20 Mulheres importantes que marcaram a história
Muitas vezes desconhecidas, as mulheres fizeram história em diferentes áreas, da ciência à luta pelos direitos. Essas são apenas 20 mulheres de destaque.
A narrativa do mundo é escrita por muitas pessoas. Essas fazem parte de diferentes classes sociais, econômicas, políticas e de gênero.
Dentro desse rol, estão as mulheres. Na luta, durante anos, pela conquista de seu espaço na sociedade e fazendo a diferença em múltiplos campos, algumas delas já conquistaram o seu espaço na memória.
Pensando nisso, listamos 20 mulheres importantes que marcaram a história. Veja a seguir:
1 Hipácia (350 d.C – 415 d.C)
Hipácia foi uma matemática, astrônoma e filósofa neoplatônica grega do Egito Romano.
Considerada uma das mais importantes pensadoras da Antiguidade, é tida com a última intelectual de Alexandria.
Hipácia ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas matemáticos, auxiliando os colegas da área em múltiplos desafios.
Tão vidrada em seu campo de estudo, ao ser questionada por nunca ter se casado com um homem, ela dizia ser “casada com a verdade”.
2 Joana D’arc (1412-1431)
Joana d’Arc, foi uma heroína francesa e santa canonizada pela Igreja Católica, no ano de 1920.
Durante a Guerra dos Cem Anos conseguiu convencer, por meio da fé, um pequeno grupo de soldados a acompanhá-la.
A camponesa, de origem pobre e analfabeta, alcançou o que aparentava ser impossível: um próprio exército, com cerca de 7 mil homens, além da autorização real para marchar até Orleans e livrá-la do cerco inglês.
3 Maria Quitéria de Jesus (1798-1853)
A baiana Maria Quitéria de Jesus foi uma militar brasileira, heroína da Guerra da Independência.
Ela é considera a primeira mulher a adentrar ao exército brasileiro, tendo de se disfarçar de homem para que possa lutar contra os portugueses nas batalhas travadas na Bahia.
Dentre as inúmeras batalhas as quais participou, esteve presente na luta pela independência do país, em 7 de setembro de 1822.
A sua trajetória militar é digna de condecorações e homenagens. Uma delas foi a condecoração da Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul, entregue pelo imperador do Brasil, o Dom Pedro I.
4 Ada Lovelace (1815-1852)
Augusta Ada King, Condessa de Lovelace, mais conhecida como Ada Lovelace, foi uma matemática e escritora inglesa.
Ada Lovelace foi tida como a primeira programadora do mundo, expressão que ainda não existia no período em que viveu (século XIX), isso antes mesmo da ideia atual de computador existir.
A Condessa, aliada ao matemático Charles Babbage, trabalhou no projeto de uma máquina analítica que futuramente viria a ser o protótipo de um computador.
Ao longo de seu trabalho, em 1842, Ada criou algoritmos, permitindo com que a máquina funcionasse. Acredita-se que o seu legado foi deixado para o avanço da informática e da programação.
5 Marie Curie (1867-1934)
A cientista, matemática e física polonesa naturalizada francesa, Marie Sklodowska Curie, foi a primeira mulher do mundo a ganhar um Prêmio Nobel. Ainda no pioneirismo, foi também a primeira mulher a lecionar na Universidade de Sourbonne, em Paris, após a morte de seu marido, em 1906.
A sua principal contribuição para a ciência versa sobre a descoberta da radioatividade e de novos elementos químicos.
Em 1911, recebeu mais um prêmio, o Nobel de Química. Esse se deu pelos seus estudos com o rádio, a colocando no primeiro lugar, até então, de uma pessoa que recebeu duas vezes o Prêmio Nobel.
Quando jovem, mesmo sendo boa aluna, foi impedida de adentrar ao ensino regular, pois só aceitavam homens. Porém, ela persistiu, lutou contra o preconceito e tornou-se uma cientista excepcional.
6 Valentina Tereshkova (1937)
Valentina Vladimirovna Tereshko é a primeira mulher cosmonauta a viajar ao espaço, isso com 26 anos de idade, em 16 de junho de 1963.
Em uma única viagem, pelo seu destaque, a paraquedista russa deu a volta ao mundo 48 vezes por 71 horas (quase 3 dias). Ao retornar a Terra com fotografias do horizonte espacial, recebeu a condecoração de heroína da União Soviética, o título de a Ordem de Lênin e a medalha Estrela de Ouro.
Ainda, no espaço que pousou foi atribuída uma estátua de prata em sua homenagem. Também, Terekshova possui uma cratera na Lua e um asteroide batizados no seu nome.
