Saúde Pública no Brasil
Você sabia que o Brasil é um dos únicos países do mundo que possui saúde pública integral gratuita? Continue lendo para entender melhor!
A saúde pública do Brasil é regulamentada pelo Ministério da Saúde que coordena secretarias estaduais e municipais. Ela é formada por um conjunto de ações que garantem a manutenção da saúde da população, oferecendo prevenção e tratamento para doenças.
O principal objetivo da saúde pública é garantir que todos os indivíduos se mantenham saudáveis e tenham acesso a recursos médicos de qualidade.
História da saúde pública no Brasil
Durante o Brasil Colônia e Brasil Império não existiam políticas públicas de saúde para a população brasileira.
Durante a colonização, muitos indígenas foram contaminados e morreram em razão de doenças trazidas pelos europeus, para as quais a população indígena não possuía anticorpos.
Nos primeiros anos da história do Brasil, a saúde estava disponível para nobres que tinham grande poder aquisitivo para pagar consultas médicas. Enquanto isso, os pobres, negros e indígenas não tinham nenhum tipo de assistência médica e eram dependentes de crenças, conhecimento popular, filantropia e caridade.
Centros médicos ligadas a instituições religiosas viviam de doações da comunidade e eram a única opção para atendimento dos menos favorecidos.
A Santa Casa de Misericórdia, que ainda hoje possui atuação importante, é uma das mais antigas instituições ligadas ao princípio da saúde pública do Brasil.
Os primeiros cursos de medicina do Brasil foram criados em 1808, com a chegada da família real ao Brasil. Depois de alguns anos, os primeiros médicos brasileiros começaram a substituir estrangeiros.
Em 1822, o Brasil se tornou independente de Portugal e D. Pedro II criou órgãos para inspecionar a saúde pública, com intuito de evitar epidemias.
Entre as medidas de saúde públicas adotadas nessa época, estavam as primeiras medidas de saneamento básico e, somente no início do século XX foi feita a primeira campanha de vacinação contra a varíola.
Sistema Único de Saúde (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado em 1990 pela Lei Federal 8.080, conforme determinação da Constituição Federal de 1988, que diz: “Saúde é direito de todos e dever do Estado”.
Anterior a esse período, somente os trabalhadores vinculados à Previdência Social tinham acesso aos serviços hospitalares.
O SUS é um dos maiores e mais completos sistemas de saúde pública do mundo. Ele abrange desde atendimentos de atenção primária até atendimentos complexos como transplantes de órgãos.
Os princípios do SUS são o acesso integral, universal e gratuito para toda a população brasileira, ou seja, o atendimento médico gratuito no Brasil é um direito de toda população, sem descriminação.
A atuação do SUS visa não só atendimentos em caso de enfermidades, mas também pré-natal, prevenção, urgências e emergências, atenção hospitalar, vigilância epidemiológica, ações sanitárias e ambientais, assistência farmacêutica, promoção de saúde com foco em manter o bem-estar e qualidade de vida da população.
A gestão das ações e serviços de saúde do SUS é participativa entre as três esferas de poder: União, Estados e municípios.
Situação atual da saúde pública do Brasil
O SUS foi uma grande conquista da população brasileira e é reconhecido em todo mundo. Ele é usado, inclusive, como modelo de implementação de saúde pública por muitos países.
No entanto, a falta de investimentos públicos e o gerenciamento errôneo de recursos faz com que o sistema possua muitas falhas que ainda precisam ser melhoradas.
Em muitas cidades, o SUS é insuficiente para atender a toda população, causando hospitais cheios e atendimentos precários.
O SUS enfrenta alguns desafios como a falta de médicos, falta de leitos, falta de investimentos financeiros que se juntam ao tamanho da nossa população e deixam o SUS sobrecarregado.
Estima-se que exista um médico para cada 470 pessoas no SUS e em muitos hospitais faltam leitos, principalmente de atendimento intensivo (UTI).
Além disso, menos de 5% do orçamento público do Brasil é destinado ao SUS, enquanto a média mundial é de 11%. Por isso, o atendimento em muitos lugares pode ser demorado, com longas filas e situações precárias.
No entanto, o SUS é um dos únicos programas de saúde pública do mundo que atende pessoas gratuitamente e, mesmo com problemas, salva a vida de muitas pessoas da população brasileira.
Veja também:
- OMS – Organização Mundial da Saúde
- Companhia de Jesus – Ordem dos Jesuítas
- Importância da atividade física para a saúde
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