Geografia do Pará
O Pará, segundo maior estado do Brasil, situado na região norte é rico em recursos naturais e ambientais. Nele, estão a Serra Pelada e a Ilha de Marajó.
Situado na região Norte do Brasil, o estado do Pará possui mais de 1,24 milhões de km² de extensão territorial. Com uma população de aproximadamente 8,5 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é o estado mais populoso da região.
Considerado o segundo maior estado do país em extensão territorial , está localizado no centro leste da região Norte.
Os indivíduos naturais do estado são denominados paraenses. Os paraenses são miscigenados, formados por um população composta por indígenas, negros, europeus, ribeirinhos e asiáticos.
A sua localização estratégica, como porta de entrada da Amazônia, propiciou a competitividade do Estado, tanto pela infraestrutura interna quanto pela proximidade aos dinâmicos mercados internacionais.
Na sua bandeira, tem-se a faixa branca representando a linha do Equador e o rio Amazonas. O fundo vermelho é o símbolo da população paraense. E a estrela azul, a representatividade do estado do Pará.
Características geográficas
O estado do Pará limita-se a norte, ao Suriname e o Amapá; a leste, o Maranhão e o Tocantins; ao Sul, Mato Grosso; a nordeste, o oceano Atlântico; e noroeste, Guiana e Roraima.
Cortado pela linha do Equador, o Pará possui terras nos hemisférios norte e sul. E, decorrente da sua imensa extensão territorial, faz fronteira com os estados do Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Tocantins e Roraima.
Ocupando 14,6% do território brasileiro, com a área superior a 1,24 milhões de km², a sua história e de sua formação territorial estão vinculadas à exploração de seus recursos naturais.
A capital do Pará é a cidade de Belém e o estado possui 144 municípios. Entre as cidades importantes estão: Ananindeua, Santarém, Marabá, Castanhal, Abaetetuba, Cametá, Bragança, Itaituba e Marituba.
Oficialmente falando, o estado do Pará subdivide-se em sete regiões intermediarias:
- Região Geográfica Intermediária de Castanhal;
- Região Geográfica Intermediária de Belém;
- Região Geográfica Intermediária de Marabá;
- Região Geográfica Intermediária de Redenção;
- Região Geográfica Intermediária de Santarém;
- Região Geográfica Intermediária de Altamira;
- Região Geográfica Intermediária de Breves.
Relevo
O relevo do Pará apresenta baixas altitudes advindas da planície amazônica, no qual 60% de seu território tem, ao máximo, 200 metros de elevação altimétrica. Em outra parte inferior do estado, há depressões e pequenos planaltos.
No relevo paraense há cinco subdivisões morfoestruturais, sendo elas:
- Planaltos/Serras Cristalinas: Presente na maior parte do Sul do Pará, é também aonde estão situadas os pontos de maiores altitudes do relevo paraense (500 – 800 metros), tais como a Serra do Cachimbo e a Serra dos Carajás.
- Depressões Interplanálticas: É nas regiões Sul e Noroeste do estado que ocorrem, apresentando-se em forma de morros e colinas, com altitudes entre 100 e 400 metros de elevação.
- Planaltos Sedimentares: Situados no nordeste paraense e com altitude de até 200 metros, são compostos pelo Planalto do Tapajós, Planalto Rebaixado da Amazônia e Planalto Setentrional do Pará-Maranhão.
- Planície Amazônica: A sua predominância se situa na Ilha do Marajó, no litoral de rias, em áreas próximas de rios e mangues no nordeste paraense. Elaforma relevos planos de altitudes muito baixas, alcançando até 100 metros de elevação.
- Terraços: Formas de relevo com um aspecto diferenciado, cuja morfoestrutura não recebe influência de inundações. Eles detêm baixíssimas altitudes, obtendo no máximo 10 metros, e estão próximos aos grandes rios que cortam o estado do Pará.
Hidrografia
A hidrografia paraense é delineada pelos rios da Bacia Amazônica.
O Rio Amazonas perpassa o estado, desaguando na Ilha de Marajó (Oceano Atlântico). Os seus principais afluentes são os rios Xingu, Tapajós, Curuá, Trombetas e Nhamundá.
Clima
O clima do estado do Pará é o equatorial úmido. Entre as suas principais características estão as temperaturas altas e os altos índices pluviométricos.
Entretanto, em uma porção pequena da região sul, o clima tropical se faz presente, com a predominância de duas estações bem definidas: uma seca e chuvosa e outra também quente e seca.
Vegetação
Em função de seu clima, equatorial úmido, há em sua vegetação a hegemonia da Floresta Amazônica.
No litoral, estão os mangues; os campos na ilha de Marajó; e o Cerrado ao sul.
Economia
A economia do Pará é sustentada pelo extrativismo mineral, a partir do ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro e estanho.
Outro setor é o de extrativismo vegetal, mas nem sempre ele se sustenta alicerçado na sustentabilidade.
A agricultura, a pecuária, as indústrias, o setor de serviços e turismo também são atividades do estado.
Recursos naturais
O garimpo da Serra Pelada cessou, integrando ao projeto Ouro Serra Leste, da Companhia Vale do Rio Doce.
No cenário brasileiro, o Pará está no topo da produção de pimenta do reino, assim como nas primeiras posições de produção de coco da Bahia e banana – São Félix do Xingu é o maior produtor do alimento.
Também são diversificadas suas frutas nativas, como por exemplo: açaí, bacuri, cupuaçu, graviola, pupunha, castanha-do-pará.
Na culinária, há influências indígenas, africanas e portuguesas, destacando o preparo de peixes, molhos, a maniçoba, o pato no tucupi, o caruru, a tapioca e vatapá.
Problemas ambientais e sociais
Segundo o Boletim do Desmatamento, divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em 2018, o Pará é o local com maior índice de desmatamento da Amazônia Legal.
48% do desmatamento foi registrado no Pará; 29% no Mato Grosso; 15% em Amazonas; 7% em Rondônia; e 1% no Acre.
Entre as dez unidades de conservação que sofreram mais influência do desmatamento, mais do que a metade delas (sete) são do estado paraense:
- APA do Triunfo do Xingu – 82 km²
- Flona do Jamanxim – 38km²
- APA do Tapajós – 10 km²
- Flona de Altamira – 9km²
- Parna do Jamanxim – 7 km²
- Rebio Nascente da Serra do Cachimbo – 3 km²
- Flona de Itaituba II – 3 km²
Entre os problemas sociais, ainda há no estado registros de trabalho escravo, assim como o alto índice de latifúndios.
Na saúde, casos como malária e mortalidade infantil ainda possuem grande incidência.
Problemas de saneamento básico, avanço da violência, acessibilidade, meio-ambiente e habitação mostram que o Pará ainda tem muito a evoluir.
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