Plínio Salgado

Plínio Salgado foi um político conservador brasileiro que fundou a Ação Integralista Brasileira (AIB).

Plínio Salgado foi, entre outros ofícios, um político conservador brasileiro, responsável pela fundação e comando da Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento político nacionalista e de extrema-direita.

Inicialmente adepto da ditadura de Getúlio Vargas, ele se inspirava nos ideais dos movimentos fascistas.

Biografia de Plínio Salgado

Plínio Salgado nasceu no dia 22 de janeiro de 1895, no interior de São Paulo. Foi um político, escritor e jornalista brasileiro.

Iniciou sua carreira na imprensa em 1916 no jornal Correio de São Bento. Em 1918, ingressa na carreira política a partir da fundação do Partido Municipalista, que, em defesa da autonomia municipal, reunia os líderes das cidades do Vale do Paraíba.

Em 1920, ele se muda para São Paulo e começa a trabalhar no jornal Correio Paulistano, pertencente ao Partido Republicano Paulista (PRP).

Em 1922, participa da Semana de Arte Moderna. Plínio Salgado, em 1924, se torna um dos ideólogos do modernismo. De tendência nacionalista, recebeu o nome de Movimento Verde-Amarelo em oposição ao Manifesto pau-brasil, lançado por Oswald de Andrade.

Em 1928, é eleito deputado estadual pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Durante as eleições presidenciais de 1930 apoia o candidato Júlio Prestes.

Não termina seu mandato e viaja à Europa. Durante sua viagem ao continente, visita a Itália e se impressiona com o fascismo de Mussolini.

No final de 1930, retorna ao Brasil. Durante a Revolução de 1930, ele se posiciona favorável ao então presidente Washington Luís. Entretanto, após a queda do presidente em exercício por meio de um golpe comandado por Getúlio Vargas, Plínio Salgado muda de lado e passa a apoiar a revolução.

A partir de então, ele começa a apoiar as decisões do presidente Getúlio Vargas. Em 1932, ano da Revolução Constitucionalista, Plínio se posiciona contrário a constitucionalização do país.

Nesse mesmo ano, ele cria a Ação Integralista Brasileira (AIB), um movimento político de extrema-direita e com influência fascista.

O ponto divergente do integralismo para o nazi-fascismo se concentrava na questão racial. Para os integralistas, a miscigenação formava a identidade da sociedade brasileira.

Em 1937, a AIB apoia o golpe do Estado Novo, promovido por Getúlio Vargas. Plínio se identifica com o nacionalismo defendido por Vargas e vê no discurso do presidente a possibilidade de favorecer as causas da Ação Integralista.

Contudo, após o golpe de Estado, todos os partidos políticos são fechados, inclusive a AIB. Além de determinar o fechamento dos partidos políticos, o governo Vargas determinou a perseguição aos seus opositores.

Descontentes com a decisão do governo, os “camisas verdes” (a forma como eram chamados os integralistas) se organizam para promover um levante contra o governo.

Em 1938, após o insucesso do levante, Plínio se manteve distante das ações, alegando não ter tido qualquer tipo de envolvimento.

Os membros da AIB começam a ser perseguidos em todo o território nacional. Em 1939, Plínio é preso e logo é liberado. Ainda em 1939, é preso novamente e meses depois é exilado em Portugal.

Ele retorna ao Brasil em 1945, após a redemocratização. No Brasil ele funda o Partido de Representação Popular (PRP), apoia Juscelino Kubitschek e ocupa a direção do Instituto Nacional de Imigração e Colonização.

Em 1955, se candidata para a presidência da República, mas não se elege. Em 1958, se elege como deputado federal pelo estado do Paraná e, em 1962, é eleito para o mesmo cargo por São Paulo.

Ele foi o orador durante a Marcha da Família com Deus pela Liberdade ocorrida na cidade de São Paulo em 1964. Tal movimento era contrário ao governo de João Goulart e favorável à Ditadura Militar no Brasil.

Plínio Salgado apoiou a Ditadura Militar e o fim dos antigos partidos. Filiou-se a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido em que se elegeu como deputado federal por duas vezes. Faleceu em 1975, em São Paulo.

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