Operação Valquíria
A Operação Valquíria foi um plano para assassinar Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Operação Valquíria é o nome dado a uma das operações que, com o passar do tempo, passou a ter a finalidade de assassinar o líder nazista, Adolf Hitler.
Essa foi uma operação organizada pelo exército nazista em 1941 e contou com a aprovação do líder. Contudo, inicialmente, seu objetivo não visava a morte de Hitler.
Vamos conferir as causas que fizerem o nome desta operação se associar a um dos vários planos de assassinar o chefe do Estado alemão?
Contexto histórico – Operação Valquíria
Em 1933, Hitler ascendeu ao poder na Alemanha e logo buscou agradar e mobilizar tanto a elite militar quanto a civil em seu entorno.
No entanto, quanto mais ele conquistava poder, mais se mostrava adepto do totalitarismo, manipulando a população através de propagandas, desfiles militares, símbolos do partido e por meio da perseguição aos judeus.
Tais ações não eram vistas com bons olhos por uma ala do exército que começou a ficar insatisfeita com o caminho que o III Reich seguia.
Quando a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) teve início, as reais intenções de Hitler e de alguns oficiais que o seguiam, como Heinrich Himmler e Hermann Göring, começaram a ficar em evidência.
Um dos objetivos dos projetos de Hitler era construir mais campos de concentração no continente europeu.
Os campos de concentração já eram usados desde o século 18 para abrigar os prisioneiros de guerra e presos políticos. Lá, eles eram tratados com descaso e violência e viviam em condições precárias com nenhuma higiene e pouca alimentação.
Foi a partir da Segunda Guerra que a principal função desses locais passou a ser a morte dos seus prisioneiros.
Diante de tal realidade, os militares que não concordavam com as medidas tomadas por Hitler começaram a organizar a Resistência Alemã (Widerstand).
Esta organização, que era secreta, tinha como principal objetivo matar Adolf Hitler e negociar o fim da guerra.
A Resistência Alemã era formada por oficiais do alto escalão do exército, que possuíam forte influência nos militares de patentes baixas.
Por serem aristocráticos e nacionalistas, esses oficiais se aproximavam mais do II Reich do que da “democracia de massas” pregada pelo totalitarismo do III Reich.
Os principais líderes que organizaram o assassinato de Hitler foram os generais Friedrich Olbricht e Henning von Tresckow, que organizaram em julho de 1944, um plano de atentado à bomba para matar o líder nazista.
Resistência Alemã e a Operação Valquíria
O objetivo final da Operação Valquíria era assassinar Hitler. No entanto, era necessário conquistar o apoio militar de alguns oficiais do exército que concordassem com o plano.
A intenção da Resistência era ocupar o poder na Alemanha através da força, por isso, a importância de ter soldados ao seu lado.
Então, Olbricht e Tresckow começaram a boicotar a Operação Valquíria que, inicialmente, se caracterizava como um plano para controlar uma possível rebelião dos trabalhadores estrangeiros que exerciam suas atividades de modo forçado.
Os generais que compunham a resistência começaram a reunir os oficiais aposentados que estavam de acordo com a ação para tomar o poder após a morte do líder. O oficial escolhido para cometer o assassinato foi o coronel Claus Schenk Graf von Stauffenberg.
Entende-se, portanto, que o objetivo da Operação Valquíria foi modificado por uma parcela do exército alemão que se opunha às ações de Hitler.
Execução do plano
O general Stauffenberg foi um dos principais oficiais do exército da Alemanha durante a Segunda Guerra. Contudo, perdeu a sua admiração pelo III Reich ao se deparar com as crueldades praticadas pelos nazistas.
Ele foi o escolhido por ser um dos poucos a transitar livremente pela Toca do Lobo (Wolfsschanze), o quartel-general nazista.
Em 1942, Stauffenberg ascendeu a oficial do Estado Maior da 10° Divisão de Tanques na África. Seu papel era proteger o exército alemão que se fixava ao norte do continente africano.
Após se recuperar da perda de uma mão e um olho em 1943, na Tunísia, ele atingiu o posto de chefe de gabinete do coronel-general Friedrich Fromm.
Tal posto permitia que ele tivesse acesso à Toca do Lobo, local em que ocorriam as principais reuniões da cúpula nazista.
A Toca do Lobo ficava na Prússia Oriental, território que atualmente corresponde à Polônia. Era um complexo de fortificações extremamente protegido, por isso, a única forma de promover um atentado contra Hitler neste local, seria por dentro.
No dia 20 de julho de 1944, Stauffenberg foi à Toca do Lobo para se reunir com Hitler e outros oficiais, levando consigo vários explosivos com fusíveis para serem explodidos naquele dia.
Ao chegar, ele se dirigiu a um quarto para preparar duas bombas, mas, antes de colocar a segunda em sua maleta, um oficial bateu à porta e o chamou para ir ao encontro de Hitler.
Durante a reunião, ele saiu discretamente e colocou a única bomba que conseguiu levar à sala de reuniões neste aposento.
No momento da explosão, ele estava saindo de carro. Rapidamente pegou um voo para Berlim para se encontrar com os líderes da Resistência. No entanto, Stauffenberg não contava que Hitler havia escapado do atentado com apenas alguns arranhões.
Logo chegaram à conclusão de que ele estava envolvido no ataque, o capturaram e o fuzilaram no dia 21 de julho do mesmo ano.
Além de Stauffenberg, quase todos os oficiais envolvidos na Operação Valquíria, ou suspeitos de integrá-la, foram mortos.
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