Projeto Manhattan

O Projeto Manhattan foi responsável por construir as primeiras bombas atômicas do mundo.

O Projeto Manhattan foi o nome dado ao projeto que visava construir as primeiras bombas atômicas da história da humanidade.

Desenvolvido pelos Estados Unidos, o Projeto Manhattan foi uma pesquisa realizada durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre os anos de 1942 a 1946.

Foram mobilizados diversos cientistas, militares, engenheiros e vários outros profissionais em torno desse projeto científico que foi um dos mais caros da história.

No dia 16 de julho de 1945, ocorreu a primeira explosão de uma bomba atômica realizada no deserto de Los Alamos (Novo México), local em que era localizada a base secreta do Projeto Manhattan.

Um mês depois, outras duas bombas foram lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, matando mais de 240 mil pessoas.

Criação do Projeto Manhattan

O Projeto Manhattan foi criado no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Nesse período, o então presidente dos Estados Unidos, Roosevelt, foi informado pelos cientistas Leo Szilard e Albert Einstein sobre o objetivo dos nazistas: criar uma arma atômica.

Nesse sentido, ambos sugeriram que o presidente estadunidense incentivasse a produção de armas atômicas antes que os nazistas se apoderassem de tal armamento.

No início, o projeto se desenvolveu com um pequeno orçamento e centenas de cientistas até que em 1941, os japoneses atacam a base naval norte-americana de Pearl Harbor e provocam a ira dos estadunidenses que decidem entrar no conflito ao lado dos países Aliados.

A partir de então, eles buscaram desenvolver armas cada vez mais potentes através de investimentos tanto da iniciativa privada quanto do governo.

O Projeto Manhattan proporcionou um crescimento expressivo da indústria de bombas atômicas que em pouco tempo rivalizaria com a indústria de automóveis.

Com o objetivo de tornar o projeto uma ação secreta, os laboratórios e fábricas construídos para fabricar as bombas foram erguidos em 14 locais diferentes dos Estados Unidos e Canadá.

Um dos lugares escolhidos foi uma cidade localizada ao norte do estado do Novo México, chamada Los Álamos, acessível somente por estrada.

Em 1944, esta cidade era habitada por somente seis mil pessoas, entre elas estavam químicos, físicos e metalúrgicos.

Outra sede do Projeto se localizava no Tennessee, na cidade de Oak Ridge, que rapidamente se tornou uma das cidades mais desenvolvidas do estado.

Já a Universidade de Chicago reuniu mais de 2 mil cientistas que concentravam seus estudos somente no Projeto.

Todos os trabalhadores envolvidos com essa pesquisa sabiam que os resultados obtidos não deveriam ser divulgados para ninguém. Visando impedir que alguém os divulgasse, os telefones eram grampeados e as cartas censuradas. Além disso, não podiam receber visitas.

História do Projeto Manhattan

O Projeto Manhattan foi liderado pelo físico Robert Oppenheimer e por Leslie Groves, um general do exército dos Estados Unidos.

Oppenheimer era professor de algumas universidades do país e um pesquisador bastante respeitado. Por isso, coordenou cerca de 150 mil pessoas para o desenvolvimento da pesquisa.

Várias questões científicas foram superadas em um curto espaço de tempo para que os nazistas não criassem armas nucleares antes dos norte-americanos.

Em 16 de julho de 1945, foi lançada a primeira bomba nuclear no deserto do Novo México. Este lançamento comprovou o bom desempenho dos cientistas que continuaram a pesquisar.

Contudo, o contexto da guerra havia mudado, pois, antes do lançamento desta bomba, os alemães haviam assinado sua rendição, no dia 8 de maio de 1945. A paz passou a ser vislumbrada na Europa.

A guerra se mantinha somente no Pacífico com os japoneses se recusando a se render. Sendo assim, o sucessor de Roosevelt, Harry S. Truman, decidiu lançar bombas atômicas no Japão com a justificativa de forçar a rendição dos japoneses.

A primeira bomba foi lançada em Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945, e a segunda, em Nagasaki, três dias depois. Estima-se que mais de 240 mil japoneses tenham morrido com esse atentado e outros milhares ficaram feridos e/ou desenvolveram doenças em razão da radioatividade dos projéteis.

A opção de invadir o Japão por terra estava descartada, pois tal ação provocaria a morte de, no mínimo, um milhão de militares estadunidenses.

Além disso, os Estados Unidos tinham a intenção de demonstrar seu poderio militar para o restante do mundo.

Fim do Projeto Manhattan

O Projeto Manhattan teve seu fim em dezembro de 1946, quando foi desativado pelo presidente Truman.

No mês de julho de 1946, duas bombas foram explodidas no Atol de Bikini, região do Oceano Pacífico, para não provocar danos materiais e humanos.

Diversos cientistas que auxiliaram na criação das bombas voltaram a ser professores universitários, sendo que alguns receberam prêmios.

Os danos provocados pelo lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki não foram o suficiente para que outros países desistissem de desenvolver armas atômicas. Com isso, além dos Estados Unidos, outras nações criaram tais explosivos:

Os três últimos não assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e, por isso, não podem ser fiscalizados.

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