Tudo sobre a Amazônia
O bioma Amazônia abrange nove estados brasileiros e contribui para o clima mundial. Conheça as características geográficas e a importância da Amazônia!
A Amazônia é um bioma brasileiro com enorme importância, não só nacional, como para todo o mundo. Nela, são encontradas milhões de espécies de organismos que contribuem fundamentalmente para a ciência, assim como diversas outras finalidades.
Para conhecer mais sobre esse bioma tão essencial, confira tudo sobre a Amazônia.
Bioma Amazônia
O bioma Amazônia tem a extensão de cerca de 40% do território nacional e está presente nos estados do Pará, Amazonas, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
Com a extensão, o bioma é considerado como abrigo da maior biodiversidade do mundo, com uma rica variedade de microorganismos, plantas e animais registrados.
A Amazônia também possui a maior reserva de água doce da superfície terrestre e uma rede complexa de rios.
Geografia da Amazônia
Clima da Amazônia
Uma das características da Amazônia é a alta umidade. Isso se dá com as chuvas constantes e temperatura elevada, com variação entre 22 °C e 28 °C.
O clima da região é o equatorial úmido, que proporciona chuvas ao longo do ano e períodos de seca curtos.
Relevo da Amazônia
O bioma é composto por planícies, depressões e planaltos. Planícies são terrenos com pouca variação de altitude e, por isso, são inundadas pelos rios. Depressões são relevos aplainados, onde são encontradas colinas baixas.
Já os planaltos possuem superfícies elevadas. Assim, o planalto mais alto do país é o Planalto das Guianas. É nesse planalto que se encontra o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com cerca de 3.015 metros.
Hidrografia da Amazônia
A água é um fator importante desse ecossistema. Como maior reserva de água doce superficial, o bioma possui o Rio Amazonas como principal, com mais de mil afluentes.
Os rios são classificados em três tipos: de águas claras, de águas barrentas e de águas pretas. A cor da água é determinada de acordo com as substâncias encontradas.
Os rios de águas barrentas, como o próprio Rio Amazonas, possuem sedimentos e nutrientes. Os rios de águas claras, como o Xingu, possuem muitas cachoeiras e não banham muitos terrenos ricos em nutrientes, o que garante a água cristalina.
Já os rios de águas pretas, como o Rio Negro, nascem em planícies e carregam areia e humo, o material orgânico decomposto que dá a coloração.
Vegetação da Amazônia
A vegetação amazônica é dividida em três categorias: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó.
As matas de terra firme são caracterizadas por não sofrer com inundações, visto que estão em regiões mais altas. Essas regiões possuem árvores de grande porte, como a castanheira-do-pará e a palmeira.
Em contrapartida, as matas de várzea sofrem com as inundações dos rios em determinados períodos do ano. O relevo também caracteriza essa vegetação, uma vez que na parte mais elevada, o tempo de inundação é curto e a vegetação assemelha-se com as matas de terra firme.
Já nas regiões planas, que permanecem inundadas por mais tempo, a vegetação é semelhante à das matas de igapó.
As matas de igapó, por sua vez, estão quase sempre inundadas devido à localização em terrenos baixos, com vegetação baixa como arbustos, cipós e musgos.
O solo da Amazônia é arenoso e possui uma camada fina de material biológico que fornece nutrientes. Já nas áreas desmatadas, as chuvas carregam os nutrientes por meio da água, conhecido como lixiviação. Esse processo empobrece o solo, o que faz com que apenas 14% do território seja adequado para a agricultura.
Do mesmo modo, o equilíbrio do ecossistema se dá com a liberação de nutrientes do material orgânico e a rápida absorção dos mesmos.
Fauna da Amazônia
Pesquisas apontam que existem cerca de 30 milhões de espécies na Amazônia, sem contar as não encontradas e estudadas por cientistas. Por exemplo, macacos são marcantes na região, com espécies como coatás, cuxiús e barrigudos.
Há também mamíferos terrestres como onças, tamanduás, esquilos, e mamíferos aquáticos, como peixes-boi e botos.
Os répteis também são encontrados, como lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes. Entre os anfíbios, existem variados tipos de rãs, sapos e pererecas.
Os peixes também são numerosos: nas águas amazônicas estão 85% das espécies de peixes de toda a América do Sul. Todos os anos milhares deles migram tentando encontrar locais adequados para reprodução e desova, na chamada Piracema.
Já os insetos desempenham importantes funções nesse ecossistema, como besouros, formigas, mariposas e vespas.
Além disso, mais de mil espécies de aves foram catalogadas nas regiões, como papagaios, tucanos e araras, símbolos da Amazônia.
Floresta Amazônica – Maior floresta tropical do mundo
O bioma faz parte da Floresta Amazônica, que também abrange partes dos países do Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
O Brasil possui a maior extensão da maior floresta tropical do mundo, com 60%. Já o Peru possui 13%, a Colômbia com 10%, e pequenas quantidades na Bolívia, Equador, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Venezuela.
Importância da Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica é um repositório de serviços ecológicos, não só paras as comunidades locais, mas também para todo o mundo. Dessa forma, as árvores servem de pulmões, por meio da filtragem e processamento da produção mundial de gás carbônico.
Além disso, a biodiversidade é uma grande aliada na medicina, uma vez que oferece matéria-prima para a criação de vacinas, antivenenos e medicamentos. Também, a floresta oferece materiais para extração de diversas finalidades, regula o clima de toda a América do Sul e regula o efeito estufa.
Em suma, a floresta apresenta diversas contribuições para todo o planeta.
Desmatamento da Amazônia
Apesar da importância, muitos fatores ameaçam a preservação da Amazônia, como queimadas, criação de pastos e assentamentos humanos, o que resultou e ainda contribuem para o desmatamento da Floresta Amazônica.
No ano de 1995, ocorreu o maior desmatamento da região. No Brasil, o estado do Pará é o recordista em desmatamento na Amazônia. Assim, essa ação libera quantidade significativa de gases de efeito estufa. Por essa razão, a redução do desmatamento da Amazônia é a melhor ação para reduzir os níveis de emissão de gases.
Dessa forma, desde 1998, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Ministério da Ciência e Tecnologia, monitora o desmatamento via satélite.
O objetivo é quantificar os desmates de áreas com vegetação nativa e ter embasamento para as ações de fiscalização, controle e combate aos desmatamentos ilegais. Também, é possível mensurar os gases do efeito estufa derivados do desmatamento ilegal.
Diferença entre Amazônia Legal e Amazônia Internacional
A Amazônia Legal é uma área que abrange nove estados brasileiros: Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. Criada em 1953, ela compreende cerca de 60% do território brasileiro. O objetivo da Amazônia Legal é promover o desenvolvimento socioeconômico da região.
Por outro lado, a Amazônia Internacional é a área que abrange vários países da América Latina, também conhecida como Floresta Amazônica, bem como Selva Amazônica, Floresta Pluvial e Floresta Equatorial da Amazônia.
Como citado, os países são: Brasil, Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru, com cerca de 7 milhões de km².
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