Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt é uma escola de teoria social e filosofia, criada no século XX.

A Escola de Frankfurt é uma escola de tendência filosófica e sociológica associada à Universidade de Frankfurt, Alemanha, criada no século XX.

O principal objetivo é construir uma nova forma de analisar a sociedade por meio de uma releitura do marxismo.

A teoria criada e seguida pelos intelectuais da Escola é conhecida como teoria crítica, pois critica o desenvolvimento intelectual da sociedade influenciado pelo iluminismo, além de sugerir uma leitura crítica do marxismo, baseada em novas propostas permeadas pelos ideais da esquerda.

Considerada um projeto de intelectuais, ela uniu os pensadores do Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt em torno de uma nova forma de conceber o marxismo.

Os principais intelectuais que contribuíram para o desenvolvimento dos estudos das ciências sociais produzidos pela Escola de Frankfurt foram:

Contexto histórico

O início do século XX foi marcado por intensos acontecimentos. O primeiro, foi a Primeira Guerra Mundial (1914–1918), um conflito que envolveu as principais potências do planeta na época.

O segundo fato que marcou esse período foi a Crise de 1929, que abalou a economia de praticamente todos os países do mundo.

Com isso, os intelectuais da Escola de Frankfurt notaram as falhas dos ideais positivistas e iluministas que defendiam que o avanço da ciência, somado ao aumento do conhecimento através do ensino e da ampliação do acesso à informação, possibilitariam o avanço da sociedade.

Os filósofos iluministas acreditavam que a sociedade só se desenvolveria por meio do avanço da ciência e da filosofia que se espalhariam pelo mundo e, assim, contribuíram para o entendimento das pessoas em relação aos temas que o envolvem.

Podemos citar Montesquieu, criador da divisão dos três poderes do Estado; Voltaire, que defendia as liberdades individuais; e Diderot e D’Allambert, criadores da enciclopédia, como os teóricos iluministas que defendiam, além do fim do absolutismo, o amplo acesso ao conhecimento como forma de garantir o avanço da sociedade.

Já os positivistas sustentavam um posicionamento mais radical. Para eles, a sociedade só se desenvolveria por meio do investimento na ciência e em uma rigorosa reorganização do meio social, visando garantir o avanço dos europeus, principalmente, do povo francês. O principal filósofo francês positivista foi Augusto Comte.

De modo geral, os teóricos da Escola de Frankfurt afirmavam que os ideais defendidos pelo iluminismo e positivismo não se sustentaram, considerando os acontecimentos que já haviam se desenrolado no século XX.

A Primeira e a Segunda Guerra Mundial (1939–1945) vivenciadas por todos eles comprovaram a fragilidade de tal pensamento.

O fato de serem judeus, fizeram com que todos enfrentassem a Segunda Guerra de uma forma bem mais intensa, pois a perseguição nazista provocou a morte de Walter Benjamin e o refúgio de Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse para os Estados Unidos.

Nesse sentido, de acordo com estes intelectuais, a Segunda Guerra Mundial demonstrava não o progresso, mas sim o regresso social.

A crueldade nazista, aliada a criação da câmara de gás (responsável por matar de maneira mais rápida e com menos gasto) comprovava tal retrocesso.

Resumo – Escola de Frankfurt

Registros mais precisos apontam que o socialismo era um modelo que estava sendo fortemente debatido – no início do séculos XX – pelos intelectuais europeus que analisavam se ele seria ou não aplicado na política europeia.

Os pensadores que eram contra esta teoria diziam que o marxismo já estava ultrapassado, considerando as demandas do século XX, que iam para além da relação entre a classe dominante e a classe dominada.

Em 1922, Felix Weil, intelectual, marxista e judeu, organizou a Primeira Semana de Trabalho Marxista, evento que contou com a participação de vários pensadores marxistas.

Realizado em Frankfurt, uma das medidas da semana foi a criação do Instituto para Pesquisa Social. Patrocinado por Herman Weil (pai de Felix Weil) e subsidiado pelo governo alemão, o Instituto teve como primeiro gestor o sociólogo Kurt Albert Gerlach.

Em 1930, foi criado um escritório na Suíça que mais tarde seria a sede da instituição, fechada em 1933 pelos nazistas. O instituto só passou a se chamar Escola de Frankfurt após a retomada de suas atividades, em 1950.

Características

  • Teoria crítica;
  • Atualização das leituras sobre o marxismo;
  • Crítica ao sistema capitalista;
  • Olhar crítico sobre a cultura (elemento que favorecia a manutenção do capitalismo);
  • Análise e problematização da realidade vivida.

Pensadores da Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt é uma escola que existe desde o início do século XX, por isso, já contou com a participação de vários pensadores.

Entretanto, há uma diferença entre as gerações que lá se formaram. Nesse sentido, citaremos os intelectuais de acordo com a sua geração.

Primeira geração

A primeira geração de pensadores da Escola de Frankfurt foi formada por Max Horkheimer, Herbert Marcuse, Theodor Adorno, Erich Fromm, Friedrich Pollock, Leo Löwenthal e Otto Kirchheimer.

Essa geração é marcada por construir as primeiras bases da teoria crítica e do pensamento frankfurtiano. Além disso, receberam muitas influências de pensadores, como Walter Benjamin e Ernst Bloch.

Segunda geração

A segunda geração foi composta por Jürgen Habermas, Axel Honneth, Franz Neuman, Albrecht Wellmer, Alfred Schmidt e Oskar Negt.

Já a terceira geração, está em curso.

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