighella foi uma das maiores a promover ações contra a ditadura.
Foram efetuados assaltos, sequestros e emboscadas. Um dos casos mais conhecidos foi o sequestro do embaixador americano do Brasil, Charles Elbrick.
Com a intensificação do regime militar, Marighella foi morto a tiros, no dia 4 de novembro de 1969, por agentes do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP).
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