7 Anita Garibaldi (1821-1849)
Ana Maria de Jesus Ribeiro, popularmente conhecida como Anita Garibaldi, foi a “heroína dos dois mundos”.
A nomenclatura se deu por ter participado no Brasil e na Itália, juntamente com Giuseppe Garibaldi, de múltiplas batalhas. Anita guerreou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália.
Anita Garibaldi viveu apenas até os 27 anos e foi considerada uma mulher a frente do seu tempo, por lutar pelo que acreditava sem pensar apenas em seu bem-estar.
A sua história foi representada em uma minissérie da rede Globo, com a personagem interpretada por Camila Morgado, além de ter sido transmitida em obras literárias.
8 Emmeline Pankhurst (1858-1928)
Emmeline Pankhurst foi um dos nomes mais importantes na conquista do direito ao voto da mulher.
Conhecida no movimento feminista, fundou a União Social e Política das Mulheres (Women’s Social and Political Union), em 1903.
Durante toda a vida, lutou veemente pela garantia do direito das mulheres e o direito à manifestação pública sem violência e repressão. Com o passar dos anos, o seu método foi até radical, incorporando greves de fome e outras atitudes impactantes para a época.
9 Eleanor Roosevelt (1884- 1962)
A nova-iorquina Eleanor Roosevelt foi uma diplomata americana ativista, cuja atuação versava sobre a garantia dos direitos humanos e das mulheres.
De 1933 a 1945 foi a primeira dama dos Estados Unidos.
Entre os anos 1945 a 1952, Eleanor assumiu a função de embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU). Na mesma época, esteve na presidência da comissão que redigiu um dos maiores documentos da área dos direitos humanos – a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
De 1961 a 1963, presidiu a Comissão Presidencial sobre o Status da Mulher.
10 Tarsila do Amaral (1886-1973)
A pintora e desenhista paulista, Tarsila do Amaral, é um dos maiores nomes do movimento modernista no Brasil. Aliada à Anita Malfatti, ficou conhecida como uma das mais importantes pintoras do movimento.
No ano de 1920, ela se mudou para Paris para estudar e ter contato com artistas do local.
Em conjunto com o seu marido, Oswald de Andrade, Tarsila participou da criação do movimento Antropofágico.
Todavia, além da notoriedade nas artes, Tarsila ficou conhecida por ultrapassar os limites sociais do período, ao se casar duas vezes. O ato era incomum no período.
11 Carlota Pereira de Queirós (1892-1982)
Médica paulista, Carlota Pereira de Queirós foi a primeira mulher eleita para ser deputada no Brasil, em 1934, assumindo o cargo de deputada federal. Portanto, além de ter sido a pioneira na cadeira, no período em que a ocupou era a única do sexo feminino dentre os mais de 250 deputados.
No ano de sua formatura, em 1926, recebeu o prêmio Miguel Couto por sua tese.
Lutava pelo reconhecimento dos direitos das mulheres, sendo uma ativista em projetos que visavam esse fim.
Em 1942, foi eleita membro da Academia Nacional de Medicina. E, em 1950, participou da fundação da Academia Brasileira de Mulheres Médicas, a presidindo por anos.
12 Nise da Silveira (1905-1999)
Nise da Silveira foi uma médica psiquiatra alagoana, reconhecida por revolucionar os tratamentos psiquiátricos brasileiros. Também foi a única mulher a se forma em medicina, em 1931, em uma turma com mais de 157 homens.
A sua biografia inspirou um longa-metragem interpretado por Glória Pires, o Nise: o coração da loucura.
Nise discordava completamente dos métodos aplicados na época, principalmente com os esquizofrênicos, como era o caso da aplicação de eletrochoque e lobotomia.
Ao contrário, a sua crença se baseava em um tratamento humanizado, com a aplicabilidade das artes plásticas, por exemplo. Os trabalhos foram dispostos no Museu de Imagens do Inconsciente, ganhando projeção internacional.
Outra ação sua, foi a inserção de animais (gatos e cachorros) no convívios com as pessoas internas, o que acabou melhorando o comportamento deles.
13 Frida Kahlo (1907-1954)
Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón, conhecida popularmente como Frida Kahlo, foi uma pintora mexicana que se autorretratou por meio de suas pinturas multicoloridas.
As cores vibrantes e uma inspiração surrealista, com as roupas e adereços, buscavam representar as suas paixões, dor, sofrimento e perseverança.
