A história da música se desenvolve desde a Pré-História, quando os homens produziam vários sons de diversas maneiras.
A música é uma expressão artística que envolve a harmonia entre os sons, melodia, ritmo, silêncio e voz. Estes elementos são essenciais para o desenvolvimento de uma canção.
Atualmente, a música faz parte do nosso cotidiano por meio das bandas, comerciais de TV, toques de celulares, sons do computador e cantores solos.
Além disso, a música pode ser usada como forma de sensibilizar o outro em prol de alguma causa, seja religiosa, informativa, comercial ou beneficente.
Música na Pré-História
A relação entre a humanidade e a música é bastante longa, prova disso é o fato de a música ser uma das manifestações culturais mais antigas do mundo.
A Pré-História foi marcada, entre outros aspectos, pela presença sonora desenvolvida pelos seres humanos a partir da observação dos fenômenos da natureza.
Os sons emitidos pelos trovões, ventos, ondas, batidas do coração e pela comunicação entre os animais, influenciaram as pessoas a investigar e prestar atenção aos sons produzidos pelo próprio corpo, como bater os pés no chão, as palmas, a voz.
Nesta fase, tais manifestações não eram entendidas como arte, mas sim como uma forma de comunicação, além de ser uma parte integrante dos ritos sagrados e da dança.
Música na Antiguidade
O Egito Antigo contou com a presença massiva da música, que era utilizada em rituais religiosos. Para os egípcios, a música era uma expressão artística que havia sido inventada pelo deus Thoth. Já o deus Osíris a utilizou para civilizar o mundo.
Os instrumentos musicais mais utilizados neste período foram as flautas, percussão, harpas e cítara — instrumento de corda.
A Mesopotâmia foi uma região que contou com a presença de vários povos, como os assírios, sumérios e babilônios.
Na região habitada pelos sumérios, foram encontradas harpas que podem datar mais de 5 mil anos. Já na região em que os assírios se fixavam, foram descobertas cítaras.
O continente asiático também foi um território em que a música se desenvolveu, especificamente na Índia Antiga e China Antiga, locais em que a atividade musical se relacionava com a espiritualidade.
Os indianos desenvolveram seu método musical a partir de tons e semitons, não utilizando notas musicais.
Já os chineses, utilizavam a escala pentatônica, isto é, de cinco tons. O instrumento mais usado era a cítara.
A música foi uma manifestação artística bastante presente na Grécia Antiga. Utilizada como um elo entre o divino e os homens, seu significado consiste em “a arte das musas”. As musas eram entidades que inspiravam a ciência e a arte.
Pitágoras foi um filósofo e matemático grego que adotou a matemática como uma ciência auxiliar da música, que ajudava a determinar os intervalos musicais e o descobrimento de notas.
Deduz-se que a música na Roma Antiga tenha surgido a partir da influência grega. No entanto, os romanos aproveitavam desta expressão artística de modo mais amplo.
Música na Idade Média
A Igreja Católica foi a principal instituição que vigorou durante a Idade Média. Nesse sentido, ela influenciava fortemente o modo de vida dos europeus, ditando as regras que deveriam ser seguidas em todas as áreas da sociedade, incluindo a artística.
A música, nesta fase, marcou as celebrações católicas. O papa Gregório I criou as regras para a realização dos cânticos, denominando-os como canto gregoriano.
Outra criação musical fruto da Idade Média, foram as Cantigas de Santa Maria, que reúnem 427 composições em galego-português.
Hildegarda de Bingen foi uma monja beneditina que viveu durante a Idade Média e que exerceu, entre outras funções, a de compositora.
Música na Idade Moderna
Durante a Idade Moderna, a cultura sofreu uma intensa transformação pautada pela valorização da razão e da ciência.
A música também foi impactada por estas mudanças que visavam romper com a influência da Igreja Católica ao adotar características mais universais.
Um dos traços mais marcantes deste período foi o surgimento da polifonia que nada mais é do que uma técnica que combina duas ou mais vozes ao mesmo tempo.
Esta fase é marcada por uma ascensão da música ocidental, que passa a apresentar novas formas tonais, além disso, surgem orquestras de câmaras, óperas e apresentações de músicos.
No período do Classicismo, a música passa a ter objetividade e equilíbrio. Nesta época, a orquestra e a música instrumental se sobressaem ainda mais, e são criados a sinfonia, a sonata, o quarteto de cordas e o concerto.
Os artistas que mais se destacaram nesta fase foram Mozart, Beethoven e Haydn.
Música no século XX
A música no século XX passa por mais uma transformação a partir da criação do rádio, um meio de comunicação que revolucionou esse século.
A partir de então, a música passa a se popularizar, e cantores e compositores são projetados. O rádio contava com uma variedade expressiva de canções que chegavam aos ouvidos do público. Com isso, as pessoas começam a ter contato com diversos tipos de música.
Instrumentos que até então não eram tocados por grande parte dos músicos, passam a integrar as composições musicais.
Além disso, artistas adotam objetos comuns capazes de emitir sons que auxiliam nas produções musicais, tais como pentes, chaleiras, pratos, copos e brinquedos, como faz o compositor brasileiro Hermeto Pascoal.
Muitos músicos se destacaram nesse período, tais como Heitor Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, o nigeriano Fela Kuti, a francesa Lili Boulanger e muitos outros.
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