Lenda do açaí – Explicação da origem do fruto de acordo com o folclore amazônico

Segundo a lenda, o açaí surgiu para saciar a fome de uma tribo indígena que vivia na região onde atualmente se localiza a cidade de Belém (PA).

O açaí é o fruto extraído de uma palmeira típica da região Norte do Brasil. De forte cor roxa, o açaí é rico em vitaminas C e E, antioxidantes e fibras. Assim, o fruto ajuda a combater radicais livres e regular o intestino, previne problemas cardiovasculares e dá energia.

Além disso, o açaí é muito saboroso, sendo um dos principais ingredientes da culinária dos nativos dos estados dessa região. Neste caso, ele é consumido tradicionalmente com farinha de mandioca, peixe assado, tapioca ou mesmo em forma de suco.

Entretanto, a partir da década de 90, o consumo do açaí deixou de ser apenas regional, aumentando a demanda por esse fruto no mercado brasileiro e internacional. Desta forma, surgiram diversos outros produtos derivados do açaí, como polpa, sorvete, doces, tortas, cremes, barra de cereais, energéticos, entre outros.

O açaí também é bastante utilizado no setor farmacêutico, na produção de vitaminas e suplementos e na indústria de cosméticos.

A lenda do açaí explica a origem desse fruto de acordo com o folclore amazônico. Confira a seguir:

Lenda do açaí

Segundo a lenda, havia uma aldeia indígena bastante populosa na Amazônia, mais especificamente na região onde hoje está localizada a cidade de Belém (PA). Devido ao grande número de pessoas, a oferta de alimentos era escassa e a cada dia se tornava mais difícil obter comida para todos.

Na tentativa de conter o aumento populacional, o cacique Itaki tomou uma difícil decisão: a partir daquele momento, todas as crianças que nascessem na tribo teriam que ser sacrificadas.

Tempos depois, Iaçã, a filha do cacique, deu à luz uma menina. Entretanto, a criança também teve de ser sacrificada, conforme a decisão do avô. Iaçã ficou inconsolável e passou a viver enclausurada em sua oca, chorando dia e noite pela perda de sua filha.

Para que nenhuma outra mãe sentisse aquela dor de perder um filho, Iaçã pediu ao poderoso deus Tupã que mostrasse ao cacique outra solução que não exigisse o sacrifício dos bebês.

Certa noite, Iaçã ouviu um choro de criança e saiu para ver do que se tratava. Para sua surpresa, era sua filha, que estava linda e sorridente ao lado de uma palmeira, sob a luz da lua.

Depois de um instante de hesitação, a filha do cacique correu em direção à criança, abraçando-a. Porém a menina desapareceu misteriosamente dos braços da mãe e, mais uma vez a tristeza tomou conta de Iaçã, que chorou até perder suas forças e falecer.

No dia seguinte, o corpo dela foi encontrado, abraçado ao tronco da palmeira. A expressão no rosto de Iaçã, entretanto, era de felicidade. Seu olhar estava voltado para o topo da palmeira, que estava carregada de pequenos frutos de cor escura.

Itaki ordenou que coletassem os frutos. A partir dele, foi obtido um suco espesso e avermelhado que serviu para alimentar seu povo. Naquele mesmo dia, o cacique suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.

O fruto foi batizado de “açaí”, que era o nome de Iaçã invertido, como uma forma de homenagear o amor incondicional dessa mãe por sua filha.

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