A sua história de vida é marcada por muitos problemas de saúde, como a poliomelite adquirida na infância e o acidente grave de trânsito na juventude. Ao longo de sua vida, teve de passar por muitas internações e cirurgias. E tudo isso foi representado nas obras.
Casou-se com pintor Diogo Rivera. Ambos tiveram uma relação conturbada e, em uma de suas separações, teve um caso com Leon Trotski. Todos esses sentimentos foram transmitidos em suas pinturas.
No final da década de 1930 coroou-se com um reconhecimento internacional, tendo as suas obras expostas em grandes cidades, tais como Nova York e Paris.
Em sua carreira também exerceu a docência, lecionando na Escola Nacional de Pintura e Escultura, na cidade do México.
Por conta de sua atuação em defesa do direito das mulheres tornou-se um símbolo do feminismo. A artista possui várias frases marcadas na memória das pessoas.
Mesmo soFrida, jamais me Kahlo.
14 Rosalind Elsie Franklin (1920-1958)
Rosalind Elsie Franklin foi uma biofísica britânica, pioneira na biologia molecular e uma importante pesquisadora inglesa do século XX. Recebeu também o título de ph.D por sua pesquisa com microestruturas do carbono e do grafite.
Ela capturou a foto que demonstrou que o DNA era uma dupla hélice. Porém não obteve o reconhecimento no período, deixando o legado para James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins, que ganharam o Nobel de Medicina, no ano de 1962, por conta das suas descobertas sobre a estrutura molecular dos ácidos nucleicos.
Os seus estudos serviram como base para compreensão do RNA, o grafite o carvão e o vírus.
Inclusive, em 1982, o seu colega Aaron Klug levou o Nobel de Química pela continuação de um trabalho iniciado por Rosalind Franklin sobre a estrutura molecular do vírus.
Ela é, portanto, uma das maiores mulheres na história da ciência mundial.
15 Maria da Penha Maia Fernandes (1945)
Maria da Penha é uma farmacêutica e bioquímica, mestra em parasitologia em análises clínicas.
A mulher é uma das sobreviventes da violência doméstica, sofridas ao longo do seu casamento de mais de 20 anos. Em uma dessas, quase foi assassinada, ficando paraplégica.
O caso teve grande repercussão, pelo fato de que Maria teve de encarar anos de batalhas judiciais até conseguir a condenação de seu ex-marido. No entanto, para isso ocorrer, órgãos internacionais tiveram de intervir, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Diante de toda a sua luta pelo combate à violência doméstica contra a mulher foi criada, em 2006, a lei nº 11.340/06. Para homenageá-la, a legislação recebeu o nome de Lei Maria da Penha.
Ademais, criou-se uma organização não governamental com o seu nome – o Instituto Maria da Penha.
16 Malala Yousafzai (1997)
Malala Yousafzai é uma jovem ativista paquistanesa.
Militante dos direitos humanos, a garota foi vítima de um atentado por defender o direito das meninas de frequentar a escola. Isso por conta de protestos que começaram em 2008, sofrendo o atentado em 2012.
Sobrevivente, com 17 anos foi a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
17 Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)
Agnes Gonxha Bojaxhiu, também conhecida como Madre Teresa de Calcutá, foi uma missionária católica macedônia. O seu trabalho ganhou destaque pela atuação em prol às populações carentes do Terceiro Mundo.
Tão logo observou a sua vocação religiosa. Aos dezoito anos de idade adentrou a Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, implementando a Congregação Missionárias da Caridade.
No ano de 1979 foi condecorado com o Prêmio Nobel da Paz.
Em 2003, beatificou-se pela igreja católica e, em 2016, foi canonizada.
18 Sofia Ionescu-Ogrezeanu (1920-2008)
Sofia Ionescu-Ogrezeanu foi uma importante neurocirurgiã romena, sendo considerada como uma das primeiras neurocirurgiões do mundo.
Isso foi certificado em 17 de setembro de 2005, no Congresso Mundial de Neurocirurgia no Marrocos.
19 Rosa Parks (1903-2005)
Rosa Louise McCauley, popularmente conhecida como Rosa Parks, foi uma ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Sua fama se deve ao fato de ter negado a ceder o assento do ônibus a um branco, em Montgomery, no Alabama.
Isso ocorreu em 1 de dezembro de 1955 e, após, marcou o começo da luta antissegregacionista.
20 Margaret Thatcher (1925-2013)
Margaret Thatcher foi primeira-ministra britânica e a primeira mulher a ocupar este cargo, batendo o recorde de tempo no posto. Sua atuação foi de onze anos, de 1979 a 1990.
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